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A Babá e o Mistério de Nikolas - Duologia Amores Intensos

A Babá e o Mistério de Nikolas - Duologia Amores Intensos

Bruna Barros

5.0
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58
Capítulo

Entre o interesse e o mistério poderia nascer um amor arrebatador e inconcebível entre a babá e o CEO? Laura Flores, íntegra e curiosa, está tentando romper as barreiras de um relacionamento conturbado e fracassado. Desempregada, torna-se babá dos filhos de Nikolas Delamont, CEO do Banco Central, casado, indecifrável e que nutre uma paixão antiga por um amor do passado. E é pela curiosidade que Laura será enredada nos mistérios da enorme e viva mansão que seu chefe tenta esconder, aprofundando-a em um abismo sem fim de amor e paixão que a transformará no terceiro elo dos Amores Intensos de Nikolas Delamont.

Capítulo 1 Prólogo e capitulo 1

Prólogo

Enigma é a definição de algo por suas qualidades e particularidades, contudo, difícil de entender.

Era exatamente dessa forma que eu via Nikolas Delamont e foram tais incógnitas que fizeram com que eu me aprofundasse cada vez mais nos mistérios que a mansão tinha a esconder.

Eu estava pronta para o trabalho que teria com as crianças Delamont, apenas não estava para o que viria a enfrentar, dia após dia, naquela casa que mais parecia estar viva e escondia segredos dos seus próprios moradores; a intensidade em forma de furacão que era Nikolas e no quanto me deixei emaranhar em seu jogo de sedução, o que me tornou elo dos seus Amores Intensos.

Capitulo 1

Mesmo sendo uma sexta-feira, a ansiedade e o nervosismo batem na minha porta antes das seis da manhã, e não tenho outra alternativa que não seja levantar da minha cama macia e quentinha. Hoje é o meu primeiro dia em um trabalho novo e não poderia estar mais agitada. Estou entrando num ramo completamente diferente de tudo o que estou acostumada e serei babá de três crianças.

Conforme a crise, eu já estava há quase um ano sem conseguir um emprego decente, somente trabalhos temporários e que pagavam pouco, contudo, graças a indicação de minha amiga Luce, minha vizinha e confidente, consegui um emprego que pagasse bem e que não precisasse me matar de trabalhar como em meu último numa loja de roupas. Moramos no mesmo andar de um prédio no Grajaú, Rio de Janeiro. Ela é prima distante de minha futura chefe. Luce é a louca que está sempre dividindo comigo seus relacionamentos de um único dia enquanto malhamos na academia do prédio. Ela é dois anos mais velha do que eu, possui uma língua afiada demais até para mim e parece nunca ser capaz de “fechar a matraca”. Tudo isso sem deixar de incluir os momentos impróprios para tal comportamento.

Mesmo sendo uma figura engraçada, Luce possui um rosto angelical e está sempre tentando prender seus cabelos escuros no alto da cabeça mesmo sabendo que é um fato quase impossível, uma vez que eles são tão curtos que mal alcançam sua nuca. Seu sorriso matador, como ela mesma o intitula, está sempre chamando a atenção de homens — casados ou não —, porque ela realmente não liga para isso. Pedro, meu companheiro, sempre diz que sou doida por ouvir as loucuras dela, mas quem sou eu para julgá-la? Não é porque minha amiga gosta de um tipo de vida que eu precisaria fazer igual, e jamais a deixaria de lado por preferir ser solteira e ter sua independência. Luce pode ser a louca dos relacionamentos, mas é responsável e independente. Ela é enfermeira e ama o que faz.

