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Aprendendo sobre amor

Aprendendo sobre amor

Ketlin A. Barros

5.0
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40
Capítulo

Laura e Ethan se conheceram por acaso, mas, não foi amor à primeira vista, após alguns encontros desastrosos e brigas bobas, um grande amor surgiu entre eles, os fazendo viver momentos inesquecíveis de tirar o fôlego. No entanto, viver esse romance não será fácil, o irmão mais velho de Ethan fará o possível para mantê-los separados, por isso eles terão que lutar muito pela sua felicidade.

Capítulo 1 Um dia ruim...

Laura batucava a ponta da caneta sobre a quina da mesa de vidro, onde acabara de participar de uma reunião importante sobre um novo projeto, o qual vinha desenvolvendo há algum tempo, era de suma importância que tudo validasse com o que fora pedido, seria a oportunidade da sua carreira alavancar na empresa.

Um sorriso confiante surgiu em seus lábios, ela tinha certeza de que conseguiria a tão sonhada promoção. Observou mais uma vez o relógio de pulso caro que usava e constatou que perderia novamente meia hora do horário de almoço, como se seu tempo já não fosse curto o suficiente — estava tão preocupada, que mal tivera tempo para se alimentar nas últimas semanas — entretanto, caso tudo desse certo, conseguiria descansar e cuidar da alimentação precária. Terminou de ler a última parte do projeto em que os acionistas pediram pequenas modificações, anotou algumas observações ao final dela, recolheu sua bolsa, jogou a caneta em seu interior, e saiu em disparada para fora.

Passou pela sua secretária antes e entregou os documentos exigindo que as modificações estivessem prontas até o dia seguinte, com mais algumas cópias que seriam entregues aos acionistas.

No elevador batia freneticamente o pé direito em um tom ritmado e cheio de pressa, seu estomago roncava e nem ao menos conseguiria comer direito, teria que se contentar com salada, como sempre.

Deu uma rápida olhada nas mensagens, já que não teria tempo para responder naquele momento.

Quando a porta se abriu revelando o saguão principal, caminhou a passos rápidos rumo ao estacionamento onde pegou sua BMW M3 na cor preta e, como não daria tempo de chegar em casa, por ser muito longe, seguiu para um restaurante próximo.

O trânsito encontrava-se caótico àquela hora do dia, algo que sempre a deixava muito estressada.

Olhou-se pelo retrovisor e percebeu que seus cachos castanhos estavam bagunçados de um jeito estranho, rapidamente fez um coque baixo e voltou a atenção ao trânsito.

Chegando ao restaurante, estacionou o carro e adentrando o recinto, sentou-se a primeira mesa vazia sem esperar o atendimento de algum garçom.

— Boa tarde, senhorita. — uma garçonete aproxima-se com o cardápio em mãos.

— Eu quero uma salada com arroz integral e peixe grelhado, não demore, estou com pressa. — disse afobada, olhando para o relógio em seu pulso — E uma garrafa de vinho tinto.

— Sim, Senhora. — a garçonete saiu após um sorriso forçado.

Laura remexeu seu celular novamente, mas, não havia mensagens interessantes, pelo contrário, a maioria se tratava de trabalho, alguns pedindo urgência no retorno, sem lembrar que Laura também é um ser humano e precisava se alimentar e descansar, mesmo que por poucos minutos.

— Posso sentar-me aqui? — uma voz grossa e melodiosa, questionou.

Ela levantou a cabeça levemente para o encarar, suas sobrancelhas arquearam rapidamente, era incomum algum estranho se aproximar daquela maneira, ainda mais sendo um homem, e muito bonito por sinal.

— Não tem alguma outra mesa vazia? — questionou recostado na cadeira.

O rapaz soltou uma risada anasalada, balançou a cabeça levemente e então sentou-se, não parecia ter mais do que trinta anos, usando um terno feito sob medida, com abotoaduras personalizadas, cabelos alinhados e barba bem-feita.

Um sorriso involuntário se formou nos lábios de Laura, ela não costumava dar atenção a homens, principalmente desconhecidos, no entanto, havia algo de diferente nele.

— Bom, acredito que uma mulher tão linda não deva almoçar desacompanhada.

— Para quantas você jogou essa cantada hoje? — Laura cruzou os braços.

— Duas ou três... — deu de ombros.

Era impossível não rir diante do ar de espontaneidade dele, nem ao menos se sentira constrangido em falar aquilo, o que apontava uma certa mentira em sua resposta.

Laura não acreditava ser uma mulher extremamente linda, porém, sabia que atraia alguns olhares, sempre fora muito preocupada com a aparência, roupas e sapatos caros, os cachos muito bem cuidados, tratamentos de pele e unhas sempre feita.

— Com licença. — a garçonete retornou com duas taças e uma garrafa de vinho tinto — Eu posso

anotar o seu pedido?

