Hanna - Rendição de Uma Sedutora

A vida dá voltas imagináveis, estou eu aqui de volta ao Brasil depois de dez anos residindo no exterior, aos vinte e nove anos, belíssima e esbanjando sensualidade, mas nem sempre foi assim.

Meu nome é Hanna Dumas, filha única de João Dumas e Arlete Dumas, sou carioca, mas moro em Minas desde os cinco anos, meu pai foi contratado para trabalhar na Universidade Federal de Minas, ele é professor universitário e desde então fixamos residência em terras mineiras.

No período da minha adolescência eu era o patinho feio da escola, da rua e da família, como não ser? Usava óculos de grau, era magra igual àquela personagem do desenho animado Popeye, a Olívia Palito, não possuía nenhum tipo de vaidade, sempre fui tachada de feia e era assim que me sentia.

Sempre fui uma aluna acima da média, era considerada nerd, porém, na verdade, eu era estudiosa, passava horas, trancada em meu quarto estudando, nas horas vagas, lia romances, minha vida se resumia a isso, escola e meu quarto, não tinha amigos, tão pouco era convidada para festas, só as da família.

Os livros sempre foram o meu refúgio, através deles eu vivia intensamente, como se eu fosse a mocinha das histórias, a leitura me afastava da minha triste realidade e me transportava para um mundo onde tudo era perfeito, onde eu tinha amigos, e um homem apaixonado por mim, que me desejava, idolatrava e me dava prazer. Na realidade nunca havia beijado e nem despertava o desejo de ninguém por mim, nem preciso dizer que eu era virgem, pelo meu histórico trágico dá para perceber.

Aos 17 anos prestei concurso para ingressar em uma faculdade e com muita dedicação aos estudos passei para as cinco melhores faculdades de Minas Gerais, a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM); a Universidade Federal de Lavras (UFLA); a Universidade Federal de Viçosa (UFV); e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Optei pela UFMG que era a faculdade que meu pai trabalhava.

O período da faculdade foi muito difícil, não por conta dos estudos e sim por causa de minha aparência, eu era a piada da turma aquela que era zombada pelas meninas e desprezada pelos rapazes. Quando tínhamos trabalhos em grupo me escolhiam na intenção que eu fizesse o trabalho para eles. O único momento de paz era nas aulas do meu pai, por ser filha do professor eles me davam trégua.

Aos 19 anos eu já havia feito dois estágios em empresas pequenas e, já havia conseguido um pouco de experiência na minha área que é propaganda e marketing, então comecei a mandar curriculum para as empresas de médio porte, modesta parte eu era muito boa no que fazia, as empresas anteriores queriam me efetivar, entretanto, não aceitei, meu intuito era crescer cada vez mais. Por sorte consegui um estágio na M&P uma empresa de médio porte que já havia feito muitos trabalhos importantes que tiveram grande circulação na mídia.

No estágio fiquei muito amiga da minha chefe, o nome dela era Helena, na época ela tinha vinte e seis anos eu a admirava por ser tão nova e ter um cargo tão importante. Também admirava sua vitalidade e criatividade, ela era uma mulher muito linda, tinha lindos cabelos loiros até a cintura, olhos castanhos e um corpo muito bonito, esbanjava sensualidade.

Eu era aquela colega de trabalho considerada legal e prestativa, não passava disso, os homens não se interessavam por mim e as mulheres não se aproximavam, com exceção da Helena.

Toda segunda-feira era obrigada a ouvir os casos sexuais das minhas colegas de faculdade e do trabalho, enquanto eu nunca havia dado um beijo, elas tinham seus finais de semana intensos com muitos flertes e sexo.

Helena me dava muitos conselhos de moda, e a admiração que tinha por ela fez com que eu quisesse mudar, sabia que nunca ficaria igual a ela, mas queria me vestir melhor, me sentir bem comigo mesmo e quem sabe ser desejada.

A princípio só usava calça jeans e camisa de manga longa, sempre fui tímida e tinha vergonha do meu corpo, aos poucos com indicações de Helena comecei a usar vestidos e saias, minha autoestima começou a mudar.

No primeiro dia em que usei um vestido fiquei feliz com o que vi no espelho, resolvi ir com ele ao trabalho, ao chegar lá recebi alguns tímidos elogios, já fazia um ano que estava na empresa e era a primeira vez que me vestia assim. Fui à sala da minha mentora, quando ela me viu abriu um enorme sorriso.

