Sr Dark perigosamente irresistível

-Não, não , não! Por favor, não! Não faça isso comigo ! Não agora e nem aqui! - Eu imploro feito uma maluca para minha velha caminhonete que resolveu me deixar na mão no meio de uma estrada cercada de árvores ,neve , sem nenhum sinal de civilização por perto e obviamente, muito longe do hotel onde tenho que estar às seis horas. Sou assistente de uma empresa que organiza festas de casamentos.

E hoje é o chá de cozinha da noiva e amanhã a despedida de solteira dela. E tudo isso vai acontecer neste luxuoso hotel que depois que o meu GPS e celular perderam o sinal ,apenas dirigi , seguindo meu instinto para encontrá-lo. E o meu instinto é uma merda porque tenho a impressão que estou perdida. E não tenho a quem recorrer por informações porque o último posto de gasolina por qual passei foi há uma hora e isso foi antes do meu celular e GPS pararem de funcionar.

Estou perdida. Perdida no meio do nada e com neve para todos lados.

"Calma, Rachel.

Não é a primeira vez que a caminhonete falha e depois de algumas insistência ,ela volta a funcionar.

Dou a partida. Em resposta, ela

relincha e pula feito um cavalo furioso e rebelde.

Desisto por alguns segundos e volto a tentar

-Vamos ,vamos! Funciona !

Dessa vez, ela dá um forte solavanco para frente , o que me leva a bater a testa com força no volante duro ,faz um assustador som e morre. Ao menos ela saiu fora da estrada.

Toco na testa dolorida e sinto a unidade nas pontas dos dedos. Sangue. Ótimo. Cortei a testa. Olho no espelho e vejo que é um corte pequeno,muito insignificante perto da situação que me encontro.

Estou ferrada. Pego um lenço na bolsa e limpo o sangue.

E se ninguém aparecer para ajudar eu eu ter que passar a noite aqui ? Não tenho nenhum cobertor no carro ,nem comida , nem sinal de telefone. E se a neve piorar ?

"Não entre em pânico.

"Não entre em pânico

Só respire ,respire.

Você está segura no carro e vai aparecer alguém.

Alguém...

E se esse alguém for um estuprador assassino ?

Estou num cenário perfeito para ser vítima de um.

Sozinha ,sem ninguém por perto e sem sinal de telefone.

"Pare e se acalme. Jolie sabe que você estava a caminho. Você disse a ela. Então,ela vai supor que alguma coisa ruim deve ter acontecido e vai mandar ajuda.

Respiro fundo e me apego na esperança que a minha chefe vai mandar alguém atrás de mim.

Sinto cheiro de fumaça. O que ?

Não!

Sim. Está saindo fumaça pelo capô da caminhonete. Oh, meu, Deus. Ela vai explodir.

Pego a minha bolsa e a pequena mala no banco de trás e saio pra fora feito uma gazela apavorada. Depois corro para longe e fico assistindo o meu único abrigo da tempestade de neve desaparecer no meio da fumaça.

Comecei a tremer, respirar forte e o meu coração começou a pulsar rápido. Muito rápido.

Está tudo bem. Mantenha a calma. Respirações profundas.

Minutos depois ,o que pareceu uma eternidade e até os meus ossos parecer estar congelando ,a fumaça se foi.

Graças a Deus, nada de incêndio. Embora eu não esteja muito segura sobre voltar para a caminhonete traidora que cheira a queimado ,não tenho outra opção.

Entro e fecho a porta e ligo o aquecedor.

Claro que não está funcionando, sua tola.

O que mais de ruim pode me acontecer hoje ?

Alguém bate no vidro, fazendo- me pular e gritar de susto.

Olho para o vidro , mas devido a fina camada de neve sobre ele, tudo que vejo é uma figura de um homem alto dentro de um comprido casaco e touca na cabeça , ambos pretos. Um estranho.

Um estranho que apareceu do nada. Não ouvi nenhum som de carro. Mau sinal.

