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Meu Amado Gângster
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Capítulo

⚠️ FANFIC DE PEAKY BLINDERS Ava, uma agente especial do governo britânico que se infiltra em uma pequena cidade aterrorizada por gangues para coletar informações e prender o líder da maior e mais perigosa de todas elas. Thomas, o segundo de quatro irmãos, é o líder de uma família e gangue de gângsters que controlam a cidade de Birmingham. Ele é um homem autoritário, destemido e super inteligente, ele briga com gangues rivais, enfrenta as autoridades e não mede esforços para ter sucesso nos negócios. O que acontecerá quando o destino fizer com que os caminhos dos dois se cruzem? Caso queiram ver as fotos dos personagens, estarão disponíveis no meu Instagram @livrosdaclr 🤍

Capítulo 1 ✨Os três irmãos Hartman✨

Londres • 1920 ✨

Observei a paisagem pela janela do carro enquanto meu pai dirigia com cuidado sem dizer uma palavra, ele estava zangado e também pensativo por causa da missão que Murphy, seu superior me deu.

Trabalhávamos em uma agência secreta do governo britânico.

Meu pai era como um chefe que ficava fiscalizando o trabalho dos agentes, tinha seu próprio escritório, nos dava broncas, tinha intimidade com a família real por conta de seu cargo importante, mas não estava acima de Paul Murphy, um dos fundadores da agência.

Eu tinha recebido uma missão e tanto dele, eu provavelmente passaria alguns meses para cumpri-la.

Iria me mudar para Birmigham, uma cidadezinha tomada pelo terror causado pelas perigosas gangues que lutavam entre si.

Meu trabalho era fazer amizade com as pessoas de lá, para juntar informações úteis para mais tarde poder prender Thomas Hartman, o líder da maior e mais perigosa gangue da cidade.

Pelo o que foi me passado, toda sua família também fazia parte, ou seja, todos eram criminosos.

— Você deve ser esperta e tomar bastante cuidado. — meu pai disse baixinho. — Esse homem é um criminoso disposto a subir na vida de qualquer jeito.

Eu balancei a cabeça e sorri falsa para ele.

Nós dois não tínhamos uma das melhores relações.

— Sei me cuidar muito bem, papaizinho. — eu ironizei a última palavra. — Esqueceu que já me infiltrei diversas vezes em lugares como Birmingham?

Ele ficou calado e continuou dirigindo, aumentando a velocidade.

Alguns minutos se passaram e finalmente chegamos na estrada que levava a entrada da cidade que seria meu lar por um pequeno período, pelo menos era o que eu esperava.

Não queria passar meses para concluir uma missão!

Meu pai encostou o carro em um lugar perto da estrada de terra e tirou um cartãozinho de seu terno.

— Você ficará nessa pensão. — ele disse e me entregou o cartão. Eu analisei o mesmo com atenção. — Se em qualquer momento, sentir dificuldade em prosseguir, me ligue.

Eu assenti depois de hesitar por um momento.

— Está bem. — eu sussurrei e estiquei o braço, para abrir a porta do carro.

— Eu te amo, Ava. — meu pai segurou meu braço, me fazendo ficar imóvel por um segundo. Eu apenas olhei para ele e sem falar nada, saí do carro.

Ele não podia me deixar na entrada da cidade, era arriscado. Alguém podia vê-lo e reconhecê-lo, pois seus status de amigo da família real o deixaram bastante conhecido por toda Inglaterra.

Sem ao menos olhar para trás, eu comecei a andar pela estrada de terra, logo sumindo do campo de visão do meu pai, por causa da neblina que se fazia presente por todos os cantos.

Arrumei meu sobretudo, me aconchegando no mesmo e fechei os olhos por um momento enquanto sentia o vento frio vindo de encontro ao meu rosto.

Andei por uns cinco minutos até que finalmente cheguei na cidade.

Meus olhos se arregalar e eu franzi a testa, surpresa com o que estava diante dos meus olhos.

Essa cidade era uma loucura!

As pessoas gritavam umas com as outras, carros iam para lá e para cá, mendigos imploravam por ajuda, prostitutas faziam seu trabalho na rua mesmo, sem se importar com os olhares…

Mas na verdade, os que passavam e viam nem se importavam, pareciam acostumados com essa pouca vergonha.

— A bonequinha está perdida? — eu me assustei quando um homem tocou meu braço. — Diga-me! Talvez eu possa ajudar.

Me afastei rapidamente e ele sorriu maliciosamente. Continuei andando e a cada segundo que passava, algo me surpreendia, porém não positivamente.

Naquele momento eu estava me perguntando onde fui parar.

As ruas eram bem sujas, a neblina tomava conta de todos os lugares e ratos corriam assustados, provavelmente procurando um esconderijo.

Pessoas de todos os tipos andavam pelas ruas e algumas delas com um sorriso no rosto, como se não enxergassem o que havia bem debaixo do seu nariz.

Os homens vestiam sobretudos e boinas, enquanto as mulheres vestidos encantadores e carregavam pequenas bolsas e guarda-chuvas.

— The Garrison. — sussurrei o nome que estava estampado na janela de um lugar, que parecia ser um pub.

Sem ao menos hesitar, eu abri a porta, não demorando muito para já estar dentro do lugar, que era muito bonito. Eu não estava errada, realmente era um pub.

Homens bebiam, fumavam, riam e conversavam, alguns estavam sentados próximos as mesas e alguns em pé, se divertindo enquanto ouviam os outros.

