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Garoto de Luxo

Garoto de Luxo

Evy Maze

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Leituras
51
Capítulo

Jeon JaeHwa é um homem sul-coreano cuja profissão é ser um acompanhante de luxo. Sem tempo para o amor ㅡ como ele costuma pontuar ㅡ seu maior almejo é apenas concluir alguns sonhos e reencontrar uma pessoa especial que simplesmente sumiu de sua vida. O medo do passado tenebroso em que viveu deveria lhe fazer um homem de coração frio, mas a realidade é completamente ao contrário disso. Sempre fugindo do amor, ele parece caminhar para mais perto a cada vez em que sente seu coração acelerar com um certo sorriso. Jeon tinha sonhos, mas não o calor do amor. Entretanto, sua vida mudou de ponta-cabeça quando precisou atender um novo cliente no apartamento "Quinhentos e seis". (Instagram da autora para adquirir o livro: @evy_maze)

Capítulo 1 Novo cliente

Enquanto JaeHwa esperava calmamente o elevador chegar ao quinto andar, ele olhava sua imagem no espelho dali. Era um elevador completamente espelhado, o que lhe dava oportunidade de ver como sua roupa estava naquela hora.

Seu celular que estava no bolso vibrou, era uma mensagem de seu amigo, Min YoonHa, e ele perguntava onde estava o jantar que JaeHwa havia feito.

— Eu não fiz jantar algum, YoonHa, estou trabalhando. E nem seis da tarde é ainda, levanta a bunda da cama e faça você mesmo. — mandou um áudio e ouviu o som do elevador indicando que havia chegado no andar desejado.

JaeHwa olhou ao redor, seu cliente havia marcado consigo às cinco da tarde e havia especificado qual o apartamento lhe esperaria.

O garoto não gostava muito de atender a domicílio, muito menos atender clientes novos, mas a voz daquele em específico lhe chamou atenção durante a ligação, parecia tímido ao perguntar o valor que ele cobrava por duas horas e até mesmo perguntou se ele tinha problema com caras virgens. É claro que JaeHwa logo sacou tudo, o homem era virgem, o que ele não gostava muito, mas JaeHwa logo pôde imaginar a voz que lhe chamou atenção gemendo baixo e lhe pedindo calma, então isso lhe levou até ali.

O celular vibrou outra vez.

— Porra JaeHwa, eu não sei nem esquentar água! — YoonHa respondeu o áudio, o que fez JaeHwa parar os passos e rir.

— Problema seu. — foi a resposta que ele deu.

JaeHwa guardou o celular de volta em seu bolso e parou de frente ao apartamento quinhentos e seis. O garoto logo apertou a campainha, ajeitando a camisa escura de botões que usava.

A porta abriu, e um par de olhos escuros e arregalados fitaram o mais alto.

— Park Hayoon? — JaeHwa perguntou sorrindo ladino.

A visão que tinha era de um garoto menor, mais gordinho e completamente lindo. Seus cabelos eram na cor rosa, mas estava quase num loiro. A boca rósea e farta lhe chamou atenção também, o homem teve pensamentos sórdidos com ela, não pôde evitar.

O menor assentiu, piscando completamente perdido e olhando ao redor.

— Pode entrar... — respondeu baixo dando passagem para o outro.

JaeHwa adentrou o lugar e notou a completa organização. O lugar tinha um cheiro forte de flores, ou o garoto tinha acabado de limpá-lo, ou aquele era o cheiro do tal Park. JaeHwa ficou curioso, viu Hayoon lhe encarar outra vez e então sorriu, o maior aproximou o corpo e prendeu-o devagar contra a porta, abaixando-se minimamente para ficar cara-a-cara.

— Você é bonito. — Jeon falou e notou que o cheiro com certeza era do Park. Teve vontade de cheirá-lo no cangote, mas viu o modo em como as bochechas do menor corou, então não arriscou assustá-lo demais. — O pagamento?

Hayoon apontou para a mesa de sua sala e JaeHwa seguiu com os olhos. Ergueu o corpo e caminhou até lá, contando as dezenas de notas ali, contando uma a uma até ter a certeza.

— Há seis milhões e meio de won... — Park falou baixo se aproximando.

— Há mais do que lhe falei — Jeon falou guardando as notas em seu bolso. — Por quê?

— Porque preciso que você me ajude. Me ajude mesmo...

— A perder a virgindade, sei... E onde quer que seja? — Jeon olhou outra vez ao redor. — No quarto?

— C-Calma. Você quer beber algo primeiro? — Hayoon aproximou-se e caminhou até a cozinha. — Um vinho?

— Não bebo durante o trabalho. — Jeon falou calmo e apoiou-se na ilha que dividia até a cozinha. — mas fique à vontade.

Hayoon assentiu rápido, parecia mesmo nervoso. Jeon apenas apreciou a bela visão do garoto. Era realmente lindo, nunca havia visto ou atendido alguém tão belo. Ele usava um short justo o que deixava suas belas coxas e bumbum bem marcado. As roupas eram de marca, o que com certeza não surpreendeu a JaeHwa já que todos - ou a maioria - de seus clientes eram ricos.

Hayoon bebeu ligeiramente uma taça de vinho completa e encheu outra.