Ele bate no vidro novamente- Você está bem ,moça ?- O Estranho pergunta. Como ele sabe que é uma mulher e não um homem que está aqui ? O meu coração dispara.

Tudo bem. É só abrir o vidro e verificar se ele parece uma boa pessoa.

Como se os serial killers viessem com rótulos de avisos. Não seja estúpida.

- Moça ? - Sua voz grossa é de quem já perdeu a paciência.

Estou indo abrir o vidro quando a porta é aberta com brusquidão. Oh , meu Deus. Eu esqueci de trancar a porta.

Neve caiu sobre mim antes de eu deixar escapar um grito e pular no outro banco.

O estranho enorme se arqueia e enfia a cabeça na porta. Intensos e profundos olhos cor de avelã me encaram - Aí ,está você. - disse ele com um leve sorriso com o canto dos lábios.

Mesmo no estágio de medo, não consigo ignorar o fato do estranho possuir um belo rosto.

Um belo rosto levemente bronzeado construído por maçãs altas , mandíbula forte ,e um maxilar quadrado sombreado por uma barba escura.

Espera aí ... O que ele quis dizer com aí está você ? Soou como se ele soubesse quem eu sou e estava me procurando. Talvez Joli tenha o enviado para me resgatar.

Melhor esclarecer isso logo antes de entrar em pânico.

- Foi Joli que te enviou pra me buscar ?- Eu pergunto.

Ele franze a testa.

- Não tenho ideia de quem seja essa. - Respondeu ele. Só agora noto que toda a roupa dele é preta. Até mesmo as luvas das mãos. - Você está bem ? Vejo que bateu a cabeça. -Ele se concentra no meu rosto ,alisando.

- Não foi nada. Então, quem é você afinal e de onde saiu ? Não ouvi som de carro. - Me apertei contra a porta.

Um brilho de diversão surge nos olhos de avelã junto com um sorriso torto.

- A única ajuda que você tem. E o meu carro está logo atrás da sua caminhonete. - disse ele antes de bater os olhos na minha pequena mala no banco de trás. Quando voltou a olhar para mim, as suas sobrancelhas estavam levantadas e os seus olhos estreitos- Que diabos está fazendo por essas bandas sozinha num tempo desses? Não ouviu falar que está vindo uma forte nevasca aí ? Ou é do tipo que gosta de desafiar o perigo ?

Oi ? Quem ele pensa que é para me repreender ?

- Não estou sozinha. O meu namorado foi pedir ajuda. E não,eu não sabia sobre a forte nevasca.

As sobrancelhas dele se elevam ainda mais.

- E o seu namorado foi pedir ajuda antes ou depois da sua caminhonete pifar e explodir de fumaça ?

Oh meu Deus ,ele estava me vigiando o tempo todo desde que a caminhonete morreu ?

- Não pire. Não sou um psicopata.

Vi você da minha casa da colina e vim te oferecer ajuda. - Ele esclarece. - Então ,o que faz por aqui?- Seu tom é exigente.

- Estava indo para o hotel Sunshine Green . A minha amiga ficou de enviar alguém para me buscar. Achei que você era essa pessoa. - Minto , orgulhosa de mim mesma por não gaguejar.

- Nunca ouvi falar deste hotel, mas sei que não há nenhum deles num raio de trinta quilômetros daqui. Você está nas montanhas Crystal Mountain. Obviamente , você teria que ter pego uma outra rota e não essa que fez você se perder. Pelo menos você tinha um GPS com você ?

De novo o tom de repreensão. Qual é o maldito problema desse cara ?

Trinta quilômetros ? Como eu fui dirigir inutilmente por trinta quilômetros? Será que Julie também não sabia dessa maldita nevasca para o dia de hoje ? Tanto faz. De qualquer maneira ,mesmo que ela soubesse , na beautiful wedding ,quem dá as cartas são as noivas. E além disso, todos estão muito bem protegidos no hotel. Eu também estaria se eu não tivesse me perdido.

