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Onde o amor me encontra

Onde o amor me encontra

marischweige

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76
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1
Capítulo

Lucinda Pears, ou Luce para os íntimos, é uma jovem mulher de 25 anos, formada em Arquitetura e que teve seus sonhos roubados por antigos namorados. Uns que não a encorajavam em seguir a carreira, outros que a trairam com suas colegas de classe, até os que debochavam dela pelas costas. Desde que seu último relacionamento veio ao fim, Luce decidiu que não se apaixonaria de novo, que não entregaria seu coração á ninguém novamente. Ela cansou de falsos amores, falsas juras, falsas ilusões. Luce queria somente um único amor, o dela mesma. . . . . . . Até que algo mudou.

Capítulo 1 O ínicio de um novo sonho

ATRASADA.

É como Lucinda se encontra nesse momento.

Seu primeiro dia no maior escritório de arquitetura seria arruinado pelo atraso causado da noitada que suas amigas a convenceram a realizar.

Luce se levantou as pressas nem se importando com a dor de cabeça causada pela ressaca, correu para o banheiro para tomar banho. Ao sair ela agradeceu aos céus por ter separado a roupa do seu primeiro dia na noite anterior antes de sair. Uma saia lápis preta de couro que ia até a altura de suas panturrilhas, uma camisa social bordô, salto preto e uma maquiagem simples mas que destacavam seus olhos mel esverdiados.

Desceu as escadas rapidamente ainda colocando algumas coisas na bolsa, ela não tinha nenhum minuto a perder, pegou as chaves de seu Jeep Wrangler e saiu para seu destino.

Fazia meses desde que Lucinda havia descoberto a traição de Edgar, ela sempre soube da fama dele de ser mulherengo mas pensou que depois da supresa que ele fez ao pedi-la em namoro, ele mudaria. Mas a verdade é que Edgar nunca mudou, ele continuava trocando mensagens com outras garotas, dava em cima de outras mesmo quando estava com Luce, mas claro, sempre pelas costas, eles sempre agiam assim com ela.

A questão é que Lucinda nunca havia tido seu momento para discernir aquilo, ela postergou tanto que acabou esquecendo, mas a saudade dele sempre vinha de algum lugar para assombra-la, ela gostou muito dele... Mas naquele domingo, um dia antes de começar numa empresa nova, longe das más lembraças, Stacie e Cat resolveram fazer uma noitada das amigas com Luce.

No começo foi uma ótima idéia, mas então depois de alguns shots de tequila, ela resolveu por tudo pra fora, chorou, se declarou para as amigas, ligou para Edgar e o mandou para aquele lugar e por fim chorou até ser posta na cama por Stacie.

E agora, nesse exato momento, Lucinda se xingava mentalmente por não trazer óculos escuros, toda essa claridade estava a deixando com mais dor de cabeça. "Nota mental: beber o café mais forte e comer a coisa mais gordurosa para curar essa ressaca" ela pensou após buzinar com toda força para algum desalmado que a havia cortado na avenida.

Ao estacionar o carro na garagem do subsolo, Luce com todos os seus 1.60 de altura deu um pulinho pra sair do carro e pegou sua bolsa, se endireitou e caminhou até o elevador, apertando o botão para subir.

Quando as portas para o térreo se abriram ela se assustou um pouco ao ver tantos supostos estágiarios correndo de um lado para outro com seus telefones na orelha ditando regras para sabe-se lá quem. Desviando de um ou outro que passava correndo ela conseguiu chegar a recepção e abriu um sorriso para a atendente.

— Bom dia! Sou Lucinda Pears, estou aqui para meu primeiro dia — ela disse educadamente e apresentou seu documento para a atendente que sorriu e agradeceu pegando o mesmo.

— Bom senhorita Pears, o senhor Lockwood e a senhora Scott a esperam na sala deles — a secretária diz educadamente. Se levantou da cadeira e liberou o acesso de Luce nas catracas — Não se preocupe senhorita Pears, seu crachá e mais algumas coisas estarão em sua mesa, após o tour. — Luce passou pelas catracas e assentiu agradecendo mas ela não sabia onde eram a sala na qual ela deveria ir por tanto olhou para a secretária com um olhar confuso.

— Me desculpe mas onde fica a sala do senhor Lockwood e da senhora Scott?

— Ah sim, eu que peço desculpas por não ter lhe dito. — ela tossiu envergonhada — então... Sala 2015 no 20° andar, pelos elevadores da esquerda. —Luce agradeceu e caminhou em direção aos elevadores.

