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Quando começa o amor

Quando começa o amor

EthelManu

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5
Capítulo

Depois do fim de seu noivado, Marcela se encontra com o coração fechado para um novo romance. Conhecer Fábio, um rapaz mais jovem, a faz ignorar todas as regras que criou para se proteger de decepções. Vivendo uma constante luta para não se render aos desejos do seu coração, Marcela tenta se esquivar ao se ver cada vez mais apaixonada por Fábio.

Capítulo 1 O rapaz da mesa ao lado

Numa manhã de segunda-feira, ao redor da grande mesa, acontecia uma conversa animada entre amigas. Os assuntos eram os mais diversos, desde os filmes que passaram na Globo até o prato que saborearam no almoço de domingo.

Já fazia algum tempo que Marcela estava sozinha. Havia terminado o noivado e encontrava-se naquela fase de carência, buscando consolo num pote de Nutella.

Sem dúvidas era uma das mais belas jovens reunidas ali, seus longos cabelos dourados brilhavam como o sol e balançavam ao sopro do vento com uma elegância estonteante. Com a cintura fina e seios bem postos, era difícil imaginar como poderia estar solitária.

Letícia, uma das companheiras a qual tinha grande estima, procurava sempre dar conselhos e elevar a auto-estima da amiga, lembrando-a da mulher maravilhosa que era e da infinidade de rapazes que estariam disponíveis para um novo romance. Sim, rapazes e gente nova. Era tudo o que Marcela precisava, mas não era o que queria. Lá no fundo desejava um tempo. Talvez fosse seu coração, magoado com o fim. O amor é uma escolha e ela havia escolhido amar o homem que a machucará profundamente e cujas marcas ainda demorariam a cicatrizar.

“Ele é bonitinho Marcela…”

Sussurrou a amiga com um risinho abafado.

Marcela olhou o rapaz na mesa ao lado. Ele era alto, magro, sorriso bonito, barba por fazer, personalidade hilariante.

“Não faz o meu tipo.”

Respondeu dando de ombros.

Havia em si um luto que precisava ser cumprido, porém estava demorando a passar segundo suas companheiras.

“Você pode dar um trato nele, e deixa-lo como quiser…”

“Para com isso! Você sabe que eu não tô pra romance.”

No final do dia fez sua caminhada para casa quase em silêncio, seus pensamentos estavam em outro lugar. Era difícil admitir, mas sentia a falta do seu companheiro de tanto tempo. Não se pode apagar anos de relacionamento em algumas semanas, não para ela. Nunca demonstrou esmorecer diante das dificuldades, alegava sempre estar bem e ter superado o fim da relação, mas por dentro estava aos cacos. Tudo lembrava ele. Seu cheiro, seu toque, seu abraço, seu beijo, seu jeito de amar. Sentia saudades do tempo em que juntos conversavam sobre o futuro, sobre o nome dos filhos que teriam e sobre a casa de varanda com jardim lateral.

A noite na cama, lembrou-se de um momento de lazer que tiveram juntos às margens de um riacho. Haviam combinado de dar um passeio na tarde de domingo, prometendo mostrar-lhe o pôr do sol mais lindo que já tinha visto. Cobriu os olhos com uma venda até chegarem no lugar escolhido. Lá, ajudou-a a descer do carro e a conduziu no colo por entre as árvores, até chegar no local desejado. Ele tirou sua venda e ela viu o mais belo pôr do sol da sua vida, ao lado do homem que amava, ao final do magnífico espetáculo se abraçaram e selaram aquele momento com um beijo.

Uma lágrima rolou com a lembrança, virou para o canto e procurou pensar em outras coisas, no trabalho, no final de semana, no anúncio do filme que passaria sábado na TV aberta e por fim pensou em Fábio. O rapaz da mesa ao lado.

Projetou em sua mente o rosto do jovem,alguns anos mais novo que ela. Contornou seus lábios com o pensamento e permitiu imaginar a possibilidade de um momento com ele. Algo puramente casual, uma noite apenas. Tudo bem esclarecido, sem apego, sem sentimentos.

Praguejou a si mesma por cogitar essa possibilidade absurda. Não se sujeitaria a uma noite por carência. E certamente, jamais seu coração se apegaria a alguém como aquele rapaz.

***

"O homem de pele morena a pegou pela cintura, beijou seus lábios e traçou um caminho com a língua descendo pelo pescoço, passando por entre seus seios, depois pela barriga contornando o umbigo, por fim na virilha, causando-lhe um arrepio na espinha. Sentia-se umedecida o suficiente para recebê-lo. E desejava senti-lo mais que tudo. Ele não parou, forçou sua fenda com os lábios e tocou-lhe o seu interior com a ponta da língua, ele sentiu seu gosto e um líquido quente jorrou de suas entranhas e fazendo-a gemer de tesão. Ela o queria naquele momento, e não podia esperar mais, pegou-o pelo colarinho trazendo-o até a altura dos olhos...."

***

Marcela acordou ofegante, tinha sido apenas um sonho. Um sonho bem absurdo, que prometera jamais contar a ninguém, nem mesmo a Letícia. Pois o homem dos seus sonhos era...

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