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A Santa e a Pecadora: Duas amigas incomum, porém muito loucas

A Santa e a Pecadora: Duas amigas incomum, porém muito loucas

Peny

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5
Capítulo

Duas meninas, que se conheceram no último ano da escola. Tão diferentes e tão iguais em alguns aspectos. Mas só alguns mesmo! Duas amigas/irmãs, que decidiram seguir suas vidas juntas. Uma ajudando a outra, porém uma delas, resolveu que era o momento de refletir sobre sua vida, e assim nasceu a “Santa” que para sua amiga não é tão santa assim e a “Pecadora” uma pecadora para lá de cretina. Duas amigas inusitadas, porém loucas, que vão rir e chorar juntas, vão viver momentos e amores intensos… amor? Sim, elas irão conhecer o amor no meio de todas as loucuras que elas vivem. #não precisa ser nenhum gênio para saber quem sofre menos. Atenção: Essa história é proibida para menores de 18 anos. Só a parte da pecadora, pois ela é uma cretina descarada. #cretinadescaradafalando: se você já é cretina independente da idade, fique a vontade!

Capítulo 1 O PRINCÍPIO DE TUDO.

“Amizade é um amor que nunca morre.”

Perséfone Graham.

Início das aulas é realmente uma bosta. Ainda bem que esse é meu último ano.

— Pê querida, você está com dor de barriga?

— Não pai, já tive meu momento de rainha. — Pego minha mochila, abro a porta encontrando meu pai encostado na parede rindo da minha cara.

— Tá rindo do quê? Tu não caga não, coroa?

— Vamos logo que a rainha da privada, ta cagada. Digo tá atrasada — Ele sai na frente rindo.

Quase todo dia é assim! Ele me leva para a escola me zoando, ou eu zoando com a cara dele, mas desses momentos eu não abro mão. Meu momento pai e filha com esse velho que eu amo!

Nós nos despedimos da mamãe, e saímos de casa, assim que ele destrava o carro, olho para ele.

— Acredito que está na hora, do senhor me dar um carro? — Digo batendo os cílios e tentando fazer o sorriso que derretia seu coração de quando era pequena.

— Atinge a maior idade e conversamos.

— Pai! Eu já tenho licença para dirigir.

— Licença temporária! Quando fizer 18 conversamos.

— Isso é muito injusto. Porque assinou para que eu fizesse as aulas de direção e pegasse a licença se não posso dirigir?

— Quando fizer 18, agora tira essa bunda cagada do meu carro e vá estudar. — Nem percebi que já estávamos em frente a escola. Dou um beijo no velho chato que chamo de pai e saio.

Antes de fechar a porta, me viro para ele e digo: — Aos 18 vou querer um apartamento — Digo e o velho rir — Não tem graça, eu deveria ser motivo de orgulho, vou fazer 17 e já estou no meu último ano e com ótimas cartas de recomendação para faculdade.

— Seus dramas me convenciam mais quando você era pequena. A esqueci que você continua pequena.

— Hei… eu cresci, me respeite.

— Para de enrolar e vá estudar

— Ninguém me ama nessa vida! — Bato a porta do carro e ouço ele gritar.

— É por isso que não vai ganhar um! — Grita fazendo todos em volta me olhar.

Dou de ombros sorrindo, como uma boa cara de pau que sou, e viro-me para o portão da escola. Quando estou entrando, sinto um livro batendo em cheio em meu queixo.

Porra quase mordi a língua.

Olho para o lado e vejo uma menina de cabelos tingidos com cara de nerd, catando os livros do chão. abaixo-me e pego o livro cortador de línguas, estendo o livro em sua direção, fazendo-a olhar para mim, acredito que pela primeira vez.

— Seu cortador de língua — Digo ao lhe entregar.

— Me desculpe! Ando muito distraída ultimamente. Sinto muito de verdade. — Ela parece um tomate falando, de tão vermelha que está.

— Relaxa, precisa de ajuda?

— Oh! Sim, obrigada. — Ajudo-a a pegar os livros.

— Já sabe a sua turma? Ou ainda precisa ir até à secretaria? — Pergunto enquanto caminhamos para dentro da escola.

— Preciso de ajuda sim, estou meio que perdidinha aqui. Esse colégio é enorme!

— Ok, mas qual o seu destino? Turma ou secretaria?

— Preciso ir à secretaria primeiro, não sei o meu horário, a turma, a sala... Ah! Não sei nada ainda. Me desculpe por falar demais, minha mãe diz que falo muito quando fico nervosa.

— Percebi! Respira fundo garota.

— Ok. Respirar e inspirar. — Contenho uma risada. Ela parece ser bem maluquinha.

— Isso vamos por aqui.

Vamos andando, então percebo que ela quando ta nervosa é faladeira mais quando ta com vergonha vira muda.

— Sou Perséfone, mas pode me chamar de Pê

— Prazer Pê. Chamo-me Arayn, mas pode me chamar de Nykka.

— Por que Nykka?

— Porque eu gostava muito de cantar e a minha mãe dizia que eu me parecia muito com uma cantora que se chama Nikka Costa, ela é de 1982. Por isso recebi esse apelido.

— Você é nova na cidade, no país ou no planeta? — Pergunto e arranco uma risada da Nykka.

— Venho da Pensilvânia, e sou sim, do mesmo planeta que você!

— É eu deveria ter imaginado já que você não tem a cor do Thanos e nem tem olhos e cabeça de e.t.

— Só você mesmo para me fazer rir Pê.