— Só não fique bêbado. — Jeon falou rindo. O Park olhou-o e assentiu. Jeon então caminhou até ele e parou ao seu lado. — Você realmente é muito bonito, como ainda é virgem? — perguntou abrindo devagar os botões de sua camisa.

O Park encarou aquilo e sentiu seu coração acelerar.

— M-Meu namorado não quer...

— Oh. — aquilo pegou Jeon de surpresa. Como alguém poderia não querer fazer sexo com aquele garoto? — Ele me parece um namorado ruim.

— Ele não é... — Hayoon respondeu encolhendo-se à medida que Jeon aproximou-se. A coxa do maior adentrou entre as suas quando seu corpo foi preso contra a ilha. — ele me pediu para fazer isso.

— Ele te pediu para que fodesse com um garoto de programa? — Jeon perguntou retirando por fim sua camisa e dispondo-a sobre o mármore. — Ele irá nos ver fazendo ou irá querer um vídeo, ou coisa assim?

— Não! Jiwa não é assim. Ele só não quer... fazer amor comigo assim.

— Então deixe que eu faço no lugar dele. — Jeon sorriu sacana, encarando aqueles lábios e morrendo de vontade de beijá-los. Tinha a certeza que seria bom, mas o cheiro do vinho lhe atiçava mais. — Eu posso? — perguntou deslizando a mão pelo corpo de Park, tocando-lhe na lateral até chegar em sua mão e buscar a taça. Hayoon suspirou com o toque, seu corpo tremia um pouco, seu nervosismo fazia aquilo. — O que quer fazer?

— Vamos para o quarto. — O outro falou baixo, buscando a mão de JaeHwa e puxando-o.

Jeon passeou pelo pequeno apartamento e não pôde notar os brinquedos que havia no canto. Pareciam brinquedos de algum animal e ao julgar a caminha rosa que havia ao lado do sofá, ele teve quase a certeza.

— Você tem um animal de estimação aqui?

Hayoon fechava a porta do quarto e olhou para Jeon que estava sem camisa e no meio do seu quarto. O homem apontava para outra pequena montanha de brinquedos ao lado da cama.

— Ela não está aqui.

— Ela? É um cadela? Uma gata? Desculpa, eu gosto de fazer perguntas.

Hayoon sorriu contido e assentiu.

— É uma cadela... se chama Fluffy.

— Fluffy. É fofo. — Jeon falou e viu Park assentir. Estavam agora em silêncio dentro daquele cômodo, e como Jeon sabia que era a primeira vez do outro, não retirou logo sua calça, mas abriu o primeiro botão. Aproximou-se outra vez, agora vendo os olhos que mais pareciam pidões encararem os seus, e aquilo fez Jeon sorrir outra vez. — Vamos com calma, tudo bem? — ele falou baixo e viu o outro assentiu. Jeon então abaixou-se um pouco, aproximando de Hayoon devagar e se que obtivesse negativa, ele deixou o primeiro beijo sobre a pele do pescoço do outro.

Hayoon ainda tinha o corpo quieto, pensava em Park Jiwan a toda hora e mesmo que Jeon fosse gostoso a beça – uma opinião que ele obteve assim que abriu sua porta – ainda sentia que era como uma traição.

Se Jiwan era seu namorado, por que ele teria que fazer sexo com um garoto de programa primeiro e só então fazer amor com ele? Park não entendia...

Arrepiou-se quando sentiu a língua quente e úmida de Jeon percorrer por sua pele e ofegou surpreso quando o maior tocou-lhe firmemente sobre a cintura.

Por mais que em sua mente aquilo fosse um erro, era um erro dos bons.

Covardemente Hayoon sentiu-se quente, tocar-lhe no pescoço já era algo que lhe deixava bastante excitado, e o modo em como Jeon fazia era novo e muito, muito bom.

Sentiu seu pau fisgar, e gemeu quando o outro deslizou a mão e apertou-o sobre a carne da bunda.

— Seu gemido é uma delícia. — Jeon falou subindo devagar com a boca ainda tocando a pele de Park e parou poucos centímetros da do outro. — consigo imaginar muitas coisas com você agora.

— Vamos só... — O Park suspirou pesado quando Jeon lambeu de seu queixo até sua orelha, puxando o lóbulo entre os dentes. — Ao que interessa, eu preciso perder minha virgindade.

— Você precisa... — Jeon chupou o lóbulo do outro outra vez e gemeu propositalmente baixo ali. — ou quer perder?

— Não pode ser os dois? — Hayoon perguntou, seus olhinhos voltando a fitar os de Jeon a sua frente. — Meu namorado é ativo, então eu tenho que ser passivo, mas eu nunca fiz algo assim.

— Você não precisa ser passivo só porque o seu namorado quer. Você precisa fazer o que você quer. — JaeHwa falou. Afastou-se minimamente, voltando a ficar completamente de pé e olhou de cima a baixo no outro. — eu não me importo nem um pouco se você quiser me foder. É o meu trabalho, além do mais que... — e outra vez ele se aproximou, abaixando-se e covardemente deixando o selar ligeiro sobre a boca de Hayoon, descendo sua mão pelo outro até tocar na ereção que Hayoon visivelmente carregava e apertar seus dedos ali. — você é gostoso pra caralho.

Hayoon gemeu alto, o que fez JaeHwa sorrir. O maior não aguentou muito, seu próprio pau já começa a doer dentro da cueca. Jeon sentia-se estranhamente atraído e excitado por Hayoon e eles nem haviam se tocado ou falado coisas sujas ainda.