Direciono-me praticamente dormindo em pé até o banheiro e encontro o meu namorado tomando banho. Suspiro pesado. Se fosse noutra época — uns cinco anos mais ou menos —, eu entraria sem pudor algum e tomaria um banho caliente com ele, mas há tempos não é assim. Hoje, transamos mais por obrigação. Não é preciso mencionar, mas esse trabalho está sendo mais confortável para ambas as partes do que gostaríamos, pois nem eu nem ele sabíamos como lidar com essa situação já que eu estava desempregada e ele sempre reclamando por trabalhar em algo que nunca gostou, porque eu não podia ajudar nas despesas. Nossa relação está desgastada há tempos, e nunca pensei que me sentiria bem em passar todos os dias da semana noutro lugar que não fosse a minha casa. Pedro e eu morávamos em Belo Horizonte e decidimos que vir para o Rio seria uma forma de recomeçarmos longe de tudo, fato que incluia o lugar onde nascemos e a vida difícil que levávamos. Ele, em condições precárias com a família, e eu tentando seguir em frente depois de tudo o que havia acontecido na casa onde morei com vó Berta. Nunca poderia continuar lá depois de tudo; é difícil explicar, mas meio que meu companheiro e eu fugimos para tentarmos uma vida melhor.

Nosso relacionamento durante muito tempo foi perfeito e conseguimos realizar nosso sonho de podermos estudar numa boa faculdade e dar sentido às nossas vidas depois de uma infância difícil. Mas o tempo passa e com ele o amor, a paixão e o desejo. Hoje, sinto que vivemos juntos por comodidade e companheirismo, e o amor já não parece tão forte assim. Uma vez, após confessar para Luce que transávamos apenas uma vez por semana, ela me fez entrar num sexy shop.

Comprei lingerie nova, uma cinta liga maravilhosa, um produto que fazia esquentar até a alma e fiquei esperando-o chegar do trabalho durante horas. Eu já havia relaxado algumas vezes, porque o produtinho era realmente poderoso, e imaginem a minha decepção quando o vi entrar em casa bêbado? Naquela noite fiquei acordada de raiva, com um tesão acima do normal e com pensamentos impuros sobre o meu marido. Mas não um pensamento carnal, eu pensei que estava sendo traída. Chorei horrores no dia seguinte, sozinha. Nunca contei a ele sobre isso. Pedro saiu para trabalhar no dia seguinte, e eu continuei na minha, jogando tudo na lixeira e jamais voltando a uma loja dessas na

vida. Foi frustrante, mas pior mesmo foi depois quando a fatura do cartão chegou na conta dele. Pedro reclamou por horas, pois eu havia gastado mais do que o normal e, como sempre, jogou na minha cara minha falta de emprego.

Aquilo foi a gota d’água.

Me formei em ciências contábeis e ele em engenharia de produção, mas a maior frustração da vida dele é não poder exercer a profissão, alegando que precisa trabalhar para pagar as contas. Me dá é vontade de jogar a profissão na cara dele, isso sim. Decido fazer o café, enquanto ele termina seu banho, e direciono-me para a cozinha. Um tempo depois, ele aparece com os cabelos escuros molhados e com uma toalha amarrada na cintura. Meus olhos caem sobre o seu peitoral largo e musculoso, e lembro-me que já não transo há quase duas semanas. Meu ciclo menstrual veio na semana anterior, e nessa ele tem estado tão cansado que me limitei a esperar uma oportunidade de jogar-me nos seus braços.

— Bom dia, Laura! — Trocamos um beijo estalado enquanto ele beberica o meu café.

— Uai! — ele ri ao ouvir o sotaque de nossa cidade. Já estamos no Rio há quase seis anos e fizemos alguns cursos on-line para tentar minimizá-lo, mas todos que nos ouvem sabem que não somos daqui.

— Já estou sentindo a sua falta, sabia? — diz deslizando um dedo sobre a minha barriga, através do cós do baby-doll. Seu olhar está estreito e intenso, e isso me dá certeza no que está pensando: sexo quente na mesa da cozinha. Pedro me coloca sentada na beirada da mesa e faz com que minhas pernas se prendam ao redor de sua cintura.

Nos beijamos de forma intensa e logo depois relaxamos da melhor forma que sabemos.

Eu realmente precisava disso!

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