— Acredito que isso seja bom né!? — Paro em frente a secretaria — Chegamos, quer eu espere e acompanhe até sua sala?

— Pode ser, claro, se você puder. — Assinto e abro a porta como se eu fosse o cavalheiro da situação.

— Obrigada, senhorita. — Senhorita?

— Eu não costumo ser tão educada assim, então não se acostume.

— Ok.

Entramos na secretaria e a Dona Cassandra com sua cara de peixe-bolha, desce em parte seus óculos e nos olha.

— Boa tarde! cacazinha, minha amiga aqui precisa da grade de horários dela, numero do armário, enfim essas informações que toda aluna nova precisa, é só procurar por Arayn.

Se essa mulher tivesse uma arma acredito que ela me matava. Abro ainda mais meu sorriso, então ela se vira para Arayn.

— Boa tarde! Senhora, preciso de tudo isso que ela disse. O que preciso lhe entregar?

— Só preciso do seu nome completo — Diz rabugenta como sempre.

— Arayn Bennet.

Ela digita o nome de Arayn, se vira para impressora e antes que ela estenda o papel, me olha de cima a baixo, então olha para Nykka novamente.

— Se afaste dela, ela é uma péssima influência! — Minha língua coça para dizer uns bons elogios que essa velha merece.

— Me desculpe, senhora, mas já tenho idade para saber quem é ou não é, uma péssima influência para mim. Obrigada.

— Chupa essa Cassandra. Vamos Nykka ainda temos uns minutos até a aula começar.

Saio da secretaria arrastando Nykka pela mão, como sou abusada, pego o papel de sua mão e vejo que estamos na mesma sala.

— Estamos na mesma turma. E depois do que aconteceu lá dentro — Aponto para trás — Pode ter certeza que você já ganhou uma fã.

— Minha mãe me estrangula até a morte se souber o que fiz! Ai Jesus me ajuda, tenha dó de mim, por favorzinho.

— Reza mesmo, aquela mulher é a maior fofoqueira de todos os tempos. Acho até que ela não tem marido.

— Então já era! Minha mãe não tem também, está assim, pois o quinto casamento foi para o ralo. Não tem quem a aguente.

— Mulher mal comida é foda — Tapo rápido minha boca — Foi mal falar assim da sua mãe! — A desculpa não é totalmente verdadeira, mas às vezes preciso usar a educação que meus pais me deram.

— Tudo bem, só terá que tomar cuidado falando assim perto dela, ela é louca! Acredite em mim.

— Eu posso ser louca quando necessário, você verá.

— Eu já percebi, mas igual a minha mãe não tem. Ela fez o terceiro marido dela sair de casa com uma facada e de cueca, ela queimou todas as roupas dele; coitado do homem, o pobre coitado só estava querendo assistir televisão no barzinho da esquina.

— Penso que mais para o futuro vou ter muito o que aprender com sua mãe. — Meu sorriso ao imaginar tudo que posso aprender com a mãe de Nykka com certeza é enorme.

O sinal toca e levo-a para sala de aula.

SEIS MESES DEPOIS…

Desço do carro do meu pai escutando sua risada. Vejo Nykka me esperando parada no portão da escola.

— Bom dia. — Digo meio emburrada

— Bom dia para você também. O que aconteceu para estar assim emburrada?

— Ainda não convenci meu pai a me dar um carro. — Digo dando de ombros — Mas não vou desistir mesmo. — balanço os ombros como se não me importasse.

— Não ando com você, você é louquinha andando a pé, imagina de carro. — Tenho certeza que quebrei o maxilar, já que não consigo fechar minha boca

— Bom saber… — Bato palmas ainda indignada — Assim quando papai me der o carro você não será a primeira a entrar nele. Pensei que teria mais apoio seu, valeu mesmo amiga.

— Quem será a primeira pessoa então? Por que eu sou a única que atura os seus dias de raios e trovões. E você sempre tem o meu apoio, só falei brincando; você está virada hoje! Credo.

— Impressão sua! tô um anjo como todos os dias.

— Estou vendo. Está tão anjo que as penas começaram a sair de brancas para negras, que Deus me proteja.

— Acredito que você está daltônica, minhas asas continuam normais e lindas, e se elas ficarem negras olhe pelo lado bom, o pretinho básico combina com tudo.

— Pera aí, deixe-me limpar os meus óculos. — a cretina tem a audácia de tirar os óculos e limpa-los

— Ah! Ainda continua a mesma coisa, a única coisa para mim que mudou, na realidade só esqueci de acrescentar os chifres.

— Você hoje tá toda engraçadinha né Arayn? Vamos para aula que eu ganho mais.

— Oxi! Só disse a verdade pepê. Mas respira fundo que hoje a primeira aula é de geometria.

— Você tem certeza que gosta de mim?

— Sim, com toda a certeza, eu te amo do fundo da minha barriga, junto com as minhas lombrigas!

— Certo! Se isso é amor, imagina quando estivermos separadas pela faculdade.

— É aí que você se engana meu bem.

— Pensei que ainda estava indecisa quanto à faculdade.

— Não estou mais, será segredo.

— Tudo bem, senhorita mistério. Agora vamos para aula, porque eu só vou farrear após ter meu diploma de psicologia em mãos. Se bem que nada me impede de curtir a facu.

— Ok, baladeira! Quem vê falando assim, até parece. To brincando, não precisa fazer essa cara não, vem vamos logo.

Esse é o lado bom de ter essa loirinha em minha vida não preciso nem terminar de emburrar a cara, quem vê assim não fala que é a mesma menina que tentou arrancar minha língua com um maldito livro.

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