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LEONEL, REENCARNAÇÃO

LEONEL, REENCARNAÇÃO

lucystar

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Capítulo

Espero que quem ler essa continuação do romance LEO tenha a mente aberta. A vida não é o fim. Espero que você também acredite nisso. Os fatos que serão relatados aqui foram escritos por alguém que crê nessa verdade. LEONEL, REENCARNAÇÃO conta a trajetória em busca da felicidade de Leo Torres. Espero que entendam e se divirtam.

Capítulo 1 PERDAS

CAPÍTULO I – PERDAS

SERRA NEGRA

Jorge sentou-se junto de Cristina e envolveu-a num abraço, fazendo-a inclinar a cabeça sobre seu ombro. Há uma semana, Gilda, sua mãe, havia sido internada com problemas cardíacos e não estava nada bem. Cristina havia perdido a cunhada Laís, há dois meses e não podia se imaginar perdendo sua mãe. Seria muito sofrimento para um ano só.

- Você não quer ir deitar um pouco? – Jorge sugeriu. – Está a mais de doze horas acordada.

- Queria esperar o telefonema do Bruno.

- Eu fico aqui. Qualquer coisa eu te acordo. O Leandro está acordado também.

Ela resolveu seguir o conselho dele. Ele a beijou na testa e Cristina subiu, mas antes de ir para seu quarto, passou pelo quarto do sobrinho.

A porta entreaberta lhe permitiu ver o rapaz deitado de bruços na cama, com a cabeça escondida nas mãos cruzadas. Parecia muito deprimido, afinal havia perdido a mãe há pouco tempo e agora a avó se internava por problemas de saúde também.

Cristina aproximou-se e sentou na cama, passando a mão sobre sua cabeça. Leonel virou-se e olhou para ela. Sem dizer nada, levantou e a abraçou.

- Pode continuar deitado. Já conseguiu dormir? Você já fez demais por hoje, querido...

- Ela não vai embora também, não é, tia? Minha vó não pode ir também. Já foi duro demais perder minha mãe... se ela for também... O que é que vai ser da gente?

Cristina não respondeu. Apenas deixou as lágrimas correrem pelo rosto.

- Paciência, meu amor...

- Que foi que a gente fez pra merecer isso, tia? A vovó parecia ser o apoio de tudo nessa casa. Ajudou tanto a gente a suportar a morte da mamãe... Por que eu estou falando tudo no passado? Ela ainda está viva...

O telefone tocou. Leonel assustou-se e olhou para a porta.

- Não...!

- Calma, Leonel... ela falou, abraçando-o forte.

- Não, Gilda, não! Não! – ele gritou, abraçando a tia como se não houvesse mais nada em que se apegar.

Gilda faleceu naquela noite.

Dois dias depois, Bruno e Cristina, seus filhos, encarregavam-se de reunir todas as suas roupas para serem doadas a instituições de caridade, como ela mesma havia pedido, em testamento.

A tarefa era bastante difícil. Bruno apanhou um dos vestidos mais bonitos da mãe e ficou olhando para ele. Sentou-se na cama e seus olhos encheram-se de água. Cristina sentou-se ao seu lado e segurou sua mão.

- Diz pra mim que eu estou sendo egoísta, Cris, ele falou. – Fala que ela está melhor agora. Despeja em cima de mim todos aqueles conselhos otimistas que você sempre dá. Me diz que eu estou sofrendo à toa, mas me ajuda a entender o que está acontecendo, minha irmã! Eu perdi duas pessoas que eu amo em menos de dois meses! Me convence de que isso é normal!

- Eu não sei o que te dizer agora, Bruno. Estou sofrendo tanto quanto você, mas eu sei que todos nós devemos passar por isso, juntos, e ficarmos unidos.

- Sem as duas aqui... eu estou me sentindo... vazio...

- Elas estão aqui junto da gente, mano, dentro da gente.

Leandro, o filho mais novo de Bruno, apareceu na porta e avisou:

- Pai, telefone pra você.

Bruno levantou-se e enxugou o rosto. Desceu. Leandro olhou indiferente para todas as roupas da avó e perguntou:

- Empresta seu carro, tia Cris?

- Pra quê?

- Vou aproveitar e dar uma chegada na casa da Helena. Ela ainda não sabe que a minha vó morreu.

- Tudo bem. A chave está no chaveiro na cozinha, como sempre, mas não demore muito. Vou levar as roupas da vovó pro asilo no meu carro. Vou precisar dele.

- Ok. Obrigado, tchau, tia.

- Leandro!

- Hum?

- Por que você não foi ao enterro da vovó?

- Você sabe que eu não curto essas coisas, tia. Morreu, morreu. Acabou!

- Com a sua mãe você também pensou assim?

Ele ficou olhando para ela por um tempo e respondeu:

- O queridinho da mamãe era o Leonel. Ele é que tinha obrigação de chorar por ela.

LEONEL (REENCARNAÇÃO) – CAPÍTULO 1

“PERDAS”

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