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Meu Improvável Meio-Irmão

Meu Improvável Meio-Irmão

Mary A.S

5.0
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1.8K
Leituras
6
Capítulo

Angel Sinclair é uma jovem com uma vida luxuosa e um ótimo desempenho acadêmico. Após perder a sua mãe, vive em Seattle com seu pai, o empresário James Sinclair. As coisas saem do controle de Angel quando James, após conhecer uma mulher, resolve levá-la para a sua casa. Mas esse não é o maior dos problemas de Angel. O filho de Madison, sua madrasta, também é o novo morador da casa. Bryan Carter, um jovem frio e sedutor que promete infernizar a vida da sua meia-irmã. Dois gênios fortes que faiscam uma química incontrolável e, acima de tudo, proibida.

Capítulo 1 1

ANGEL SINCLAIR.

Deslizo a minha mão pelo apoio da escada enquanto desço com cuidado por causa dos meus sapatos. Passei tanto tempo indo de tênis para a escola que até esqueci como é difícil andar de salto logo pela manhã, pouco depois de acordar.

Quando desço as escadas, encontro a Margareth, governanta da casa há anos, em um dos corredores.

"Bom dia, menina-anjo", ela fala, me chamando pelo apelido carinhoso de sempre.

"Só dia, Marga", eu respondo, indo direto para a cozinha da casa e deixando a Margareth com um sinal de interrogação na mente.

Vejo que o meu pai está tomando café e os meus olhos reviram automaticamente. Sem nem sequer olhá-lo, eu pego a jarra de suco de laranja e coloco um pouco em um copo de vidro.

Antes mesmo de que eu pudesse levar à boca, o meu pai começa com o discursinho dele.

"Escuta aqui, Angeline, você vai passar a vida toda fazendo de conta que eu não existo?"

"Sinceramente, papai, você deixou de existir pra mim quando inventou de trazer uma mulher pra dentro da nossa casa!", eu exclamo, começando a ficar nervosa.

"Você tem que entender que eu não posso passar o resto da minha vida sozinho só porque a sua mãe se foi. E sim, estou apaixonado pela Madison e acho bom você ir se acostumando com essa ideia, porque o filho dela também vem morar com a gente".

Não estou nem acreditando no que estou ouvindo.

"Ah, ótimo", eu digo, batendo palmas e dando uma risada irônica, mas cheia de ódio por dentro, "Além de trazer uma mulher para cá, o filhinho dela ainda vai vir de brinde? Que ótimo! Parabéns, papai. O senhor está de parabéns. Além de tirar a minha alegria de viver, também vai tirar a minha privacidade ao colocar um homem que eu nem conheço dentro da nossa própria casa. Estou completamente decepcionada com o senhor!".

"Você nunca busca entender o meu lado, Angeline. Eu já estou cansado de te servir, de fazer todas as suas vontades e não ter nem sequer o seu apoio no meu relacionamento".

"Papai, não faz nem um ano que a mamãe morreu e você vai colocar outra mulher dentro da nossa casa. Quer que eu fique feliz com isso? Não, melhor, quer que eu prepare uma festa de boas-vindas para o meu novo irmão? Não dá para acreditar, sério! Espera só a vovó e o vovô ficarem sabendo de tudo isso".

"Angeline, não se atreva!", ele diz, levantando-se alterado da mesa e limpando a boca com um guardanapo. "Me atrevo sim! E se ainda não contou para eles, eu vou ser a primeira pessoa a contar com o maior prazer. Vamos ver o que eles acham disso, né, papai? Vamos ver se eles acham isso a coisa mais normal do mundo assim como o senhor está achando. Chega até a ser patético!".

"Madison e o filho chegam hoje à noite. Esteja pronta às 20 horas, pois nós vamos jantar juntos, quer você queira ou não".

"Agora eu sou obrigada a jantar com vocês? Quero que os três vão à merda!", eu pego o copo de suco de laranja que está em cima da mesa e jogo no chão.

Saio da cozinha ouvindo os gritos do meu pai, mas ignoro e saio de casa. Destravo o meu carro e ligo o som assim que eu entro. Coloco a minha música preferida e abro o conversível, sentindo o vento gostoso no meu rosto enquanto dirijo pela estrada com os pensamentos a mil por hora.

Chego no colégio faltando 30 minutos para começar a aula e decido ligar para os meus avós. Vou para um lugar mais reservado do estacionamento e disco o número da vovó, pois sei que ela sempre está com o vovô.

"Vovó Florence?", pergunto, assim que a minha ligação é atendida.

"Oi, querida. Como você está? Eu e o seu avô estamos morrendo de saudade de você!", ela responde do outro lado da linha.

"Ai, vovó, também estou morrendo de saudade de vocês! Prometo dar uma passadinha em Atlanta para visitar os dois, mas ultimamente muita coisa tem tirado a minha paz".

"O que houve, Angel?", ela pergunta, com preocupação no seu tom de voz.

"A senhora acredita que o papai vai trazer a namorada dele e o enteado para morar na nossa casa?"

"O que?", o meu avô interroga.

"Como assim, minha menina? O James não comentou nada disso com a gente. Nem o seu avô está sabendo", ela diz, espantada com a notícia.

"Vovó, acalma o vovô John, por favor. Nós sabemos o quanto ele é nervoso e eu também fiquei perturbada quando o papai me falou isso ontem à noite".

"Pode ter certeza de que irei conversar com o John hoje mesmo, Angel", o vovô diz, "Onde será que ele está com a cabeça? Não é possível!".

"Bom, Angel, pelo pouco que eu conheço da Madison, ela me aparenta ser uma boa pessoa, mas eu entendo você não querer que eles morem aí", vovô fala.

"Por favor, vovó Florence, não me venha defender esta mulher. Já estou furiosa com esse assunto!".

"Perdão, querida, mas talvez você devesse dar uma chance para a mulher", ela continua.

"Independentemente de qualquer coisa, as nossas portas estão abertas para você caso queira passar um tempo aqui", meu avô diz.

"Obrigada, vovô John, mas eu não vou renunciar à minha casa por causa de dois desconhecidos. Eu e o papai iremos viver em pé de guerra até ele dar um jeito nessa situação ridícula que ele mesmo criou".

"Iremos conversar com ele, querida, mas não te prometemos nada. Sabe que pode contar conosco para o que precisar. Você será sempre a nossa Angel, a nossa netinha querida", meu avô diz.

"Amo vocês demais!".

"Nós também te amamos muito, meu amor", minha avó completa.

"Bom, estou indo para a aula agora. Nós nos falamos depois, ok?"

"Certo. Boa aula, Angel".

"Obrigada, vovó".

Eu desligo a ligação e bufo ao bloquear a tela do meu celular. Sei que por mais que os meus avós falem com o meu pai, ele não vai mudar de ideia. Parece que essa mulher o hipnotizou. Ele só enxerga ela e mais nada. E no final, eu que vou ter que aturar tudo isso acontecendo. Saio do meu carro, vou direto para a sala de aula e me sento ao lado da Ashley, a minha melhor e única amiga.

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