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Uma Secretária Irresistível

Uma Secretária Irresistível

Verona

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10
Capítulo

Zara Brown tinha um lema: não se envolver com pessoas do trabalho. A coisa que mais lhe assustava era o fato de se apaixonar e se decepcionar novamente. Zara vê sua vida virar de cabeça para baixo quando um estranho entra em sua vida. Sebastian McCarthy, o homem que não sai da sua cabeça desde a noite desastrosa em um bar, reaparece com uma vaga de emprego e um sorriso encantador. Ao tentar se afastar, Zara se vê cada vez mais próxima e amiga de Sebastian, ainda afirmando que não irá se apaixonar. As coisas ficam ainda mais difíceis depois que ele revela suas melhores intenções, abrindo o coração.

Capítulo 1 Encontro

Zara

Eu quase caí da cama quando o despertador soou.

O dia não vai ser divertido, muito menos bem humorado. O trabalho me chama e compete com minha cama, dinheiro e soneca são coisas que tentam a todo tempo. De qualquer forma, a primeira opção é a melhor

Minha franja está desgrenhada quando olho no espelho, o resto do rímel que sobrou da noite de ontem manchou abaixo dos meus olhos.

Enquanto vou para a cozinha, Thiana mia atrás de mim e corre na frente, esperando eu encher seu pote com ração.

- Bom dia, pequena feiosa.

Ela é realmente feia, sua raça é aquela Sphynx, que não possui pelos. Meu pai teve a brilhante ideia de dar um gato desses para minha mãe, já que a mesma é alérgica a gatos. Só que, ao contrário do que ele pensava, mamãe não tinha alergia aos pelos, e sim a proteína da saliva que vai para todo o corpo quando realizam a higiene. Tenho que tomar conta dela até achar um lar bom, entretanto, não é todo dia que alguém quer um gatinho pelado com o contraste de rosa e preto, como se fosse um siamês.

Thiana se esfrega na minha perna, indo até seu pote e comendo o que eu havia despejado. Começo a preparar o café, pego o celular para conferir o horário, não estava muito atrasada, ao menos.

No mesmo momento em que o café é feito na cafeteira, subi para tomar um banho e me arrumar. Pensei em vários momentos aleatórios, dias de trabalho cansativos e um chefe mais imbecil do que se é possível imaginar. Assim que saí do banho e terminei de me vestir, olhei o relógio.

- Merda!

Corri até a cozinha, colocando rapidamente um pouco de café na xícara, apressada para não me atrasar logo em dia de reunião. Tentei beber um gole de café e calçar o salto em um pé ao mesmo tempo, e sim, eu quase me queimei. Bebi rapidamente e consegui me manter viva.

- Vigie a casa para a mamãe, está bem? Eu volto assim que meu horário acabar. Torça também para que eu consiga um emprego rápido depois desse.

Fiz um carinho na cabeça de Thiana e puxei minha bolsa, pedindo um táxi. Não chegaria tão atrasada, porém, atrasos não fazem parte da minha vida. Mesmo que eu esteja dando adeus a essa empresa, ainda acho estranho alguma demora a mais.

Talvez fosse mais fácil ter ido a uma cafeteria.

- Sabe do que você precisa? - Megan mordeu seu sanduíche logo após lançar a pergunta, só que não me deu tempo para que respondesse. - Isso mesmo, de férias!

- Achei que diria namorado. - Mexi o líquido do copo em círculos. - Obrigada por não ter dado essa ideia.

- Quem é que precisa de homem quando se é você? Zara, temos que pensar que são eles que precisam da gente, assim como eles pensam que somos nós que precisamos deles.

Soltei um muxoxo, mas sorri com o que ela disse. Sem dúvidas, férias nesse momento seria ótimo.

- Eu preciso de outro emprego, Megan. Apesar de que férias seria bem bacana.

- Nossa, quando você arranjar um emprego melhor do que esse, com um chefe melhor do que o nosso, vamos ter que comemorar!