- Sim ,eu tinha um GPS , mas ele parou de funcionar , assim como o meu celular. E não tinha ninguém para me informar.

Então, continuei em linha reta. - Respondo ,irritada.

- Tudo bem. Vamos para a minha casa. Não tenho certeza,mas pode ser que o telefone fixo esteja funcionando.

- Você mesmo disse que ninguém vem para esses lados em dias como esse. Então, pra quem eu ligaria para me tirar daqui ?

- Ninguém, mas você pode avisar sua família e amigos que está segura. - Disse ele tão seguro de si como a sua oferta que eu estarei segura com ele.

Eu não tenho família. E a minha única e melhor amiga está muito longe e não tem ideia de onde estou agora, mas, essa é uma informação que eu nunca daria para um estranho forte como um touro que apareceu do nada e diz viver em uma casa na colina sem nenhuma civilização por perto. Já fiz muitas coisas estúpidas por hoje. Não vou extrapolar confiando nesse cara que pode muito bem ser um lobo na pele de um cordeiro gentil.

- Eu já avisei a eles. De qualquer forma, obrigada.

Agora, por favor, será que você pode tirar a cabeça da porta para que eu possa fechá-la ? Estou congelando.

-Se ficar aqui, vai morrer congelada ou de fone já que a previsão é que a nevasca dure por cinco ou seis dias.

E a possibilidade de outra pessoa vir para esses lados com um tempo desse é quase nula. Então,você só tem a mim e a minha casa da colina. E se puder adiantar as coisas saindo desse carro logo , eu agradeço. - Ele diz confiante que vou cair nesse truque da casa da colina e bate as mãos no casaco para tirar a neve.

-Espera ,aí ...Você disse cinco dias?

Oh ,meu , Deus! Agora sim estou ferrada.

- Foi o que disseram, mas você está com sorte.

- Sorte ? Que diabos eu posso estar com sorte ? -Eu o olhei incrédula e ele curvou os lábios. - Você tem eu.

- Eu não vou a lugar nenhum com você.

Ele olha para mim como se eu tivesse acabado de insultá -lo.

- O que disse ?

- Eu disse que não vou com você. Eu não te conheço. E saiba que se sua intenção é me fazer mal, não vou me oferecer numa bandeja,como ir de boa vontade para sua casa da colina.

- Você é maluca ? -Balança a cabeça - Não precisa responder. É claro que é.

Que diabos ?

- É ,eu sou bem maluca ,mas não suficiente para ir para casa da colina com um estranho.

Ele bufa alguma coisa que não entendi o que foi e respira fundo.

-Olha, não importa o quão maluca se pareça, não vou te deixar aqui.

- E eu não vou com você.

Ele assentiu e olhou para o céu e em seguida disse num tom baixo e calmo :

- Você é quem sabe. Não vou insistir. - Ele encostou a porta e se afastou.

Respirei fundo e fui travar a porta.

A porta que ele abriu novamente ,me agarrou , jogou-me em seus ombros e bateu a porta para fechá-la.

- Me solte ,seu ogro maluco ! O que pensa que está fazendo? - Me debati ,mesmo sabendo que não tinha nenhuma chance de escapar dele.

- Eu disse que não vou te deixar aqui. - disse ele tão frio como a neve fofa que cobria metade das suas botas enquanto ele andava.

- E eu disse que não queria ir com você. Deixe-me em paz !

Ele não respondeu. Alguns segundos depois,ele me colocou no chão , mas sua mão permaneceu bem firme na minha cintura enquanto ele abria a porta de uma elegante caminhonete preta reluzente com vidros escuros. Indicou o banco da frente.

- Entre ou mesmo coloco você nesse banco- falou com autoridade e expressão séria.

Empurrei a mão dele da minha cintura e entrei. Ele prendeu o meu cinto de segurança e ao se afastar ,me olhou sério.

- Vou pegar as suas coisas. - Trancou-me na caminhonete e foi buscar as minhas coisas como disse que faria.

Por favor, Deus , que ele não seja um psicopata assassino.