Isso era raro de acontecer, talvez nunca sequer tivesse acontecido a ele. Mas geralmente eram os clientes que ditavam o que Jeon deveria fazer, ali era Jeon no comando, e talvez fosse isso que lhe deixasse diferente.

Jeon buscou a mão de Park e repousou-a sobre sua ereção. Ele percebia que o garoto ainda se mantinha assustado demais, embora desse claros sinais de que gostava do que faziam. Hayoon tocou o pau de JaeHwa com incerteza. Outra vez sua mente tentava alertar que aquilo ainda era traição, e mesmo que Jiwan soubesse, era traição consigo mesmo.

Jeon puxou-o para a cama, não aguentando mais sentir seu próprio pau latejar. Os olhos do Park ainda observavam tudo com muito cuidado e faltaram sair da caixa quando JaeHwa abaixou devagar o short que ele usava.

O sorri sacana do Jeon aumentou. Ele sentiu a boca salivar e não demorou a tocar o pau mediano que estava agora coberto apenas pelo tecido fino da cueca preta que Hayoon usava.

— Tudo bem? — Jeon teve o prazer de perguntar antes de simplesmente retirá-la. Park demorou, estava numa briga interna consigo mesmo, mas lembrou de Jiwan e que aquilo era mais por ele do que por si mesmo e assim assentiu. — eu vou te tocar com a boca, ok?

Jeon nunca avisava, realmente estava se preocupando além do que deveria, mas era a primeira vez do garoto, o que podia fazer além de deixar aquilo um pouco mais legal?

Ele retirou o tecido devagar e mesmo que as bochechas do Park voltassem a ficar rubras outra vez, ele não tentou pará-lo. O tecido passou com facilidade pelas coxas e foi apenas deslizou para os calcanhares. Jeon o recolheu e olhou outra vez para Hayoon. O pau tão rosa quanto os lábios era realmente bonito, mas o maior apenas parecia preocupado em como o outro estava se sentindo.

Buscou entre os dedos e acariciou o membro com delicadeza. Havia um pontinho de luz no início, uma gota de pré-gozo devido à situação de excitação que Hayoon estava e aquilo fez Jeon ficar admirado. Outra vez sua boca salivou, então ele se aproximou, e tentou ser calmo. A ponta de sua língua tocou o outro e ouvindo o ofego surpreso do Park e seus olhos dobrarem de tamanho, Jeon sentiu seu gosto.

Ele riu outra vez, é claro que riu. Com o pau do outro sendo tocado pela ponta da sua língua, ele riu encarando Park antes de deixar que o som da primeira chupada sobre a glande se espalhasse no ar.

Jeon esperou um pouco e passeou a língua pelos lábios. Segurava firme o outro ainda, mas tudo o que queria era voltar a chupa-lo e começar a fazer o que melhor fazia na vida.

Hayoon não relutou quando ele o chupou na glande outra vez, mas arqueou as costas quando Jeon enfim pôs-lhe na boca por completo.

Jeon continuou seu trabalho, que por sua vez lhe dava prazer a beça. Chupava o pau róseo do outro com virtuosidade. Descia com força e voltava devagar, espalhando sua saliva com o gosto do outro que sempre aparecia ao retornar para o início. Jeon moveu os dedos que seguravam Park e masturbou-o, sentindo Park apertar as coxas quando apenas sua língua deixava pinceladas sobre a fenda, enquanto seus dedos aumentavam a velocidade.

— Você quer gozar? — Jeon perguntou rouco. Hayoon assentiu em silêncio e rápido, o que deixou Jeon contente.

Seus olhos miraram o pau de Hayoon completamente babado e sujo, e Jeon sentiu o desejo de tê-lo dentro de si. Ele amava foder, isso era bem notório. Sua profissão era aquilo, por mais que tivesse outros sonhos futuros também.

Não ligava nem um pouco em ficar entre "ser fodido ou foder alguém", mas ele sentiu a curiosidade de ser fodido por Park no mesmo nível em que seu pau já pulsava quando se imaginava dentro do outro.

Pensou que, após foder Park, talvez conseguisse fazer com que ele lhe fodesse e assim além de resolver o "problema" do outro, ainda lhe mostraria o outro lado do sexo e sentiria-o dentro de si.

Pensava realmente em como convencer Park de também lhe foder, mas foi surpreendido quando o outro explodiu em sua boca.

Jeon até mesmo se assustou, geralmente - ou sempre - seus clientes tinham que usar camisinha até mesmo no sexo oral, mas o que havia acontecido com ele ali para esquecer completamente de mandar Park se proteger e também o proteger?

Foi tolo, é claro. O Park era bonitinho, parecia rico e que se cuidava bem, mas isso não garantia nada, Jeon teria que ir ao médico como sempre fazia depois de um deslize, para saber que tudo ainda estava bem com sua saúde.

Park ofegou, cobrindo a boca com o também susto. Jeon se ergueu com sua boca lotada de porra, e olhou-o. Não engoliria, é claro. Então desviou o olhar do Park para o lado, onde havia uma porta aberta e logo notou o banheiro.

Caminhou devagar e pleno até a pia dali e debruçou-se para cuspir sem muito alarde. Por mais errado que tivesse sido seu ato, cuspir a porra de alguém com força e – talvez nojo – não era algo muito legal.