Com um sorriso brincando nos lábios, me inclinei para frente e sussurrei:

- Como qualquer um é melhor que o nosso chefe, pode ter certeza, querida Megan, nós iremos comemorar!

Ela riu divertida, concordando com o fato. Passamos o resto do almoço conversando e procurando empresas, tentando achar algo melhor ou pelo menos na mesma proporção.

Durante o tempo que passamos juntas, consegui alguns lugares para tentar, só teria que enviar currículos e torcer para me encaixar no que esperam.

Modéstia à parte, sei que meu currículo é bom, sei que esperam pessoas assim, mas não sou a única nessa cidade enorme que tem um bom currículo.

Entretanto, alguém pode me achar a melhor opção.

E eu espero que achem.

No fim da tarde, enquanto finalmente voltava para minha casa, passei em uma lanchonete para um café, já que ainda estava decepcionada com o início e meio do dia. Qual é, hoje a minha sorte decidiu ficar debaixo da cama.

Esperei pacientemente o meu sanduíche ficar pronto, vendo toda a movimentação de uma sexta a noite. Se eu conseguisse um táxi para casa seria minha maior conquista no dia. Pagando pela comida e pelo café expresso, saí para tentar chegar em casa o mais rápido possível.

Apesar de eu achar que teria que pegar metrô, não ocorreu, consegui um táxi até que rapidamente.

O caminho todo eu tentei relaxar e pensar em algo melhor do que somente pregar a bunda na cama e assistir séries tomando sorvete. Se bem que essa ideia era ótima e combinava muito com uma sexta à noite, mas sair para pensar enquanto bebe algo qualquer, é semelhantemente bom. Acho que a Thiana já estava sentindo saudades de ficar em casa sem mim. Ah, pobre feiosa.

Quando cheguei em casa, tirei os sapatos e fui recebida com um miado e os olhos da minha gatinha brilhando no escuro. Acendi a luz e suspirei aliviada por estar em meu conforto.

- Voltei, Thiana, não te abandonei. - sorri para ela, acariciando sua cabeça sem pelos. - Por mais que eu ache que gatos não liguem muito se o humano vai voltar ou não... mas vai que você é diferente, né?

Segui para dentro, conversando com ela como se fossemos grandes amigas, como se ela realmente me entendesse.

- Olha, hoje eu não vou passar a noite ao seu lado, mas prometo que amanhã vamos ficar juntas!

Thiana piscou seus olhos azuis para mim, virando a cabeça para o lado e miando baixinho. Para quem seria somente uma gatinha temporária, está tomando um bom espaço dentro de mim, e na minha casa também. E com certeza, na minha cama. Durante a noite ela não aceita dormir se não for na minha cama, às vezes em cima de mim ou no meu travesseiro.

- Não vou dormir fora, volto antes da meia noite.

Coloquei mais um bocado de ração para ela, fazendo um último carinho e indo para o último banho do dia.

Estava tomando um drink qualquer, não sabia nem do que era aquilo, eu só pedi o que mais pediam e o barman me serviu isso. Não é nada ruim, muito pelo contrário, é ótimo! Tudo parecia mil maravilhas, era realmente incrível estar sozinha e aproveitando da própria companhia, até me aparecer o motivo de pensar que ficar com a Thiana fosse o mais indicado.

- Ei, você é a Zara, né? - Uma voz masculina super animada chamou minha atenção.

- Hm, sim, sou eu... - não fazia a menor ideia de quem era o sujeito, porém, foi só forçar um pouco a mente que me lembrei: Josh, o branquelo da faculdade.

Ai, merda!

- Nossa, que demais te reencontrar! - Uau, era realmente incrível encontrar alguém que eu não lembrava da existência.

- Ah, sim, demais! - tentei sorrir e parecer mais gentil.

Sério? Justo no dia que eu queria ficar na minha sem ninguém por perto?

- Como já estamos aqui, podemos fazer companhia um ao outro, o que me diz?

Não! Dê o fora daqui agora!

Eu queria chorar e pedir o colo da minha mãe. Droga, droga, droga!

- Hm... - resmunguei, apavorada em agora ter companhia de um cara visivelmente chato.