⸻ Hanna como você fica bem de vestido, você tem um corpo lindo, pare de se esconder naquelas roupas largas que não te favorecem em nada.

Sorri um pouco constrangida, no entanto, fiquei feliz, um elogio vindo de Helena muito me agradou por ver sinceridade nele.

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Toda sexta-feira os colegas do trabalho iam a um barzinho próximo à empresa no centro de Belo Horizonte, me convidaram algumas vezes, como nunca havia aceitado desistiram de convidar. Depois de uma semana de mudanças no visual decidi os acompanhar ao bar, o que aconteceu nesse dia mudou de vez a minha vida.

Alguns colegas ficaram zombando, dizendo que iria chover, coisas desse tipo em um tom de brincadeira, só a antipática da Viviane falava com um tom debochado, não dei bola, já tinha decidido que iria e não voltaria atrás. No bar a conversa fluía animadamente, o bar era muito bem movimentado, tinha música ao vivo e excelentes petiscos.

O tempo todo eu não tirava os olhos de Luiz, desde que comecei a trabalhar na M&P senti atração por ele, nunca disse nada a ninguém, nem a Helena, sabia que entre tantas mulheres bonitas na empresa nunca seria sua opção.

Ele estava lindo como sempre, vestia uma calça jeans escura e uma camisa social listrada com três tons diferentes de azul.

Tantos os rapazes, como as meninas, tinham muita intimidade por sempre saírem juntos, eu ficava na minha só observando e admirando o Luiz que por sua vez não tirava os olhos da Viviane. Ela era a única da empresa que eu não gostava, pois, me tratava com desdém e era um pouco metida.

Já era bem tarde quando percebi que o Luiz e Viviane estavam em um canto conversando intimamente, ele pegava em sua cintura e ela dizia algo para ele que o impedia de a beijar, fiquei com ciúmes, queria estar no lugar dela.

Aos poucos a galera foi arrumando seus pares e Viviane sumiu sozinha ficando só eu e Luiz na mesa, ele parecia um pouco pensativo, de repente, começou a puxar assunto comigo, coisas em relação ao trabalho e aos poucos foi mudando o rumo da conversa querendo saber se eu tinha namorado, disse que não, e ele me perguntou se eu era virgem, foi direto, minha reação foi cuspir o refrigerante que havia acabado de colocar na boca.

Meu rosto queimava e ele ficava me olhando esperando uma resposta, constrangida só assenti com a cabeça.

Luiz perguntou se eu toparia irmos a algum lugar para conversamos melhor, boba, inocente e gamada, aceitei, nunca nenhum homem havia se interessado por mim, para eu era a minha única chance, foi o meu maior erro.

Ele me levou a um hotel não muito longe, quando cheguei na frente do prédio com um enorme letreiro meu coração parecia que iria saltar pela boca.

⸻ Está tudo bem para você? Fiz que sim com a cabeça, não conseguia falar nada.

Quando entramos no quarto Luiz me perguntou se eu era a fim dele, que algumas pessoas o disseram isso, mas ele nunca reparou nada que confirmasse isso, em um ato de coragem disse que realmente sempre tive interesse nele. Em meu interior eu dizia que não tinha nada de mais estar com ele naquele lugar, já que para as outras pessoas, era tão normal.

Ele disse que iria tomar um banho e se eu queria ir com ele, disse que não, depois iria quando ele terminasse.

Quando saí do banho ele estava na cama, enrolado na toalha vendo um filme pornô, senti meu rosto esquentar, pela vergonha, ele percebeu desligou a tv e me colocou deitada na cama.

⸻ Nunca imaginei que seu corpo fosse tão bonito, porque você se esconde tanto?

Não respondi, ele retirou meus óculos soltou meus cabelos que estavam presos em um coque.

⸻ Garota você é muito bonita e faz de tudo para ficar feia, seu sexo se acomodou entre minhas pernas, meu estômago dava voltas de aflição. Luiz me beijou no pescoço e foi descendo por todo o meu corpo até chegar a minha intimidade, ficou um bom tempo por lá despertando em mim sensações nunca antes sentida.

Ele me penetrou devagar como um homem experiente que soube esperar até romper meu hímen.

Luiz foi muito delicado, não teve pressa e fez tudo ao meu tempo, me senti desejada com os beijos calorosos que ele me dava.

Essa nunca foi a forma que sonhei a minha primeira vez, sonhava em ter um namorado que me amasse e me entregar a ele, contudo, foi a única oportunidade que tive, cabia a mim, aproveitar, ao menos foi com alguém que eu gostava.