Lavou a boca e voltou, abaixando a calça para enfim foder Park, mas ouviu a voz baixa do outro ressoar.

— Eu acho que... não vou conseguir.

Jeon olhou para Hayoon e franziu o cenho. Preocupado com o garoto e com a sua excelência em fazer o que gosta, perguntou:

— Eu fiz algo que te incomodou?

— Não, não é isso. — Hayoon riu com as bochechas ainda coradas e abaixou o olhar. Ele cobria seu pau recém-gozado e ainda duro debaixo da camisa clara que usava. — É só que... foi muito bom, muito mesmo. — olhou para Jeon. — mas eu não quero sentir essas sensações com um... — Park procurou as palavras corretas para usar, mas não achou.

— Um garoto de programa, eu sei. — Jeon falou calmo e riu. — é um decisão difícil mesmo, e por mais que eu fosse te dar prazer, você quer sentir isso com alguém que você goste.

— Isso, é exatamente isso. — ele disse um tanto cabisbaixo. — Tem que ser com o Jiwan...

— Bom, você que sabe. Eu não trabalho com devoluções, ainda temos mais uma hora e meia paga, tem certeza que não quer nada?

— Tudo bem, você pode ficar com o pagamento, eu não tenho culpa de ser um medroso. Eu só quero fazer tudo certinho...

— Eu sei. — Jeon riu. Já deveria estar de pé e saindo dali, mas continuava com o outro semi nu, sentado na cama. — Você quer jogar cartas? Conversar? Alguma coisa assim. É sério, a gente pode fazer qualquer outra coisa por uma hora e meia.

— Você joga cartas com os seus clientes? — Park não resistiu e perguntou, uma risada fofa acompanhava a pergunta.

— Na verdade, sim.

— Mesmo?

— Uhum, pessoas me procuram para foder, mas às vezes só querem conversar e acham que eu sou um amigo próximo, entende?

— Poxa, deve ser frustrante...

— Eu acho que sim, mas eu não ligo muito. Além de receber, eu não sou obrigatoriamente lembrado apenas por causa do sexo, não que isso seja um problema.

— Você... Você já fez isso com muitas pessoas?

— Talvez você não acredite, mas não. Em vinte e seis anos de vida e em cinco como garoto de programa, eu transei com nove pessoas. Você iria ser a décima.

— Poxa, seria tipo um marco na sua profissão. — Park riu outra vez e Jeon reparou em como os seus olhos fechavam e faltavam sumir quando ele fazia. — Bom, mas eu não quero ser mais frustrante pra você do que já estou sendo. Só me desculpa por isso, eu não queria-

— Tudo bem. — Jeon interrompeu-o e se ergueu. — eu vou indo então.

Hayoon assentiu, ergueu-se também, mas buscou a cueca que Jeon havia tirado de si para vestir outra vez antes de levá-lo até a porta.

Caminharam juntos e em silêncio até lá, o que durou talvez cinco segundos já que a distância era pouca. Hayoon abriu a porta para que Jeon saísse e despediu-se.

— Até mais? — Jeon riu ao olhá-lo.

— Talvez, mas eu realmente espero que não. — Park respondeu. — quer dizer, não assim, sabe? Você como... sabe?

— Sei. — Jeon respondeu-o e o fez rir, o que outra vez lhe chamou atenção e foi o estopim para o que Jeon fez logo a seguir. O Park surpreendeu-se quando os lábios do outro outra vez voltaram-se para os seus e ainda assustado, sentiu o selar longo que Jeon lhe dava.

Havia motivos para Jeon o fazer? Claramente não, mas ele não resistiu.

— Até mais. — e o maior disse antes de dar as costas e ir.

[...]

Jeon arrumava sua bolsa com os livros e cadernos necessários quando ouviu a porta de seu quarto ser aberta.

— Eu 'tô com fome. — YoonHa falou ao se jogar no colchão do outro.

Jeon apenas revirou os olhos e fechou a bolsa.

— Você sabe que existe uma coisa chamada geladeira aqui? Ela tem alimentos.

— Mas são alimentos que precisam de preparos, e eu não sei preparar. Que tipo de amigo é você que não faz comida?

— Do tipo que está cansado e que precisa ir para a universidade agora?

— Você está cansado de foder, JaeHwa, isso nem deveria ser um cansaço ruim. Isso deveria era te ajudar a ficar feliz e te empenhar a cozinhar para o seu amigo mais velho.

— Em primeiro lugar, vá se foder. — Jeon olhou para o amigo que lhe mostrou o dedo do meio. — você recebe uma mesada de dez mil dos seus pais, compra comida feita ou sei lá, contrata alguém pra fazer pra você, eu não posso.

— E em segundo? — YoonHa perguntou sem muita vontade.

— Em segundo, eu não fodi, e é por isso que estou mal-humorado.

— Não? Mas você não foi se encontrar com um cliente?

— Fui, mas não rolou. Eu só consegui fazer um boquete e levar uma jatada de porra na boca, mais nada.

— Porra, faz tempo que não levo uma jatada de leite na boca... — o outro lamentou-se.

— Chama o Taeil, ele não vai dizer não.

— Por que você não chama? Eu não quero ver aquele cabeça de pica-pau na minha frente nem pintado de ouro.