Ele se sentou, começando a puxar assuntos aleatórios, até que chegou em um muito interessante: sua irmã e sua mãe.

Eu só queria minha cama e minha gatinha.

Enquanto minha cabeça latejava ao lembrar do magnífico patrão que eu não possuo, o cara tagarela em minha frente continuava a falar. Ah, como ele é chato. Não tinha intenção alguma de encontrar com um antigo colega da faculdade, sério, eu só queria tirar da cabeça - ou pelo menos tentar - a péssima última semana no trabalho. Porém, eu não tive sorte alguma, e com isso, eu obviamente não atingi meu objetivo esta noite.

- Vou ao banheiro - anunciei, já me colocando de pé e seguindo para longe dele.

No corredor do toalete, peguei o celular e disquei uma mensagem rápida para minha amiga.

Zara: Spencer, preciso de você e é agora! Pelo amor de Deus, me liga e diz que, sei lá, quebrou o dedinho e não consegue pisar o pé no chão para ir ao hospital.

Esperei alguns minutos e a mensagem sequer chegou. A única saída foi usar o método mais antigo de todos: ligação.

Chamou uma, duas, três... cinco vezes e nada dela me atender. Deixei uma mensagem mesmo assim.

- Spencer, só me liga e finge alguma emergência, preciso sair desse encontro indesejado o mais rápido possível. Por favor, me ajuda.

Suspirei pesadamente e me encostei na parede, querendo a ligação de Spencer e torcendo para que quando voltasse à minha mesa, aquele cara não estivesse mais lá. Mas eu sabia que ele estaria, no fundo eu sabia que ele estaria me esperando para continuar a falar sobre assuntos não desejados das cirurgias plásticas de sua mãe e da gravidez esquisita de sua irmã.

-Droga, Zara! Por que nem mesmo um dia afogando as mágoas dá certo para você?

Resmunguei, inconformada com o que estava acontecendo justo no dia que já havia tudo dado errado. Acho que nunca será suficiente apenas um desastre, tem que ocorrer vários.

A última vez que um desastre aconteceu foi quando eu peguei meu ex-namorado fazendo sexo com uma garota que eu não fazia ideia da existência. Tudo bem, isso foi um pouco pior do que esse encontro indesejado.

Bem pior, pra dizer a verdade.

- Sério que está cogitando fugir assim? - uma voz soou forte, quando olhei, vi um homem com o ombro encostado na parede um pouco mais a frente do que eu.

Satanás, é você?

- Hm, desculpe, eu te conheço? - tentei soar o mais educada possível.

O homem ergueu o rosto e abaixou novamente, encarando o celular.

- Acho que não, deveríamos nos conhecer? - revirei os olhos e dei de sair, mas ele voltou a falar. - Se é um encontro indesejado, por que dá atenção ao que ele irá pensar se pode simplesmente pagar sua conta e deixá-lo para trás?

Era uma ótima pergunta.

- Não sei.

Ele continuou mexendo no celular e falando comigo.

- Talvez você tenha sido esnobe e tenha o deixado nervoso.

Ah, fala sério! A última coisa que eu precisava nesse momento era um alguém que eu sequer havia visto o rosto me chamando de esnobe.

- Esnobe? Sério? Quem é que estava escutando minha conversa e ainda por cima dando conselhos do que eu deveria fazer? Nem fizemos um mísero contato visual, você só soube olhar para a tela do celular e se meter.

O idiota se virou para mim e andou em minha direção. Com a pouca claridade de luz, pude vê-lo, e não, não era o que esperava. Eu esperava um homem velho com um terno horrível, o tipo de senhores que se acham os perfeitos, mas o cara era jovem. Jovem e lindo. O terno estava sendo segurado por seu antebraço direito, a camisa social lhe caia perfeitamente bem; os cabelos loiros estavam bagunçados com um ar de quem liga pra nada e os olhos tão azuis que pareciam o céu.

