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Meu Crush é Um Zé Droguinha

Meu Crush é Um Zé Droguinha

Letícia Bartulihe

5.0
Comentário(s)
86
Leituras
7
Capítulo

Cristal e Victor vão fazer seu coração disparar! Cristal é filha do delegado, depois que seu irmão largou a faculdade de Medicina e foi embora para ser guitarrista em uma banda, sua família nunca mais foi a mesma e seus pais estão prestes a se separar, mas Cristal irá fazer de tudo para manter os dois juntos, bom era o plano dela, até o dia que ela conheceu verdadeiramente Victor Gomes e mesmo parecendo ser a pior hora para isso acontecer, eles se apaixonaram. E aí? O que será que Cristal irá fazer? Será que ela viverá um grande amor ou escolherá agradar seu pai?

Capítulo 1 Eu não vou em festas

Eu acredito que o amor possa nascer do nada. Em qualquer circuns-

tância, em qualquer momento. Eu acredito que o amor é como o gelo

que fica dentro do plástico dos hambúrgueres congelados, que assim

que você abre, e ele cai sobre qualquer superfície, simplesmente derre-

te.

O amor é assim, simplesmente surge e por mais tentemos fugir, em

algum momento ele aparecerá e mudará nossa vida para muito melhor,

mesmo que no fim nosso coração seja partido.

Meus olhos são castanhos, mais para claros do que para escuros,

não sei da onde surgiu esse tom já que meus pais têm olhos tão escu-

ros. Talvez seja porque um dos meus avôs tinha olhos verdes e com

essa mistura maluca que é nossa genética meus olhos tenham ficado

dessa cor. Aproveitando gostaria de dizer que em 99% dos casos se o

pai e a mãe tem olhos azuis, obrigatoriamente os filhos também terão,

algo importante para ser dito e questionado.

- Eu não vou na festa, porque eu preciso estudar - neguei o convite

de Cláudia pela milésima vez.

Cláudia minha melhor amiga, mestiça, mas se existe um estereótipo

que mestiças são sempre quietinhas e inteligentes, nesse caso, não fun-

ciona. Ela é totalmente o oposto disso, nada estudiosa, nada quietinha,

na verdade nem sempre entendo como somos amigas, afinal a vida nos

levou para caminhos tão diferentes. Eu me tornei a garota mais estudio-

sa da sala, com notas excelentes e que nunca esquece uma lição e ela se

tornou: ela.

- Eu preciso de você - disse tentando me fazer cair em seus encan-

tos. Não precisei nem perguntar o porquê, eu sabia que se tratava de

Caio. O menino, que nem pode mais ser considerado um menino,

afinal ele é três anos mais velho que a gente, aquele tipo "bombado" da

academia, estudou em nosso colégio e eu nem sei como conseguiu

terminar a escola, além disso, já ficou com quase todas as garotas do

ensino médio pelo menos, apesar de já gostar de Cláudia e demonstrar

tão fato desde que ele já era do ensino médio e nós ainda do ensino

fundamental.

- Tenho medo dele e sem contar que se eu falar para minha mãe

que você vai ela deixa eu ir - explicou e eu ri. Ela tem medo dele, mas

ao mesmo tempo gosta de um garoto que poderia estar na faculdade se

sentir atraído por ela.

- Ela deixa você ir - afirmei sem a menor dúvida. Se o meu pai a-

fasta todos os meninos de perto de mim por ser delegado, a mãe de

Cláudia é totalmente liberal.

- Eu quero que você vá - pediu.

Por um momento, meus ouvidos pararam de ouvir Cláudia e come-

çaram a ouvir meus pais brigando novamente, eu já tinha feito de tudo

para que eles parassem, tentei fingir não me importar, tentei mostrar

que me importava, mas não adiantava. Eu não aguentava mais e então

só desejei que não fosse a pior escolha da minha vida.

- Eu vou - respondi e ela parou de implorar.

- Sério? - perguntou pasma, eu gargalhei.

- Acredita logo antes que eu mude ideia em - comentei já me sen-

tindo mal por ter aceitado. Eu sou o tipo de garota que fica em casa

lendo livros de romance malucos, não as que vivem tais romances.

- Te pego às nove. Beijos - disse e desligou.

- Droga - reclamei e me olhei no espelho - não foi a sua melhor

escolha.

Falando sobre escolhas, é culpa do meu irmão meus pais brigarem

assim. Meu irmão nunca foi grudado com a família, nunca amou meus

pais de verdade e desde que ele simplesmente foi embora eles nunca

mais pararam de brigar, coisas que antes eles nem se incomodavam,

agora vira uma guerra. Meus pais amavam meu irmão, não sei como ele

foi capaz de fazer isso, cada vez que escuto as brigas deles, eu fico com

muita raiva.

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