Será possível viver em paz num mundo de tanta violência, de tanto terror, de tantas guerras, de tantas injustiças sociais, falsidade, ingratidão?... Mas do que esse questionamento o poeta paraibano Antonio Costta nos trás nesse seu livro uma resposta bíblica para o coração de seus leitores. O poeta, através de sua poesia lúcida e objetiva, alerta a sociedade contemporânea, materialista e distanciada de Deus, que a única esperança de escaparmos do caos em que o mundo atravessa é a prática do amor ensinado por Cristo Jesus, em sua mais pura essência, plenitude e intensidade. Leia seus sonetos e encontre refrigério para sua alma, além de deleitar-se com o virtuoso enlevo poético que sua verve nos oferece.
Reuni neste livro alguns sonetos
Que escrevi desnudos de alegorias,
Motivados por dores e alegrias,
Pelos sonhos e desejos prediletos.
Apesar de eles serem incompletos,
Pobremente concebidos — diria —
Julgo sê-los, mesmo assim, poesia
Orquestrada em quartetos e tercetos.
Hoje venho ofertá-los, oh leitores,
Como fosse um buquê cheio de flores
Colhidas entre as pedras da colina...
Lede, pois, os meus versos pueris,
Perdoando-me a forma com que fiz,
Inspirado pel’ fé mais cristalina!
SE AS PEDRAS FOSSEM FLORES
Mas já pensou se as pedras fossem flores?
Que alegria seria ser apedrejado!
Chamaríamos, por certo, de amores
Todos que pedras têm nos atirado!
Mas já pensou se as pedras fossem flores?
Como o caminho seria perfumado!
Lindo jardim, repleto de primores,
Com flores surgindo por todo lado!...
Que pena que as pedras flores não são!
E piores são as da ingratidão
Quando acertam, pelas costas, nosso ser!...
Ficamos, de tal forma, estarrecidos
Que tardamos nos dar por convencidos
E a ninguém desejamos convencer!...
O VENDEDOR DE FLORES
Quem vende flores não vende
Apenas flores ao povo;
Vende esperança, renovo,
Perfume que amor acende.
Quem vende flores não vende
Somente encanto e beleza;
Também remédio à tristeza...
— Emoção que surpreende...
Quem vende flores não vende
Somente o que subentende:
Respeito, amor, alegria...
Quem vende flores também
Vende o que tem e não tem...
— F’licidade e poesia!...
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