- Quer que eu coloque as mãos na cabeça para que possa me revistar?- Lindo e idiota. Algumas mulheres morreriam por isso. Revirei os olhos, ele sorriu pequeno - Curta seu encontro, linda.

Depois que o idiota saiu, eu também saí. Passei por ele e o vi dar um sorriso. Me sentei novamente, e para meu enorme azar, o cara ainda estava lá.

Enquanto ele ainda tagarelava sobre o silicone mal feito da irmã, meus olhos voltaram para o cara que bebericava alguma coisa que não soube decifrar. Quando me viu o encarando, ergueu sua bebida em minha direção e sorriu de canto, revirei os olhos e dei um último gole em meu drinque. Pensei em Spencer me ligando e me tirando de lá, mas nada dela aparecer.

Foi então, que quando menos esperei, o mesmo homem do banheiro vinha em minha direção.

Era o que me faltava. O que ele faria? Entregaria o que ouviu no corredor para aquele ser chato e sem noção?

- Zara? - ai, meu Deus. - Puxa, quanto tempo! - eu estava sem qualquer tipo de reação - Sou eu, Sebastian!

Então esse era o seu nome?

Antes que eu respondesse qualquer coisa, Sebastian me puxou para um abraço de urso. O abracei de volta, ainda digerindo tudo aquilo, então ele sussurrou:

- Entre na onda, linda. Vamos deixar sua noite divertida.

Olhando o tagarela a nossa frente, Sebastian estendeu a mão e se apresentou:

- Sebastian McCarthy, antigo amigo de Zara. - estendeu sua mão.

- Josh Wood, antigo amigo de Zara também - apertou a mão do bonitão.

Meu antigo amigo? Nós nem nos falávamos! Para ser sincera, lembro muito pouco das vezes que eu e ele trocamos mais do que cinco palavras em uma frase completa.

- Não se importa se eu me sentar com vocês, né? É que faz tempo que não vejo a Zara. - sorriu para mim. - De onde a conhece? Não me lembro de você na época do colégio.

Nossa, ele mentia tão bem que me assustava.

- Não, tudo bem. - ele dizia isso, mas parecia decepcionado - Nós nos conhecemos da faculdade, nos formamos juntos e tudo mais.

- Entendo. Bons amigos, então? - me olhou, como se esperasse que eu dissesse algo, parecia gostar de me pressionar.

- Ah, grandes amigos! - Josh exclamou, um sorriso enorme contornando seus lábios.

Sebastian continuou me olhando, então, olhando em seus lindos olhos azuis, eu proferi com certo sarcasmo:

- Excelentes grandes amigos, eu diria.

Aquilo pareceu bastar para Sebastian, que sorriu ladino e olhou para meu excelente grande amigo da faculdade.

- E você conhece a Zara do colégio, certo?

- Hm, sim, temos um início de amizade muito marcante, não é, Zara?

Ele só podia estar tirando onda com a minha cara.

- Claro - mas eu entrei na dele, óbvio. - Altos acontecimentos.

Bebi mais um pouco do licor que havia em meu copo, o esperando e deixando continuar.

- Sim! Zara foi minha primeira namorada quando cheguei no colégio - quase cuspi o que havia em minha boca com o que escutei, porém, me contive e permaneci sem dizer nada. - Ela era linda, mas agora... agora ela tem alguns atributos ao seu favor.

Se ele achava que queria dizer que eu era feia na época do colégio, não deixaria que ficasse por cima.

- Você está usando lentes de contato, Seb? - Me encarando, bebeu um pouco de seu drinque - Lembro bem de seus óculos enormes e desproporcionais ao seu rosto.

Sebastian me olhava como se tudo fosse exatamente o que ele queria me ouvir dizer, e eu concluí mentalmente que esse homem era louco.

Lindo? Demais! Louco? Na mesma proporção.

- Sim, depois que entrei na faculdade, percebi que ninguém iria me querer porque nenhuma era tão louca como você.

Mordi o lábio inferior e contive uma risada, apenas parei de o encarar e voltei a minha posição inicial.

- Enfim, foi um ótimo momento das nossas vidas. Fizemos tudo juntos e a experiência foi incrível, sensação única, eu diria.