— Você sabe que eu e o Tae só fodemos três vezes e porque estávamos no tédio, ele é seu ex, não meu.

— Você 'tá no tédio agora, talvez ele te anime.

— é, talvez.

YoonHa jogou o travesseiro na cara de Jeon, o que fez o outro rir porque era claro e evidente que ele ainda gostava muito do ex.

— Vou pedir pizza. — YoonHa disse saindo do cômodo.

— Eu quero a minha de camarão.

— E quem disse que eu vou pedir pra você? Você me deixa quase morrer de fome aqui.

— Deixa de drama e você vai pedir pra mim porque eu sou o amigo que te deu um teto quando você resolveu sair da casa dos seus pais, então você é obrigado a me mimar.

O Min ainda resmungou, mas JaeHwa não tinha muito tempo para ouvir o que fosse vindo dele. Buscou seu perfume e olhou as horas no relógio de pulso que usava. Estava atrasado, então correu para pegar a bolsa com os cadernos e buscou a chave de seu carro quando saiu do apartamento.

[...]

— Você não gosta de mim? É isso?

— Que besteira é essa, Hayoon? É claro que eu gosto.

Hayoon encarava seu namorado debaixo e tinha um bico fofo nos lábios. Estavam na universidade, mais precisamente parados em frente a sala de Jiwan.

O garoto cursava administração e seu bloco era logo no início. Park por sua vez, cursava dança e seu bloco era o último, o que era longe demais para Jiwan lhe acompanhar para depois voltar tudo e assim se atrasar.

— Eu te digo que eu gozei na boca de um cara e tudo o que você me pergunta é porque eu não transei com ele?

— Eu apenas perguntei porque era esse o intuito, não?

— Jiwan, eu gozei na boca de outro! Você entende isso?

— Hayoon... — Jiwan suspirou alto. Estava cansado, principalmente pela falação do menor. — se eu te mandei fazer isso, eu não me importo. Eu só queria que você resolvesse isso logo.

— E por que você não resolve? Quem falou em fazermos amor primeiro foi você, agora eu quero e você se recusa.

— Eu só não quero tirar sua virgindade. Eu não transo com virgens.

— Não é transar, é fazer amor.

— É a mesma coisa. — o outro revirou os olhos. — Aliás, preciso entrar, ok?

O Park bufou. — eu te vejo depois da aula?

— Hm, eu acho que não vai dar. Eu vou sair com alguns amigos do curso de teatro hoje.

— Outra vez?

— Não começa.

— Eu não estou começando nada, mas é a terceira vez só essa semana. Você não vai lá pra casa a duas semanas.

— Por Deus, que implicância. Você sempre está com aquele amiguinho, sabe que eu não gosto dele.

— Não use o Minsun no meio da nossa discussão, ele não tem nada a ver com o modo em como você está comigo.

— Isso não é uma discussão, e é você que está diferente comigo. Você me sufoca!

— Eu te sufoco? Querer o meu namorado perto ou presente é sufocar?

— É, você não era assim, agora está grudento e me implorando por sexo.

— Eu não estou implorando por Sexo, Jiwan... — Hayoon falou baixo, olhando ao redor quando outro alunos começaram a adentrar a sala. — eu só sinto a sua falta.

— Eu preciso entrar. — Jiwan disse deixando apenas um sorriso antes de virar.

Park Hayoon ainda permaneceu lá, parado como um bobo enquanto via Jiwan ir. Sentiu-se patético quando o outro sentou em sua cadeira e sorriu ao cumprimentar os demais ali.

O bolo em sua garganta veio, Park logo queria chorar, mas não faria isso bem onde estava. Então virou-se rápido querendo sair dali e talvez ir para o banheiro e perder a primeira aula completa em choro, mas um corpo maior que o seu lhe impediu e se não fosse as mãos largas e ágeis, Park com certeza teria caído feio no chão.

— Opa, toma cuidado baixinho. — Um homem alto e de cabelos vermelhos falou. Hayoon olhou-o e viu-o rir. — 'tá tudo bem?

Hayoon Assentiu e enfim sentiu-o soltar as mãos de seu corpo.

— Taeil, espera! — uma voz gritou dos portões, o homem cujo havia segurado Hayoon olhou e acenou.

Taeil era seu nome. Park ao menos agora sabia o nome da pessoa que lhe impediu de passar vergonha na frente de seu namorado/vacilão.

— Você só chega atrasado, JaeHwa! — o tal Taeil falou.

Enfim, os olhos de Hayoon desviaram para quem havia chamado e viu quando o homem se aproximou até estar a sua frente também. Os olhos do menor se arregalaram.

— Eu não tive culpa, o YoonHa estava resmungando por comida.

Jeon ainda não havia notado Hayoon. Ou ele não havia reconhecido. Mas seus olhos enfim chegaram até ele, mas foi muito rápido, de um segundo a outro Hayoon estava literalmente correndo em direção ao seu bloco.

— Mas o que...? — Taeil olhou-o e não entendeu nada. — baixinho estranho, credo.

JaeHwa continuou olhando-o e entendeu a reação, mas Taeil tocou-lhe sobre os olhos e logo estava falando sobre o novo carinha de cabelos azuis que havia encontrado em um site.

[...]

