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Meritíssimo Dalamon Costta

Meritíssimo Dalamon Costta

Sarah Camargo

4.9
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39
Capítulo

Implacável definia bem o juiz Dalamon Costta, um homem sério com seus próprios traumas internos, porém muito bonito, o que arrancava suspiros de inúmeras mulheres por onde ele passava. Sua vida muda do avesso quando, diante de si, aparece Violet Thompson, uma mulher que está ali para ser julgada por seus crimes. Crimes esses que a jovem diz que nunca os cometeu. O que acontecerá com Violet? Será que ela é realmente inocente ou culpada? Se inocente, será que Dalamon estará disposto a condená-la no lugar de outra pessoa? Será que ambos poderiam se envolver emocionalmente e sexualmente mesmo que Dalamon seja o algoz de Violet?

Capítulo 1 VIOLET THOMPSON

Razões pelas quais você nunca poderá desistir, são

aquelas que aparecem quando menos se espera.

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Eu poderia ter gritado, implorado que sou inocente. Porém, quando os oficiais me arrastaram para fora da minha própria casa nesta manhã, fiquei sem reação, sem voz.

Dois homens de farda vasculharam a minha casa inteira em busca de provas, o outro segurava-me pelo braço, aventurei-me em olhar nos seus olhos e ele mantinha um sorriso de causar medo. A sua pele morena, cabelos negros cortados de forma social, uma tatuagem de algo lhe cobria o lado direito do pescoço.

— Aaa, olha o que temos aqui. — o ruivo mais alto, diz a sacudir um pequeno saco com pó branco, eu sabia que aquilo não era meu, eu havia o visto retirar o pacote do próprio bolso e colocar dentro da gaveta da escrivaninha, mas não tive coragem de protestar, eles estavam armados e eram três, eu apenas a garota que estava a ser acusada injustamente.

— O que acha Lucas? Quinze anos por 600 gramas de cocaína? — ele manteve uma postura coerente enquanto as suas palavras de deboche me preenchiam e cada vez sentia-me tão estúpida por ir aquele baile.

— Incluindo o homicídio... Uns 35 anos talvez. — o homem baixo de pele branca, disse sorrindo e me olhava analisando minhas curvas, no mesmo instante senti náuseas, meu estômago começou a embrulhar.

— Já temos o suficiente, podem leva- lá. — o ruivo diz com um olhar de nojo sobre mim, os outros dois obedecendo pegou-me pelos pulsos, um deles coloca as algemas e após isso sou jogada no porta-malas da viatura da polícia civil de Manhattan.

Sacolejos faziam meu corpo bater sobre algumas partes de ferro do porta-malas, deixando meus ombros doloridos e minhas pernas dobradas já pediam para serem esticadas. Paramos em frente à delegacia, muitas pessoas estavam nos olhando o que me incomodava, com certeza estão já ligando para parentes para atualizarem as fofocas.

Havia fotógrafos e repórteres que me golpeavam com perguntas e a todo instante tiravam fotos. Instantes depois sou levada para dentro por algum segurança ao qual não havia identificado, me sento numa cadeira para esperar o escrivão registrar o acontecido da noite do baile.

Deixaram-me por vinte minutos, sentada num banco de madeira e algemada a ele. Eu só sabia me manter de cabeça baixa, chorando sozinha. Todos os que passavam por mim torciam a cara, uns diziam que eu estava com os dias contados, outros diziam que deveria aplicar prisão perpétua ou pena de morte.

Todos estavam errados e eu apenas de olhos fechados para a situação, talvez fosse uma maneira de manter- me afastada dos problemas ou por ser um simples mecanismo de autodefesa ao meu redor. Apenas de olhos fechados e de cabeça baixa.

O que eu mais sentia era frio, o mesmo frio que senti quando pai vinha me agredir quando pequena. As suas palavras de desafetos estão gravadas no meu peito, eu era mais uma vítima como agora também sou.

Quem iria acreditar em mim? Eles disseram ter uma gravação na hora da morte do Sr. Alexandre Costta, e que eu era a única que entrou nos seus aposentos para realizar tal crime, mas por que eu faria tal coisa? Realidade da vida a qual realmente não sei como consegui parar aqui nesse buraco negro.

Andamos entre os funcionários até chegar num corredor quase vazio, se não fosse por duas pessoas paradas e conversando no final dele. Sou levada para uma sala pequena e bem iluminada com números gravados na parede do fundo, apenas isso.

— Pode segurar isto para mim? — ele dá-me uma folha com o número 315.

— Agora princesa, coloque- se do lado dos números, mantenha-se ereta. Precisamos da sua altura para a sua ficha. — faço o que ele mandou e fico ali esperando o “flash” da câmera posicionada na minha frente, o moreno, que agora vi no seu crachá escrito Victor dá o sinal para que eu vire de perfil e assim eu faço.

— Pronto, agora posso-te levar até a sua cela improvisada. — ele sorri de lado e acreditei que por um segundo me sentisse mais... Ah, deixa para lá.

— Aqui, bem-vinda ao seu castelo, querida! — ele diz após levar-me para outro corredor onde tinha guardas e alguns presos. Paramos de frente a uma cela que tinha mais duas mulheres, ele abre e depois tira as minhas algemas, esfrego os pulsos por conta das algemas estarem apertadas demais.

— Obrigada. — é a primeira palavra em vinte horas. Victor olhou-me como se eu fosse uma extraterrestre, mas logo ignorou e empurrou-me para dentro fechando a cela atrás de mim.

Sentei ali mesmo no chão e deixei que as lágrimas me consumissem. A sensação de estar sendo sufocada, o frio na barriga, o calor expandindo-se por toda a extensão da coluna e as lágrimas quentes. Logo se tornaram secas, deixando a pele na região ressecada. Passei as mãos sobre o rosto limpando os resíduos de gotas salgadas. Não poderia estar mesmo acontecendo isto.

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