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Casada a Força

Casada a Força

Linda123

5.0
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248
Leituras
5
Capítulo

Quando se descobre o verdadeiro amor!

Capítulo 1 Capitulo 1 O inicio

Diz-me uma coisa - disse Hester. - Estás completamente segura de que te queres

casar?

Flora Graham estava distraída a pensar como dar a notícia de que não queria o seu

caprichoso e mal-educado sobrinho como menino das alianças, mas voltou com

rapidez à realidade do restaurante cheio e alegre para responder à sua melhor amiga e dama de honor, que a observava com preocupação.

- Claro que quero - fez uma careta. - Chris e eu fazemos um casal perfeito, tu já

sabes. Não podia ser mais feliz.

- Pois não pareces especialmente feliz - comentou Hester, enchendo as chávenas de

café.

Flora fez um gesto de desespero.

- Espera que chegue a tua vez e verás o que é sentires-te como num circo de três

pistas sem tempo para nada. A minha mãe devia estar surda quando lhe disse que

queria um casamento simples e tranquilo.

- Então, porque não o fazes assim? - perguntou Hester, olhando-a fixamente. -

Porque não pedes ao Chris que tire uma licença especial e dão uma escapadela a

algum lugar para casar? Ficarei contente de ir como testemunha, e quem sabe o

padrinho de Chris possa ser a outra.

Flora ficou a observá-la.

- Porque não podemos. Já nos comprometemos com todas estas despesas.

Decepcionaríamos muitas pessoas. É tarde demais.

-Querida, nunca é tarde demais - o tom de Hester era persuasivo. - E estou certa

de que a maioria das pessoas entenderia.

Flora abanou a cabeça.

- A minha mãe não. E a mãe do Chris também não. Mas não queres ser a minha dama

de honor? Pensava atirar o ramo para que o apanhasses tu.

-Depois de te observar na festa de noivado, penso que não me conviria - disse

Hester friamente. - Não estou preparada para uma crise nervosa. E falando de

compromissos, vejo que não usas a aliança. Será que o teu subconsciente está a

carregar-te com um peso?

-Não. Estragou-se uma das pedras e está a arranjar

-o tom de Flora ficou mais sério. - O que se passa, Hes? Começa a parecer-me que

não gostas do Chris.

-Isso não é verdade, mas ainda que me detestes para sempre, penso que poderias

encontrar alguém melhor.

Floraficou boquiaberta.

-Não falas a sério! Eu amo o Chris, caso não tenhas percebido.

Hester ficou em silêncio uns instantes.

- Flo, conhecemo-nos há muitos anos e já te vi com vários homens, mas nunca numa

relação séria. Claro que isso não é importante. Nunca te deitaste com nenhum e

admiro-te por te manteres fiel aos teus princípios. Sempre pensei que, quando

te apaixonasses, seria com uma paixão que moveria o céu e a Terra, com

fogos-de-artifício e tudo o mais. E não vejo nada disso entre ti e o Chris.

-Fico feliz por me dizeres isso - disse Flora com calma. - Soa-me mal.

-Deveria soar-te bem - continuou Hester. - O amor não é como um casaco quentinho

e velho que ainda se continua a usar porque evita que tenha que se procurar um

novo.

-Mas eu não me sinto assim - protestou Flora. Estou louca por ele.

-A sério? - disse Hester, implacável. - Se é assim, porque não estão a viver

juntos?

-O apartamento necessita de obras. Queremos que seja perfeito. E depois, vai ser

como o meu esconderijo. Os decoradores estão a demorar mais do que o

previsto...

-Isso não é desculpa suficiente para não estarem juntos. Suponho que os custos

das obras não vos permitem dar uma escapadela para um fim-de-semana romântico

no campo...

-Quando estivermos casados, todos os fins-de-semana serão românticos - replicou

Flora em tom de desafio.

-Responde-me com sinceridade - Hester aproximou-se dela. - Se o Chris chegasse

amanhã e te dissesse que queria deixar-te, seria o fim do mundo para ti?

-Sim, seria. Talvez o Chris e eu não sejamos um casal muito carinhoso, mas, quem

disse que é obrigatório andar com o coração nas mãos?