O park estava atrasado. Todos os alunos de dança já se encontravam no estúdio que pertencia ao campus e logo Minsun viu-o adentrando às pressas. Todos já se alongavam, Minsun tratava uma batalha - lê-se implicância - com Lee Taemin e sorriu quando Hayoon o cumprimentou primeiro do que com o garoto.

Era sempre assim, desde o início do curso até agora onde já estavam no terceiro e penúltimo ano.

Minsun viu quando Taemin jogou a perna um pouco mais para a frente, deixando seu corpo quase que completamente aberto sobre o chão. Aquilo não fez Minsun contente, é claro. Então, jogando seus cabelos azuis para trás, como se absorvesse uma força oculta no ar, Minsun estendeu sua perna tanto quanto o outro, semicerrando os olhos quando o encarou.

— Que competição boba. — Hayoon comentou jogando sua bolsa no canto e retirando os sapatos. Usava uma calça legging muito justa ao corpo por debaixo da jeans que usava, então não se deu o trabalho em ir até o vestiário para trocar de roupa, apenas retirou a calça e colocou-a junto a sua bolsa, alongando-se de pé, antes de enfim fazer o mesmo que Minsun.

— Por que chegou correndo?

— Porque encontrei alguém que eu acreditava nunca mais encontrar, e isso foi bem aqui na faculdade.

— Jiwan? — Minsun olhou-o sorrindo e viu o melhor amigo revirar os olhos. — Sabe como eu torço para ele sumir, não é?

— Tanto quanto torce para o Taemin sumir também?

— Bom, um pouco menos, mas bem pouco mesmo.

— Você é bobo Minsun.

— Você que é. Seu namorado louco e paranoico deveria simplesmente evaporar, era um favor que ele faria ao mundo.

— Não entendo porque você odeia tanto o Jiwan...

— Entende sim, só que se faz de sonso. Ele tentou te envenenar e te afastar de mim, dizendo que eu só por ser gay também iria te assediar, e sem falar que ele quis mudar seu modo, suas roupas e até seu curso porque achava vulgar, você foi forte quanto seu posicionamento, mas se isso não for um relacionamento abusivo eu nem sei qual palavra encaixar. Eu já teria largado dele há muito tempo.

Hayoon ouviu aquilo, mas não ficou com raiva ou algo parecido. Era realmente como Minsun falava, ele parecia se fazer de sonso, ou até mesmo de bobo, já que claramente sabia as razões de Jiwan ser o que era.

A aula logo teve início, o que findou um pouco o assunto. Terminaram tudo completamente esgotados depois de quase três horas estudando passos e manobras que o professor sempre mostrava duas vezes na semana.

— Namsun disse que vai pagar um sorvete pra mim hoje, quer ir e tomar sorvete nas custas dele também? — Minsun perguntou quando saiu do chuveiro.

Hayoon já enxugava seus cabelos e via como o rosa em seus fios já era quase imperceptível.

— Um convite desse, quem nega?

Sorriram cúmplices e terminaram rápido ali, saindo de braços dados até o bloco de matemática e encontrando com Namsun sorrindo bobo para o celular.

— Ele está apaixonado. — Hayoon disse alto em direção a ele e sorriu quando notou que ele havia ouvido.

— Mas é claro que está, parece que o modelo lançou ele de jeito.

— Não vou mais para lugar algum. — O maior falou guardando o celular e encarou os outros dois. — tchau.

— Nem pense, eu vim para tomar sorvete. — Hayoon falou rindo e juntou seu braço ao de Namsun.

— Eu não sei como me tornei amigo de vocês aqui nessa langonha de universidade, somos completamente diferentes, a começar que eu sou o pobre da relação e sempre pago o sorvete para vocês... Que tipo de mundo é esse em que vivemos?

— O que é langonha? — Hayoon franziu o cenho.

— É um sinônimo para meleca, eu pesquisei no Google. — Namsun respondeu rindo grande.

— Mas é tipo um xingamento? — Minsun também parecia confuso.

— Deve ser, meleca é, não é?

— Na verdade, meleca segundo o Google é aquilo que sai do nariz. — Minsun explicou calmo. — Mas se for levado a razão perde a graça.

— Por que você está procurando sinônimo de palavras, Namsun? — Hayoon perguntou sentando numa das mesas. Estavam enfim em um dos tantos refeitórios que a universidade tinha. — É por causa do modelo?

— Eu quero parecer inteligente perto dele. — Namsun comentou baixo. — Ele é muito bonito, eu só sou...

— Inteligente? — Minsun riu.

— Mas com números, quero falar bonito perto dele, porque já basta não ser tão bonito perto dos outros caras que com certeza dão em cima dele, se eu falar errado, aí acabou tudo.

— Love Yourself, Bicth! — Minsun falou.

— É, Deixa de bobagem Namsun. Você é bonito sim, e já fala muito bem, não precisa se moldar além de outra pessoa. E você é inteligente pra cacete com números e se foi isso que fez o modelo Kim gostar de você?

— Será? — Namsun perguntou com os olhos atentos. — não seria possível...

— Ou foi isso, ou você fode bem. Alguma coisa fez o modelo querer você e não os outros que cercam ele, então deixa de bobagem. — Minsun disse rindo e deixou dois tapinhas sobre o ombro dele. — meu sorvete é de chocomenta.

— Me recuso a comprar esse veneno. Chocomenta é tipo, o monstro verde no meio dos sorvetes.