No meu lado direto, havia um bar com alguns banquinhos.

Me aproximei do bar e o homem que limpava o mesmo me olhou confuso.

— O que uma mulher com uma aparência tão doce faz aqui? — perguntou, levantando as sobrancelhas. — Você não parece ser uma prostituta.

Eu entortei um pouco a cabeça e sorri, disfarçando meu desconforto.

— Só homens podem entrar aqui? — eu perguntei, me sentei em um dos banquinhos e coloquei minha bolsinha do lado.

— Não, claro que não. As mulheres também são muito bem-vindas. — o mais velho respondeu. — Mas as mulheres não costumam vir muito aqui, a não ser para arrastar os maridos para casa depois de descobrirem que ele está dando se divertindo com alguma prostituta.

Depois de ter visto a loucura que era a cidade, eu não me surpreendi com suas palavras. Já tinha colocado na cabeça que iria ver coisas ainda piores.

— Na verdade, as únicas mulheres que veem aqui são as que fazem parte da família Hartman. — ele disse enquanto se abaixava um pouco para pegar algo no bar.

— Família Hartman? — perguntei fingindo não conhecer.

Ele colocou uma garrada de uísque na minha frente, depois pegou um copo e não demorou muito para enchê-lo com a bebida e colocar alguns cubos de gelo.

— Obrigada. — eu disse baixinho depois de pegar o copo que ele havia oferecido.

— A família Hartman é uma família de gângsters, onde o líder dela e também de sua própria gangue é o Thomas Hartman. Embora tenha muitas gangues por aqui, eles meio que comandam Birmigham. — disse o homem que aparentava ter uns quarenta e poucos anos.

Eu assenti com a cabeça e dei o primeiro gole no uísque.

— Esse pub é seu? — eu perguntei e ele sorriu, colocando o pano que limpava as em cima do ombro.

— Sim e não. — ele disse e suspirou. — Quando os Hartman’s vem aqui, eles meio que comandam o pub e eu deixo de ser o dono para virar empregado. Não que eu já não seja meu próprio. — ele riu.

Balancei a cabeça, desacreditada.

— Então, você não tem ninguém para te ajudar? — eu coloquei o copo em cima do bar e olhei para ele.

Antes que ele pudesse reponder, ouvimos o sino da porta fazer barulho, indicando que alguém estava entrando. Virei a cabeça e meus olhos fixaram-se nos três homens que entravam um ao lado do outro.

Eu tinha a impressão de que tudo estava em câmera lenta.

Eles andavam em sincronia na nossa direção. Um aparentava ser um pouco mais velho, enquanto os outros dois aparentavam jovens adultos.

— Esses são os três irmãos Hartman. — o homem que conversava comigo sussurrou. — Tem mais um, só que ele é adolescente, ainda não segue totalmente os passos dos irmãos.

Os três homens, dos quais eu não conseguia parar de olhar, finalmente se aproximaram do bar.

— Olá, Freddie. Como está? — um deles perguntou sorrindo.

— Estou bem, John. E você e seus filhos?

Eu franzi a testa, ouvindo a pergunta do homem detrás do bar. Tomei mais um gole do uísque e depois virei a cabeça, olhando para os outros dois que estavam do meu lado.

O que aparentava ser mais velho pegou a garrafa de uísque que estava na sua frente e começou a andar na direção de uma porta que ficava ao lado do bar.

— Tragam os copos! — ele gritou para seus irmãos e passou pela porta.

Será que esse era o Thomas?

— Meus filhos estão bem, obrigado. — o tal de John respondeu e depois colocou seus olhos sobre mim, me olhou de cima a baixo e sorriu enquanto balança a cabeça de um lado para o outro.

Ele tocou no braço de seu outro irmão, que também me observava atentamente e fez um sinal com a cabeça, pedindo a ele que o acompanhasse.

— Pode ir, eu vou depois. — seu irmão respondeu ainda com seus olhos azuis sobre mim.

— Tudo bem, Tommy. — o John respondeu, se aproximou do bar para pegar alguns copos e depois passou pela mesma porta que o outro irmão.

Tommy é o diminutivo de Thomas!

Eu estava na frente do gângster que em breve, depois de conseguir informações confiantes, iria prender e talvez até mesmo sua família, por todos os seus crimes.

Sorri internamente e estiquei minha mão para pegar minha bebida mais uma vez, porém congelei quando ouvi uma voz calma.

— Quem é você? — perguntou Thomas e se sentou no banquinho do meu lado. — Por que nunca te vi aqui em Birmingham antes? — fez outra pergunta, dessa vez pegando uma carteira de cigarros.

Engoli em seco e virei a cabeça para olhá-lo nos olhos.

Ele acendeu um cigarro, tragou e logo depois expulsou a fumaça de sua boca. Ele não estava olhando para mim, mas sim para frente com um olhar profundo.

Normalmente eu não me sentia intimidada, mas naquele momento eu estava. O jeito frio e autoritário dele estava me deixando completamente intimidada, o que estava me irritando ao mesmo tempo.

— Não vai responder, senhorita…? — perguntou, tentando me fazer dizer meu nome.

— Benson. Hanna Benson. — eu não disse meu nome verdadeiro se não ele com certeza saberia quem eu era por causa do meu sobrenome.

— Certo, Hanna. — ele ironizou. — Você não é daqui. — disse com firmeza, dessa vez pondo os olhos sobre mim novamente. — Então de onde você é? — perguntou e depois tragou o cigarro de novo.

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