- Eu diria o mesmo.

Josh olhava para nós dois com certa estranheza. Tá, talvez seja extremamente estranho, mas ainda assim, era engraçado.

- Eu costumava chamá-la de Florzinha.

Eu e o falador olhamos juntos para Sebastian. Como ele conseguiu inventar mais coisas em menos de um minuto?

- Florzinha? - Josh perguntou, meio sem entender.

- Sim, é pelo significado do nome dela, tem a ver flor e tudo mais. Decidi dar um apelido que talvez outro cara não pensasse em usar.

Ok, eu estava bem impressionada, como ele sabia até o significado do meu nome?

- É realmente um ótimo apelido, até combina com você, sabia?

Dei um sorrisinho, somente para não parecer chata e antipática, porque a única coisa que eu queria no momento era deixá-lo de lado e terminar a conversa com o cara bonitão.

Minha barriga doía com as histórias contadas por Sebastian. Eram cada uma mais louca e absurda que a outra. Josh por sua vez, parecia desconfortável e sem saber o que dizer, acho que não era assim que ele imaginava acabar nossa noite. Bom, não sei como ele imaginava, mas eu prefiro bem mais do jeito que estamos.

- Não querendo parecer um chato, mas... vou indo nessa. - Quando Josh soltou as palavras, eu quis muito sorrir. - Foi um prazer te rever, Zara. Espero que possamos repetir isso.

- Ah, claro... foi ótimo te rever também, Josh.

Me levantei rapidamente e o abracei, não durou muito, já que logo dei um passo atrás e voltei a sentar. Josh apertou a mão de Sebastian e fez um sinal de tchau.

Quando o vi longe da mesa, soltei um longo suspiro e ri baixinho.

- Qual a graça, hein?

- Você me salvou. Jurava que isso só aconteceria se eu fosse para um mundo diferente, onde existe o super-homem.

- Boa colocação, Florzinha, mas eu somente achei que deixar uma garota na mão com alguém feito ele falando horrores, não seria um ato muito heróico. - lançou um sorriso singelo.

- Não seria nada heróico! - ri pouco. - Obrigada mesmo, foi muito melhor com sua companhia.

Seus lábios se curvaram em um sorriso bonito, me fazendo sorrir também.

- Ele era pior do que eu pensava. Como alguém quer ter chances com uma mulher desse jeito?

Suspirei, também tentando entender.

- O engraçado foi ele dizer que éramos grandes amigos. Nós nem nos falávamos!

- Será que ele já namorou? Porque com esse humor e flerte, não arranja nem uma velha com hipertensão.

Dei risada, não dava mesmo para imaginá-lo com alguma mulher séria e bem resolvida.

- Bom, acho que vou para casa, já deu minha hora.

- Eu também já vou, agora que me livrei, é melhor não tentar a sorte.

Enquanto ele se levantava, pude guardar mais alguns detalhes de seu belo rosto. Provavelmente não o veria nunca mais, ou, pelo menos, não tão rápido.

- Meu fim de noite foi ótimo, obrigado por sua ilustre companhia.

- Eu quem te agradeço.

Quando me levantei, ele me puxou para um abraço, me fazendo sorrir.

- Se cuida, Zara. - proferiu baixinho. - Tem como chegar em casa?

Eu iria pedir um táxi, mas não diria isso a ele para não o incomodar e evitar qualquer outra coisa. Vai saber, talvez ele seja louco, no fim das contas.

- Tenho sim, não se preocupe.

- Certo, então eu vou indo, querida namorada do colégio.

- Dirija com cuidado, querido namorado do colégio.

Sorrindo, ele piscou e pegou a chave do carro no ar.

- Pode deixar!

Assim que o vi afastado o suficiente, puxei o celular e pedi um táxi. Não demoraria muito, por isso, paguei minha conta e andei vagarosamente até a saída.

Do lado de fora, suspirei pesadamente e relaxei totalmente minha postura. No fim das contas, foi um ótimo fim de noite.

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