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O Bebê Secreto da Cupido

O Bebê Secreto da Cupido

Chloe Reymond

5.0
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8.7K
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26
Capítulo

Um herdeiro. Uma "mãe" má. Um anjo. Daniel se apaixonou por Crystal, a garota que seu pai adotou. Tudo que ele mais desejava era viver esse amor. Porém sua mãe a odeia com todas as forças causando um mal entendido que afasta os dois. Crystal, grávida e sem memória de quem é o pai, foge para longe da mulher que a odeia e do homem que supostamente a despreza. Mas o destino é traiçoeiro e coloca Daniel novamente frente a frente com a mulher que ocupa seu coração... e com ela uma criança que pode ser sua filha. * Pode conter gatilhos.

Capítulo 1 I - A cupido

No céu azul, grandes e belas asas brancas se destacavam. Crystal voava observando as pessoas pequenininhas lá embaixo. Todos os cupidos eram chamados pela sequência em que foram criados, mas alguns não gostavam e Crystal fazia parte desse pequeno grupo. Eles se chamavam pelos nomes que escolhiam. Ela escolheu esse nome por causa da pedra brilhante que carregava no pingente que continha o seu número de identificação. Ela era o cupido de número 325.

Voava despreocupadamente em busca de almas gêmeas para unir. Precisava unir o dobro dos seus colegas para pagar a sua penitência. Havia sido repreendida pela enésima vez por unir casais que não são almas gêmeas. Às vezes sentia ímpetos de rebeldia e sempre era repreendida. O resultado era que tinha que desfazer a união incorreta e unir as almas gêmeas com os seus verdadeiros pares.

Se os humanos soubessem que grande parte dos divórcios se dava por conta de brincadeiras entre os cupidos ficariam revoltados.

Mesmo com a sua punição, fazia dias que Crystal não acertava a sua flecha em um humano. Não sentia vontade de procurar por almas gêmeas para uni-las. Faltava alguma coisa que ela não sabia o que era. Vinha sentindo isso há muito tempo, mas nos últimos dias o sentimento se intensificou.

Pensou em fazer alguma travessura novamente unindo pessoas que jamais poderiam ficar juntas, mas nem isso a atraia.

Passou um tempo sobrevoando acima das nuvens, de onde podia ver sem ser vista, até que algo chamou a sua atenção. Uma família composta de três pessoas: uma mulher, um homem e um bebê, faziam piquenique em uma clareira atrás de um pequeno sítio. Eles pareciam tão felizes.

Curiosa, Crystal apertou o pingente em seu pescoço, concentrada em se manter invisível aos olhos humanos, e desceu até onde a família estava. Enquanto cobrisse o pingente com as mãos eles não poderiam vê-la.

Permaneceu horas observando-os e quando eles se foram não conseguiu se afastar, então os seguiu.

Viu a mãe trocar a frauda e dar banho no bebê que tinha uma pequena marca de nascença em formato de estrela no bumbum. Viu o pai contando histórias para o filho e, depois que o bebê dormiu, indo descansar nos braços da esposa.

“Eu quero isso! Quero crescer em uma família. Quero saber como é ser amada. Quero saber como é amar. Quero saber como é segurar um filho nos braços. Quero saber o que os humanos sentem ao se fundirem em um só.” — pensou animada e ao mesmo tempo temerosa sobre as suas chances de conseguir realizar tal desejo.

Rapidamente ela voltou para entre os seus em busca do arcanjo Anael.

O lugar onde existiam era como um sonho de um humano criativo. Muito branco, paz e anjos voando em busca de realizar as missões que lhes eram designadas. Não havia casas, pois não precisavam descansar, comer ou dormir. Por causa da constante falta de cor, muitos usavam as suas missões como forma de buscar a vivacidade que pertencia apenas aos humanos.

Antes que Crystal encontrasse Anael, ele a encontrou e, com os braços cruzados, questionou:

— Qual vai ser a desculpa de hoje?

— Quero ser humana! — Crystal declarou empolgada.

— Não é uma desculpa. — Anael permaneceu inabalável. — Tive acesso aos seus pensamentos e ações de hoje. Quer mesmo isso?

— Quero sim. Eu posso? — mal conseguia controlar a ansiedade. Estranhamente, alguns anjos desenvolviam sentimentos inerentes aos mortais. Era algo que nenhum deles conseguia explicar.

— Por um preço. Todos os seres celestiais têm a chance de viver como humano, mas precisam pagar por isso. — Anael explicou. Já tinha escutado pedidos de vários anjos curiosos sobres os humanos. Geralmente tinha finais trágicos, mas ele não podia negar. Errar também era direito dos anjos. O Pai os permitia experimentar o livre arbítrio pelo menos uma vez em suas existências.

Crystal nem precisava responder. Anael já sentia que ela estava disposta a qualquer coisa para conseguir realizar o tal desejo.

Talvez isso a ajude a se encontrar — pensou um pouco preocupado com o que poderia acontecer com ela. Os cupidos eram puro amor, pouco ou nada conheciam dos outros sentimentos humanos.

Decidido a ajudar na aventura de Crystal, ele começou a explicar tudo que ela precisava saber para viver entre os mortais.

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