— Namsun, o meu é de morango. — Hayoon falou rindo, olhava a briga de sempre entre os amigos por causa de sorvete.

— Vai logo, Namsun. — Minsun o apressou.

— Me recuso.

— Então compra de chocolate, 'tá bom assim?

Namsun sorriu para Minsun.

— 'Tá ótimo.

[...]

— A gente 'tá estranho a alguns dias, sabe? Eu não sei o que está acontecendo com o Jiwan...

Hayoon mexia a colher sobre o copo de sorvete vazio. Sua mão direita estava sobre a bochecha enquanto seu olhar permanecia perdido.

— Será que ele está me traindo? — olhou para os amigos.

Namsun rapidamente arregalou os olhos e olhou para Minsun. O outro apenas bufou alto.

— Eu não posso mais manter isso em segredo, Namsun, desculpa.

Hayoon atentou-se ao que Minsun falou, e viu Namsun tentar impedir que Minsun continuasse.

— Hayoon, por favor, não fica com o coração doendo, 'tá? — Namsun pediu afagando a mão do outro.

Hayoon franziu o cenho sem entender, e ouviu Minsun suspirar outra vez antes de apenas dizer:

— Ele te trai.

Hayoon esperou a parte em que Minsun dizia que aquilo era brincadeira, mas essa não veio.

— O quê? — ele perguntou enfim caindo em si.

— Com o Jehun do curso de teatro... — Namsun falou um pouco incerto. — Eu ouvi o Jehun falar algo como um fim de semana incrível com o Jiwan e em como eles iam passar a noite juntos num hotel hoje... Eu só não ia te contar porque eu não queria te ver mais tristinho, desculpa, 'tá?

— Jiwan está me traindo? — os olhos do Park outra vez já se enchiam de lágrimas, no fundo ele também já sabia daquilo.

Não se conteve quando se ergueu e apenas saiu às pressas dali. Hayoon era tolo, sua própria consciência lhe dizia isso. Chegou em seu carro já com as lágrimas pintando as maçãs de seu rosto e foi lá que permitiu-se chorar alto por aquele que com certeza estava agora com outro nos braços.

O Park demorou até conseguir conter um pouco as lágrimas e quando conseguiu, dirigiu até o apartamento de Jiwan. O porteiro estranhou seus olhos vermelhos e seu semblante choroso, mas assim como sempre, permitiu sua subida até o quatrocentos e quinze.

Park faltou derrubar a porta com murros, mas ninguém abriu.

Ele chorou mais, estava se sentindo o maior trouxa do mundo, mas não tinha muito o que fazer, então apenas dirigiu de volta para a casa e afundou-se em seu sofá quando chegou lá.

Fluffy tentou animá-lo, balançava seu rabinho branco e peludo enquanto deixava várias lambidas no nariz de Hayoon, mas nada o animava.

— Desculpa, filha. — Hayoon pediu quando fungou e se pôs de pé.

Foi difícil tomar um banho, foi difícil se alimentar. Foi ainda mais difícil conseguir dormir, sempre que ele fechava os olhos conseguia imaginar Jiwan fazendo amor com Jehun, mas não com ele.

Quando enfim conseguiu dormir, já passava das cinco. Acordou esgotado às nove para pôr a ração da cadelinha, mas buscou seu celular determinado a pôr um fim em tudo.

Hayoon:

|Preciso que venha até meu apartamento.

Ele foi prático a enviar a mensagem, e ainda recebeu outra de Jiwan perguntou o porquê e se era mesmo necessário ele lá, já que havia chegado tarde em casa e dormido pouco.

Mas Park insistiu, o que fez o garoto aceitar o encontro no fim.

Hayoon estava vestido com um short casual que ia até à metade de suas coxas apenas e uma blusa fina de mangas curtas e clara.

Jiwan logo chegou ao apartamento e não pôde deixar de notar as pernas de Hayoon de fora, o que lhe chamava um pouco a atenção.

Hayoon deixou com que ele sentasse no sofá, e então parou de frente com ele. Não bastou muito para que o garoto notasse a marca avermelhada que havia no pescoço de seu namorado, claramente um chupão ou algo assim, e aquilo deixou Park muito chateado.

— Tira a camisa. — Pediu Hayoon.

— Mas pra quê?

— Só tira.

Hayoon tentava ser sutil na fala, mesmo que sua vontade fosse de bater muito no outro. Jiwan retirou a camisa e olhou Hayoon outra vez.

— O short também.

— Mas Hayoon…

— Por favor.

— O que você quer fazer? — Jiwan bufou. — eu já disse que eu não vou tirar a sua-

— Só tira. Eu quero te mostrar que não sou bobinho ou coisa assim. Eu posso ser um menino do mal também, sabia?

O Park sorriu e como uma cobra passeou seus dedos por uma de suas coxas e ergueu devagar o short. Aquilo fez Jiwan sorrir, mas então ele resolveu por fim retirar o short, o que fez dessa vez Hayoon sorrir.

O garoto se inclinou devagar e desviou do beijo que Jiwan lhe daria. Chegando perto da orelha do outro, ele suspirou e desceu os dedos, tocando o membro do outro.

— Vai me dar uma mamada? — Jiwan perguntou.

Hayoon afastou o rosto e permaneceu a poucos centímetros do outro, com os dedos ainda o segurando, Hayoon apertou.

