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MALIA:
Entro no grande arranha céu que fica no centro da cidade, enquanto meu coração bate acelerado e minhas mãos tremem.
Finalmente, depois de tanto tempo, entregando vários currículos e de entrevistas malfadadas, eu fui chamada para uma de verdade e é a primeira vez que tenho um pressentimento de que vou sair daqui com algo.
Não posso perder essa oportunidade, não se eu quiser ter o meu bebê de volta, comigo.
- Bom dia, estou aqui para a entrevista com o senhor...- olho para o papel em minhas mãos e leio o nome. - Eduardo Lecler.
A recepcionista me olha confusa e digita em seu computador, enquanto ela olha em seu computador, olho ao redor para o hall de entrada. É belíssimo.
- Malia santos? - ela pergunta e eu concordo. - Parece que o sr. Lecler em pessoa vai entrevista-la. Pegue esse crachá e vai até a cobertura. - Ela diz me entregando o dito crachá e me mostrando o elevador.
Faço como ela diz e caminho até o elevador. Assim que as portas se abrem e eu entro, vejo o painel com todos os números e um C bem grande em baixo. Provavelmente cobertura. Aperto o botão então o painel brilha e em uma tela pequena pede para que eu passe o crachá.
Com medo de ter apertado o botão errado, passo o crachá no leitor e em seguida o painel se apaga.
O elevador começa a se mover e sinto ele subindo, leva um bom minuto para que ele pare e as portas se abrem.
Olho ao redor do lugar, o piso de mármore que se estende por todo o chão e acaba nas grandes janelas de vidro que vão do mármore ao teto por toda a extensão. Somente a parede interiores são feitas de sei lá o que que faz as paredes de prédios assim, mas o lugar simplesmente exala riqueza.
- Com licença, srta. Malia? - Uma mulher se aproxima de mim perguntando.
- Sim. - Eu concordo.
- Venha comigo, o sr. Lecler lhe aguarda ansiosamente. - Ela diz me deixando surpresa.
Eu tive as melhores notas nas faculdades em que cursei, tanto quanto nós cursos em que fiz. Uma pessoa com o currículo como o meu dificilmente estão desempregados hoje em dia. Provavelmente me contratar seria uma grande aquisição para a empresa, se não fosse por um simples problema.
- Aqui, ele está te esperando. - A mulher diz ao abrir uma porta me incentivando para que eu entre.
Como antes, a sala é toda feita de mármore branco. Mas em contraste, os móveis em madeira escura dá ao lugar a sensação de poder masculino e a vista para a cidade toda abaixa chega a quase beirar a onipotência.
E sentado à mesa, como se me aguardasse, um homem se levanta e caminha até nós.
- Bom dia, Malia certo? - ele pergunta estendendo sua grande mão para me cumprimentar.
Subo meu pescoço quase em um ângulo de 90° e encaro o homem a minha frente.
Com os cabelos negros e olhos verdes, o homem que não parece ter mais de 40 anos me encara com um sorriso cordial.
- Sim, senhor. - Digo o cumprimentando.
- ótimo, sente-se e vamos conversar. - Ele aponta para grande mesa feita de carvalho e apenas me sento onde foi indicado.
- Trouxe todos os documentos que pedimos? - ele pergunta ao se sentar na minha frente.
- Aqui está. - Digo entregando a pasta que estava comigo em suas mãos.
Vejo ele começar por meu currículo e não demora muito para que ele me olhe.
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