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Capítulo

Quando comecei minha caminhada Cristã eu estava como a ovelha perdida à espera de seu pastor, lembro-me daquele domingo, era um domingo de frio um pouco de garoa, acordei e primeira coisa que fiz foi checar minhas redes sociais, elas eram meus Deuses, quando abro os Story me deparo com uma igreja alegre, uma sala Kids. “UAU”, logo entrei no perfil dessa igreja e no final daquela tarde teria um novo culto, e eu precisava participar, conhecer aquilo. Ao chegar na igreja deixei as crianças no Kids, e entrei no salão, todo escuro, nenhum rosto era familiar, teria que ser eu e Deus, sentei-me em um fileira em que não tinha ninguém e assim se fez durante todo o culto, eu nem entendia direito o que o pastor estava falando, eu carregava no meu peito a culpa e uma dor, a depressão estava tomando conta de mim, naquele dia tocou um louvor que dizia “ eu vi restauração mental, me diz o que ele não pode?”. Faziam um pouco mais de ano do falecimento da mãe, minha vida estava de cabeça para baixo, minhas dívidas de despesas básica não tinham fim, eu não tinha dinheiro para o básico, água, luz, aluguel, como eu poderia cultar estando nesse vale, aquele dia eu chorei como uma criança que pede pelo pai, que anseia pelo colo do pai. Retornei para casa com a cabeça doendo de tanto que chorei, me sentia perdida, a cada semana eu ansiava pelos domingos, eram os dias mais felizes, então começaram os desafios, eu não tinha dinheiro para ir, ou as vezes não tinha para voltar, e sempre nos últimos instantes eu conseguia estar lá. Em setembro daquele eu me batizei nas águas, e tinha a convicção de que pronto, agora seria mais fácil, afinal eu me fiz nova não é mesmo? Engano meu, a caminhada ficou mais difícil, e por que eu deveria continuar se ao invés de melhorar as coisas só pioravam? Como eu poderia? A cada dia eu me perdia, e eu não entendia, eu estava na presença do senhor, porque meus fantasmas me apavoraram tanto, porque aquelas coisas estavam acontecendo, meus pensamentos eram ruins, e a cada mal que me faziam eu queria devolver, quem me fizesse sofrer, eu queria que sofresse um pouco mais, a cada desprezo que eu sofria, eu desprezava ainda mais, aquele círculo de sofrimento foi aumentando, pessoas entraram em minha vida e potencializaram a pessoa mal em que eu me tornava, mesmo dentro da igreja ? mesmo batizada ? porque não largar esse Deus? Não fazia sentindo permanecer, e eu ainda pequena em fé não entendi os sinais, o Espírito Santo tentava me constranger e eu fingia não escutar, e não queria dar ouvidos, as maldições, as palavras ruins, essas sim eu escutava. E tomei como meta me punir, então me destruir passou a ser meu objetivo, e fui deixando tudo se afundar ainda mais, eu vivia por viver, ia para igreja pois entendia que era o certo, mas na real, eu não me sentia digna de estar viva.

Capítulo 1 A mulher do fluxo de sangue

E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa;

21 Porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã.

22 E Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.

Mateus 9:20-22

A mulher do fluxo de sangue é uma personagem bíblica mencionada nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas. Ela sofria de um fluxo de sangue que durava doze anos e havia gastado todo o seu dinheiro em busca de uma cura, mas não havia encontrado alívio.

De acordo com as circunstâncias de sua doença, como mencionado por Marcos e Lucas, era incurável por qualquer poder humano, e ela própria sabia que era assim, tendo sido atormentada por doze anos. , e experimentou a habilidade de muitos médicos, provavelmente de todos os que se destacaram no país; e tendo gastado tudo o que ela tinha com eles, e ainda não podia ser curada por ninguém , nem por isso, nem aliviado em nenhuma medida; pois, depois de todos os esforços para remover sua queixa, ela não foi nada melhor, mas piorou. Mas, tendo ouvido falar de Jesus e das maravilhosas curas que ele operara, ela acreditava que o poder dele era suficiente para curá-la também. No entanto, tendo vergonha de mencionar publicamente seu caso, e aprendendo que muitos haviam sido curados antes de tocá-lo, ela, por vergonha e humildade, veio atrás dele e tocou a bainha de suas vestes

Quando olho para história da mulher do fluxo de sangue, rapidamente consigo fazer uma analogia a minha história, eu não cresci num lar cristão e apesar de ter tido uma mãe impecável em relação a presente, carinho, acolhimento, não fui criada dentre um doutrinamento do certo ou errado perante a Deus, diante da sociedade eu também era considerada impura, relacionamentos sexuais antes do casamento, filho antes do casamento.

Diante da sociedade era apenas uma mulher que decidiu viver uma vida de imoralidade, a pressão era tão grande que cada parte do meu ser acredita não ter mais chance,

E eu acreditava que minhas experiencias com Espírito Santo seria em grandes lugares, ou dentro de igrejas, acreditava que tinha o lugar certo para que elas acontecerem.

Acontece que um certo momento da minha vida, eu me vi em um apartamento com o colchão doado, um sofá quebrado e uma tv, era tudo que eu tinha, entrei no banheiro me encarrei no espelho, quem era aquela mulher, o que que eu estava fazendo comigo, eu procurava uma forma de terceirizar tudo que acontecia comigo, então eu chorei, naquele momento eu não conseguia orar, minhas lagrimas foram minhas sinceras orações de socorro.

Deus conhecia meu coração e sabia que eu queria ser diferente, durante esse meu choro, lembro-me que o eco pairava naquele ambiente, de repente um arreio que veio da minha espinha, começou a me consolar, e me senti abraçada, eu pude sentir os braços de Deus envolvendo meus ombros, e dizendo “Ei eu estou aqui!”.

Tive naquele dia a conversa mais intensa com Deus, sentei-me no chão, era apenas nos dois, tivemos um diálogo fluido, eu não precisei falar palavras elaboradas e bonitas, estar diante de grandes palcos, eu precisei deixar de lado toda minha vaidade e orgulho e acredito que apenas um toque em um pedacinho da sua túnica poderia me curar daquela dor, a minha dor não era física, minha dor era na alma, eu me perdi em mim mesma.

Um segundo de toque me traria um alívio que todos os antidepressivos não me trouxeram, eu só precisava acreditar e confiar que era possível.

Me deleitar em sua presença e desfrutar de ser uma filha amada, acolhida, em entender que Deus mandou nosso consolador na terra o Espírito Santo para que não nos tornemos covardes e amedrontados diante das provações que iremos passar, entendendo que um simples toque daquele que tudo pode, pode nos levar a lugares de experiencias nunca imaginadas.

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