— Onde está a chave que eu te dei do meu apartamento?

— O quê? — e o Park apertou com força dessa vez. — Para, 'tá me machucando.

— Onde está a chave do meu apartamento? — Hayoon apertou mais e travou a mandíbula, não ligando para o grito sôfrego e alto que o outro deu.

— No Bolso, no bolso! Porra, 'tá doendo!

Park queria apertar mais, talvez até mesmo arrancar aquilo e jogar bem longe, mas soltou quando Jiwan gritou mais forte e buscou a bermuda que o outro vestia.

— Você 'tá doido?

— Eu quero que saiba que você e eu não somos mais um casal. — Hayoon falou buscando as chaves e deixando-as de lado. Buscou a blusa de Jiwan também e encarou-o. — E que você é um babaca filha da puta.

— Está terminando comigo? — o outro perguntou ainda recuperando o fôlego e segurando sua intimidade.

— Você terminou comigo quando me traiu, Jiwan. Você terminou comigo quando ficou com Jehun.

— Quem te contou? — o outro se pôs de pé, mas gemeu segurando o próprio pau outra vez. — é mentira, não acredita nisso.

— Eu quero que saia da minha casa agora.

— Mas Hayoon…

— Mas, é o cacete! Saia da minha casa agora!

— Me dê ao menos minhas roupas? — Jiwan pediu estendendo as mãos.

Hayoon encarou as roupas em suas mãos e calmamente foi até a janela que estava aberta.

— Estás roupas?

— Você não é nem louco de-

E... tarde demais. As roupas estavam descendo calmamente pelo ar e logo estavam no meio da rua.

Hayoon ainda olhou para averiguar se havia batido em alguém ou coisa assim, sua imprudência poderia colocar alguém em risco, mas para a felicidade de sua vingança, tudo havia ocorrido bem.

— Some. — Hayoon falou encarando-o.

— Você é louco. Eu não vou descer assim.

— Some agora! — o Park falou mais alto, vendo Jiwan caminhar em direção de seu quarto.

— Eu vou pegar uma roupa sua.

— Some da minha frente agora. — E o Park não aguentou mais. Estava desferindo tapa sobre tapa no – agora – ex namorado e mesmo que suas mãos fossem pequenas, ainda eram gordinhas e tinham uma força absurda.

Jiwan pulava no centro da sala como pipoca, tentando parar Hayoon, mas sem conseguir de jeito nenhum. Sua única solução foi sair do apartamento, e mesmo que ainda vestisse somente uma cueca, era melhor que receber tapas ardidos.

Hayoon ainda esmurrou a porta, enfim deixando lágrimas descerem pelo seu rosto, mas foi forte em enxugá-las rápido e caminhou até a janela. Olhou o lugar e esperou que Jiwan aparecesse, e mesmo que Hayoon duvidasse muito que ele fosse capaz mesmo de ir buscar as roupas e não voltar para buscar alguma sua, ele se surpreendeu ao ver Jiwan apanhar as roupas de modo rápido e tentar se esconder de pessoas que o olhavam e até mesmo jovens que já tinham o seu celular com a câmera apontada.

Jiwan vestiu o short e olhou para cima, talvez na procura de Hayoon. E quando ele o fez, tudo o que o Park fez foi erguer-lhe ambos os dedos do meio enquanto ditava alto:

— Seu babaca!

Fechou a janela com força e rezou para o síndico do prédio não ligar ou uma multa por baderna chegar até lá. Mas quando se sentou no sofá, respirando fundo por diversas vezes, ele enfim riu.

Riu porque sentia coisas estranhas no momento e por mais que ainda doesse dentro de seu peito, ver Jiwan do modo em como estava lhe inflou um pouco o ego e talvez – talvez – diminuísse um do sentimento de corno que lhe tomava também.

Park passou minutos encarando o nada e com o pensamento vazio.

Era estranho demais, seu primeiro término havia sido dramático e ele havia sido corno.

Buscou o celular abrindo no grupo que tinha com Minsun e Namsun.

Hayoon:

|Queria apenas avisar a vocês que estou solteiro.

Minsun:

|O quê?

Namsun:

|Por que eu acabei de ver um vídeo do Jiwan só de cueca?

Minsun:

|O quê?

Hayoon:

|Eu terminei tudo, e talvez eu tenha me excedido um pouco e jogado as roupas dele pela janela.

Minsun:

|O quê?

Namsun:

|Muda a fita, Minsun, essa tá arranhada.

Minsun:

|Não, gente é sério! Como assim? Me expliquem.

Hayoon:

|Eu explico, mas não agora. O que acha de sairmos amanhã?

Namsun:

|YooJin me convidou para ir até a Luminus, ele é VIP lá.

Minsun:

|Hm... eu topo!

Hayoon:

|Eu nunca fui lá... nunca fui em boate nenhuma na verdade, é boa?

Namsun:

|É muito legal, Hayoon, você vai gostar.

Minsun:

|Então, meu caro Hayoon, você pode se preparar porque a sua festa de volta a vida de solteiro vai ser na Luminus.

Namsun:

|Céus... estou vendo que terei que ficar de babá de vocês dois, não é?

Minsun:

|Você que lute, meu caro Namsun, você que lute.

Hayoon:

|Então até amanhã.

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