Ela estava ansiosa, feliz pelo novo emprego, mas meio incerta se deveria ter deixado seu cargo de supervisora de projetos para voltar a ser uma mera projetista, jamais querendo diminuir os cargos, mas ela havia lutado por aquele cargo desde da época de seu estágio, não era fácil se desapegar do "conforto" que ela tinha na empresa antiga.

Quando as portas do elevador se abriram Lucinda soltou o ar de seus pulmões que ela nem sabia que estava segurando, virou para se olhar no espelho do elevador uma última vez e caminhou a procura da porta 2015.

Ao chegar em frente a sala ela supirou e bateu, uma voz abafada disse "entre" e foi o que a mesma fez. Seus pés pareciam pesados, o andar parecia carregado, por mais que ela sonhasse em trabalhar na LockScott CO, ela nunca teve esperanças de conseguir. E acreditar nessa conquista, estava custando para ela.

A senhora Scott foi o primeiro rosto sorridente que Luce enxergou, ela levantou de sua cadeira e caminhou a passos rápidos até Lucinda, que permaneceu estática com um sorriso amarelo nos lábios. A senhora que não era uma idosa, devia ter uns 45 anos, estendeu a mão para ela balançando freneticamente assim que Luce a apertou.

O senhor Lockwood logo apareceu com uma xícara de café e estendeu a mão para Luce que não hesitou em aperta-la.

— Lucinda Pears, certo? — Senhora Scott disse. Até a fala da moça era frenética.

— Sim, senhora Scott — Disse Luce envergonhada.

— Certo, então Pears, seremos brever para começar o nosso tour rápido pelo andar, até porquê 22 andares de prédio é muito prédio para conhecer em um dia — Agatha riu — Enfim, me chamo Agatha Scott, tenho meus 49 anos, eu e o Jared éramos parceiros na faculdade e depois que nos formamos resolvemos fundar nosso próprio escritório, mas conforme as coisas foram acontecendo, hoje somos uma companhia, trouxemos engenheiros civis, elétricos, hidráulicos, temos nossa propria equipe de pedreiros que executam com excelência nossos projetos... — respirou fundo, "talvez ser tão frenética assim tenha seus preços nas repirações fundas" Luce segurou o riso com esse pensamento — enfim Luce... Posso te chamar de Luce? — Lucinda assentiu— Ótimo, aqui procuramos nos tratar pelo primeiro nome, assim fica mais fácil, alguns dos nossos funcionários tem uns sobrenomes bem diferentes — ela sussurrou a ultima parte arrancando um riso frouxo de Luce. — Dito tudo isso e um pouco mais, estamos muito felizes de te receber em nossa empresa, vimos o seu curriculo, ele se descatou entre os demais, você é muito detalhista, gostamos disso... Bom... Eu gosto. Enfim, vemos em você uma jovem com muito potencial de crescimento aqui dentro e esperamos ver isso mais para frente, ok?

— Sim sen... Sim Agatha — Luce se corrigiu ao ver a sobrancelha da mulher a sua frente se erguer como um alerta para ela.

— Vamos ao que interresa né Luce? — Luce assentiu e Jared juntou as mãos e guiou as moças até a porta para começar o tour.

O andar é imenso, com salas para descanso, uma copa gigante com duas mesas grandes no meio, uma sala ou melhor dizendo um espaço para pequenos lanches ou para ligações rapidas ou afins, ela ficará em uma sala só para ela, não era grande, mas era confotavél o suficiente para uma pessoa ou duas. Ela estava se maravilhando com aquele lugar, tinha o PET DAY onde os funcionários poderiam levar seus pets e trabalhar Lounge. Pensa, imagina o predio da google, mas melhor, era a LockScott CO.

Ao fim do tour Agatha e Jared a deixaram na sala direcionada a Luce e se despediram. Havia em cima de sua mesa um crachá, uma cesta de café da manhã e uma xicará com alguns bombons dentro, o que fez Luce se questionar se todos recebiam algo assim, mas a resposta era óbvia, até porquê, qual seria o outro motivo ela teria esse tratamento diferente? Não fazia sentido para ela.

Nas proximas horas Lucinda de dedicou a aprender mais com o que a empresa estava trabalhando e com o que ela teria que lidar dali para frente. Passava das 14h quando Luce se prestou a olhar celular e a pensar em comer, ela ficou tão intretida que esqueceu do mundo ao seu redor.

Mas ao pegar o celular, ela se arrependeu profundamente, um numero desconhecido havia mandado mensagem "Oi princesa, sinto sua falta, desculpa pelo que fiz a você, eu definitivamente me arrenpendo de ter feito o que fiz, volta para mim." era o que dizia. Luce suspirou e bloqueou o número. Ela olhou para a cesta de café da manhã intocada e pegou um bolinho de chocolate e isso foi tudo o que ela comeu até o fim do expediente.

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