— Não, agradeço, estou apenas cumprimentando uma amiga. — a dispensou.

A garçonete assentiu antes de sair.

— Até onde eu me lembro, nunca tinha te visto antes. — Laura comentou se servindo do vinho.

— Mero detalhe — meneou com os braços abertos —, enfim, quero convidá-la para sair essa noite, o que me diz?

— Você não sabe o meu nome, eu não te conheço e não é uma boa semana para sair. — revirou os

olhos.

— Está se esforçando demais para me rejeitar.

— Sério? O que mais? — perguntou apoiando os cotovelos sobre a mesa para encará-lo, com um

sorriso cínico.

— Até onde pude perceber, você está tensa com o seu trabalho, talvez uma possível promoção em mente, também é muito competitiva e se sente tentada a aceitar meu convite, não para sair comigo, apenas para ter uma relaxante noite de sexo. — respondeu sem tirar os olhos dos lábios dela.

— Quem é você? — se afastou levemente — Está me seguindo, por acaso?

— Claro que não, sou apenas um bom observador. — deu de ombros — Meu nome é Ethan, mas, pode me chamar de amor, sem problemas.

Laura o encarou por um tempo.

— Eu mereço, sempre me envolvo com gente estranha, quando não é um psicopata perseguidor é um maluco que “observa” demais.

— Ah, não seja tão cética, eu estou falando a verdade, me dê uma chance e vai descobrir.

— Está pedindo para uma mulher faminta e estressada acreditar na palavra de um desconhecido? — respirou profundamente.

Antes que ele pudesse responder algo, a garçonete retornou com o pedido de Laura.

— Se precisar de mais alguma coisa, basta me chamar. — informou antes de sair.

— Quer que eu espere você terminar de comer para podermos terminar a conversa? — Ethan

sorriu.

— Eu quero que você vá embora agora, eu tenho menos de quarenta minutos para comer e conseguir retornar ao trabalho a tempo.

— Tudo bem. — suspirou —, mas, nos veremos de novo.

Retirou um cartão de visitas do bolso do paletó e o colocou sobre a mesa a frente dela.

— Ficarei esperando seu contato, então é melhor ligar, não vai querer que eu pesquise tudo sobre a sua vida.

Levantou-se calmamente e saiu, após lhe dar uma piscadela.

Quando o perdeu de vista, Laura comeu rapidamente a refeição, bebeu um pouco mais de vinho e

então pagou a conta.

Não podia negar que Ethan mexera consigo, tinha um “que” de problema escrito na testa dele, provavelmente o típico mulherengo que se achava mais esperto que todo mundo, e Laura adorava mostrar que as coisas não funcionam dessa maneira quando se trata dela.

No cartão de visitas estava escrito o nome dele, o endereço da empresa onde ele trabalha, assim como informações de contato, o pior de tudo era saber que ele era um dos donos da empresa rival a dela.

— Era só o que me faltava... — sorriu sem humor.

Adentrou o seu carro e seguiu o mais rápido que pôde de volta a empresa, precisava se concentrar na sua promoção, estava cansada de ser subestimada na empresa e iria provar sua competência com aquela apresentação, após estacionar, adentrou o elevador.

— Ora, se não é Laura Braga! — Eduardo Silva, seu colega de trabalho, debocha.

Havia uma grande rivalidade entre os dois, porquanto competiam pela mesma vaga, cada um com seu projeto, desejando ser o melhor e conseguir a tão sonhada promoção.

— Não vem me encher o saco agora, Silva. — resmungou.

— Eu estou apenas cumprimentando uma colega de trabalho. — riu levemente — Preparada para

perder a promoção?

— Você não vai me vencer dessa vez, não caio nas suas trapaças.

— Certeza?

— O que quer em? — questionou — Nunca falou tanto tempo comigo.

Ele a observou com um sorriso cínico nos lábios, seus olhos percorriam todo o corpo de Laura,

que naquele dia usava uma saia justa preta com uma blusa de botões clara, em parte desabotoada.

— Nada, coisa da sua cabeça.

— Espero que a sua queda seja rápida e dolorosa. — disse empinando o nariz.

— Mulheres não possuem muito reconhecimento na empresa, lembre-se disso, antes de depositar

toda sua confiança. — provocou — A menos que esteja transando com o Sr. Bennett, vai perder feio, sem oportunidade de questionar.

Laura engoliu em seco, sabia que nenhuma mulher havia chegado mais longe do que onde ela estava na empresa, porém, se esforçava muito, queria mostrar sua eficiência e capacidade para chegar ao topo.

— Pode ser que dessa vez o Sr. Bennett escolha alguém por competência, ao invés do sexo.

Ele apenas gargalhou alto, quando a porta do elevador abriu.

— Boa sorte.

Se retirou caminhando tranquilamente, o que irritava Laura de uma maneira que lhe dava vontade de se vingar, fazer algo que o deixaria caladinho quando a visse.

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