Depois de Giselle tirar a sua própria vida, a mesma se vê em um limbo. Nesse lugar ela devera passar por salas e desafios para poder para onde vai no final de tudo, no entanto ela terá uma companhia nessa jornada, sua eu menor. No entanto será que elas duas terão um acordo ou uma ligação, afina, sua eu de criança teria orgulho de quem você é hoje?
Quando me matei pela primeira vez, ninguém percebeu e ninguém trocou nem uma palavra comigo.
Quando me matei pela segunda vez, todos elogiavam, elogiavam meu corpo, minha aparência que tinha mudado bruscamente, como eu coloquei uma mascara para ser quem eu imaginava que eu queria ser. No entanto minha pele estava toda aberta e os ossos aparecendo. Eu era só uma criança...
Na terceira vez que me matei, eu era a favorita. Eu era a pessoa que todos queriam por perto, eles podiam me pisar a vontade e nada acontecia, eu não gritava, não reclamava, podia sugar a minha alma que eu não me "importava". Podiam me espancar, podiam me usar, podiam fazer todos os cortes possíveis no meu corpo, afinal nada iria acontecer.
Na quarta vez da minha morta, eu era a própria estrela de um circo quebrado. Falavam que eu era a melhor, a razão daquela pequena tenta ficar de pé, mas toda vez quebravam cacos de vidro para eu dançar por cima e soltavam a lona no meu grande ato para poder ficar cega.
Na quinta vez que eu me suicidei, eu não me importava mais, não me importava em chorar todas as noites, não me importava deles me escaqueirem, não me importava mais em sentir dor. Tanto que eu fiz a minha mente ser a minha prisão e os cortes sendo eu mesma que eu fiz.
Na sexta vez que eu me suicidei, e a ultima vez... Não foi só uma metáfora, e finalmente consegui ver o céu da cor do meu sangue.
Capítulo 1 Linha temporal (poema de entrada)
21/01/2023
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