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O Segredo do Meu Marido Pobre

O Segredo do Meu Marido Pobre

MINERVA WHITEHEAD

5.0
Comentário(s)
4.2M
Leituras
476
Capítulo

Como substituta de sua irmã, Meagan se casou com um homem pobre, pensando que levaria uma vida miserável. Ela não sabia que seu marido, Zayden, era na verdade o magnata mais poderoso e misterioso da cidade. Quando ouviu um boato sobre isso, ela voltou correndo para seu pequeno apartamento e se jogou nos braços do marido. "Todo mundo diz que você é o poderoso senhor Friedman, é verdade?" Ele acariciou seus cabelos com ternura. "Nós apenas nos parecemos, isso é tudo." Meagan mordeu seus lábios. "Mas aquele homem insiste que sou a esposa dele. É muito chato. Querido, por favor, lhe ensine uma lição." No dia seguinte, o senhor Friedman apareceu em sua empresa com hematomas no rosto. Todos ficaram estupefatos. O que diabos tinha acontecido com o CEO? Ele sorriu. "Minha esposa deu a ordem, então não tive escolha a não ser obedecer."

Capítulo 1 A noite de núpcias

"Já está tarde, por que não vamos nos deitar?"

A voz grave e lenta do homem chegou aos seus ouvidos, trazendo Meagan de volta à realidade. Meagan Allison, uma mulher recém-casada, ergueu o olhar e encarou os olhos do marido de forma apática. Ela percebeu que eles transmitiam certas emoções as quais ela não conseguiu decifrar.

Ela então segurou a barra de seu vestido de forma inconsciente e ansiosa, sentindo seus batimentos cardíacos aumentarem a cada segundo.

Desde que entraram no quarto, a jovem ficou ali, sentada na beira da cama sem conseguir mover mais do que um centímetro. Suas costas estavam rígidas e começando a doer por estar naquela posição ereta por tanto tempo. Ela nem tinha tirado seu vestido de noiva ainda, sem saber o que fazer ou como se comportar. No momento em que o rapaz terminou seu banho e saiu do banheiro, Meagan finalmente percebeu que ambos iriam passar a primeira noite juntos como marido e mulher, e não seria uma noite qualquer, e sim a noite de núpcias dos dois.

Quando aquele pensamento se acendeu em sua mente, um leve tremor percorreu todo seu corpo. A jovem nem tinha tempo de conhecer o próprio marido de forma mais aprofundada, afinal, ela não passava de uma substituta para outra mulher que deveria estar se casando no lugar dela.

Como filha ilegítima de uma família rica e poderosa, Meagan foi obrigada a se casar com aquele desconhecido no lugar de sua meia-irmã para cumprir o acordo firmado pelos anciãos das duas famílias. Além disso, aquele casamento fora arranjado para que ela conseguisse angariar uma boa quantia monetária.

Com aquele dinheiro, as despesas médicas da sua mãe poderiam ser pagas, seu irmão mais novo poderia continuar estudando em um bom colégio, e toda sua família poderia viver uma vida mais tranquila. Todas aquelas responsabilidades foram jogadas nos ombros dela.

Quando percebeu que sua vida iria mudar radicalmente, a jovem respirou fundo, levantou-se e foi em direção ao banheiro, ainda tremendo levemente. "Eu... vou tomar um banho também..."

Ao ouvir aquelas palavras, o homem arqueou as sobrancelhas levemente.

Ela finalmente conseguiu caminhar até a porta, mas, quando entrou e estava prestes a fechá-la atrás de si, notou que não havia chave na fechadura enferrujada e gasta. Aquilo a deixou mais apreensiva ainda. Embora sua vida antes do casamento não fosse um mar de rosas, também não era tão aterradora quanto a nova.

Logo, lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Sua vontade era de chorar muito para liberar todas as suas frustrações, mas ela só conseguiu ficar ali, em pé no meio do banheiro por um tempo, sem ao menos conseguir se despir.

O homem do lado de fora parecia ter entendido o que se passava em sua mente, por isso ele disse numa voz baixa e aveludada: "Vou sair para fumar um cigarro, leve o tempo que precisar para tomar seu banho."

Aquilo deixou Meagan um pouco menos tensa e, para se certificar que ele iria sair do quarto, colocou o ouvido na porta e escutou cuidadosamente. Enquanto ele saía do quarto, a porta ia rangendo ao seu fechar. Depois disso, o cômodo do outro lado caiu num pesado silêncio.

Um dia antes de se casar, um violento tufão varreu a cidade. Enormes outdoors foram derrubados, e até mesmo grandes e antigas árvores caíram ou foram cortadas ao meio, deixando várias estradas num péssimo estado. Apesar de tudo isso, o casamento de Meagan ocorreu conforme planejado.

Não só ela não teve um carro decente para buscá-la, como também teve que caminhar bastante, trajada com seu vestido de casamento, para pegar um pequeno e velho ônibus que a levou até à pequena vila. Tanto seus sapatos como a barra do seu vestido ficaram completamente sujos de lama. Tudo parecia muito bagunçado e improvisado.

Como pessoas supersticiosas, os mais velhos diziam que casar naquela situação adversa só resultaria em um futuro miserável.

No entanto, Meagan não se importava com sua própria felicidade. Ela sempre imaginava que, o que quer que acontecesse, seu futuro seria o mesmo de qualquer forma.

Depois de tomar um bom banho, ela secou seu cabelo e finalmente pôs os pés fora do banheiro.

Parecia que seu marido não tinha voltado ainda.

Sozinha, ela esquadrinhou o quarto. A casa em que estavam era toda feita de adobe e só tinha dois cômodos. Vários furos e marcas de infiltração podiam ser vistos nas paredes. Mas, para sua surpresa, embora a casa fosse velha e desgastada, também era possível notar que alguma limpeza havia sido feita para que o lugar ficasse minimamente decente. Os lábios de Meagan finalmente esboçaram um leve sorriso. Ela então decidiu arrumar o quarto um pouco mais antes que seu marido retornasse.

No entanto, quando ela se ajoelhou sobre os lençóis para fazer a cama, o homem abriu a porta repentinamente.

Ela tomou um susto, pega de surpresa, e se esqueceu completamente que estava utilizando apenas uma toalha de banho para se cobrir e, com o movimento brusco que fez para se virar, também não percebeu que ela havia escorregado de seu corpo. Quando sentiu um ar frio percorrê-la, Meagan deu um gritinho e rapidamente puxou a toalha para cobrir os seios, espantada com o que tinha acabado de acontecer.

Contudo, antes que pudesse se cobrir completamente, o rapaz já tinha visto seu corpo nu.

O pânico começou a tomar conta dela, então a jovem se enfiou dentro do cobertor e o puxou até seu queixo. Ela ficou tão envergonhada que seu rosto ficou completamente vermelho.

Incapaz de esquecer o que tinha acabado de ver, o homem engoliu em seco e o olhar em seu rosto tornou-se mais enigmático e sério. Ele então caminhou lentamente até a lateral da cama e disse numa voz grave e baixa, conferindo certo grau de intimidade. "Está ficando tarde, vamos nos deitar agora."

A primeira vez em que ele disse aquilo, soou mais como uma sugestão, mas, daquela vez, saiu mais como uma ordem.

O coração de Meagan martelava seu peito de forma tão forte que ela imaginou que ele iria saltar por sua garganta. Ela fechou os olhos enquanto sentia um braço envolvendo sua cintura de forma lenta e firme. Assim, Meagan foi envolvida pelos braços do rapaz, sentindo o peito dele pressionar o seu.

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