Continuação de A Thousand Years... Nossos caminhos se cruzaram por acaso, será que ela sempre me desejou como eu a desejei? Ou será que ela era apenas curiosa para saber como era ficar comigo? Ela com certeza era muita areia para o meu caminhão, mas juro pra você, se eu puder, se ela me der essa oportunidade, eu farei quantas viagens for necessária. Pois ela é muito linda, muito gentil e tem um sorriso que me derrete o coração.
Era um dia de verão, minha rotina havia mudado. Não sou a pessoa mais normal do mundo, mas não gosto de rotina, muito menos quando mudam a minha. É contraditório eu sei, mas já estava acostumada com os meus horário de trabalho, aliás, esse é meu primeiro emprego de verdade, estou registrada há dois meses e estou me esforçando muito para que dê certo.
Estamos no meio da semana, é uma quinta feira, 24 de Janeiro, mesmo com a mudança de horário estava ansiosa, sentia como se fosse meu primeiro dia de trabalho, e era, mas em uma empresa em que eu já conhecia.
Como pode, eu sou tão envergonhada (acredite, muito por sinal) e ter que lidar com tantos rostos novos, ter que conhecê-los, um a um, convencê-los de que meu trabalho é apenas ajudá-los. No outro período foi tão difícil, mas eu consegui, depois de um mês de insistência e luta, eu havia cativado-os, estava me sentindo realizada por dentro. Foi então que senti que havia nascido pra isso.
Droga! Já estou com saudade dos alunos antigos, mas terei que me acostumar com isso. É véspera de feriado, irei viajar com a família, adoro praia, sempre me sinto renovada, adoro o som das ondas quebrando, me dá uma tranquilidade, o ar puro e o horizonte sem fim. Tudo isso me traz uma paz interior, mal podia esperar. Estava a caminho do metrô, havíamos combinado de nos encontrar lá, ela iria me acompanhar.
Quem é ela? Ah, ela foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos dias. Não acreditava que isso estava realmente acontecendo, mas eu estava tão feliz que não conseguia me conter. Então ela chegou. Cabelos pretos e lisos, olhos castanhos e grandes, como os de mangá, aqueles desenhos japoneses, e o sorriso... ai aquele sorriso que me derrete o coração, o mais belo sorriso que já vi, entre os milhões de sorrisos que já vi no mundo, o dela é o meu favorito.Seus olhos procuravam os meus, em meio a uma pequena multidão. Enfim me acharam, e esboçaram um sorriso tímido, porém aconchegante. Meu coração acelerara, parecia que iria sair pela boca, e aquela famosa sensação de borboletas no estomago? Ah, com certeza eu estava sentindo. Sim, eu estava apaixonada, perdidamente, creio que não há sensação melhor. E a cada passo que dava a minha direção eu coração palpitava mais e mais.
Caramba será que eu vou conseguir segura-lo dentro do peito? Timidamente ela me cumprimentou e então caminhamos para fora da estação. Esperamos calmamente o ônibus, conversando como sempre, as vezes parecia que os assuntos não haviam fim, era tão bom conversar com ela, nada parecia monótono. Ao sentarmos demos as mãos, os dedos entrelaçados, se encaixavam perfeitamente. A mão dela era tão macia. Entre os sorrisos ela me beijou... Não tenho descrição mas parece que eu fui ao céu e voltei em questão de minutos. Charlote sabia que eu precisava almoçar e fez questão de me acompanhar. Enquanto nos alimentávamos, riamos e brincávamos, mas eu sentia um certo incomodo nela, algo estava acontecendo, e foi algo recente. Charlote me pediu para ficar, que não viajasse, mas eu precisava disso, estava exausta, precisava fugir da cidade. Também sinto que vou me arrepender disso, mas acredito que tudo na vida acontecer no seu devido tempo.No fim ela aceitou, se conformou, e com um beijo, me desejou sorte na minha nova rotina, e eu a desejei sorte na sua batalha de uma futura conquista. Encarei o prédio, respirei fundo e seja o que for!
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