-Às vezes - disse Hester, - não se pode evitar provou o seu café e pegou na

conta. - De todas as formas, se é isso que sentes e tens a certeza daquilo que

queres, não tenho nada mais a dizer. Mas se tens alguma dúvida, eu estarei por

aqui para apanhar os

pedaços. Sal, a companheira com quem divido a casa, foi para Bruxelas por três meses, de

modo que tenho um quarto livre.

- És muito amável em oferecer-mo - disse Flora com doçura. - E não te odeio por

isso, ainda que não seja necessário. Eu pensava que quem tinha que ficar

nervosa era a noiva, não a dama de honor...

- Estaria mais contente se te visse nervosa - replicou Hester. - Ages como se

estivesses resignada ao teu destino, mas não é necessário. És linda e o mundo

está cheio de jovens atraentes, esperando uma ocasião - beijou Flora na face e

sussurrou-lhe enquanto se ia embora: - Se não acreditas em mim, deita um olhinho ao rapaz da mesa do canto. Esteve a observar-te durante todo o almoço.

Flora deveria ter-se ido embora também, mas serviu-se de outro café. Não sabia se

havia de lhe deitar açúcar para se animar. Segundo diziam, o açúcar era bom em

casos de estado de choque, e ela estava atordoada com os comentários de Hester.

Tinha sido apenas um almoço de raparigas para decidir a cor do vestido da sua amiga,

mas o resultado tinha sido incrível. Estava claro que era um assunto em que

Hester andava a pensar há algum tempo e, como só faltava um mês para o

casamento, tinha decidido esclarecê-lo.

"Oxalá não me tivesse dito nada", pensou Flora, mordendo o lábio. "Eu era perfeitamente feliz quando me sentei à mesa. Já tenho coisas suficientes em que pensar, não tenho necessidade de analisar os meus sentimentos por Chris e confrontá-los com emoções que nem sequer sabia que existem. Quero o Chris e

estou certa de que teremos um casamento

bom e duradouro. Isso é muito mais importante do que os fogos-de-artifício do sexo

de que a Hester me falou."

Parecia que a sua mente tentava evitar esse assunto, mas tranquilizou-se ao pensar que,

uma vez casados, tudo funcionaria e ambos se esqueceriam do primeiro fracasso.

Olhou para o relógio. Já era tarde e tinha que apanhar um táxi para chegar ao seu

compromisso seguinte.

Ao sair do restaurante, recordou o que Hester lhe tinha sussurrado ao ir-se embora

e olhou disfarçadamente para a mesa do canto. O seu olhar encontrou-se com o do

jovem que a olhava fixamente.

Atrapalhada, afastou o olhar, mas deu-lhe tempo para perceber que era muito moreno e tinha o

cabelo frisado e mais comprido do que o usual. Era do tipo mediterrânico, de pele escura, faces proeminentes, nariz fino, queixo firme com covinha e boca

sensual. Quando

chegou à rua, pensou, meio divertida e preocupada, que quase podia desenhá-lo de

memória. Lindo serviço lhe tinha arranjado Hes ao fazer com que olhasse para

ele!

Desceu o passeio à procura de um táxi, mas não aparecia nenhum e começou a caminhar.

Em seguida sentiu que lhe puxavam com força a alça da mala, perdeu o equilíbrio

e caiu ao chão. Começou a gritar pedindo ajuda enquanto protegia a cabeça com as mãos, com medo de que o assaltante lhe batesse. Então ouviu gritos, uma

travagem e os passos de alguém que corria.

Ficou imóvel. Ouviu que alguém lhe falava com uma voz grave e um leve sotaque.

- Está ferida, signorina? Quer que chame uma ambulância? Consegue falar?

- Talvez não possa falar, amigo, mas gritar penso que pode. Quase me rebenta os

tímpanos - disse uma voz mais grave. - Ande, ajudo-a a pôr-se de pé.

- Não é preciso - disse Flora, levantando a cabeça e olhando em seu redor. - Eu

consigo sozinha.

- Parece-me que não - disse a primeira voz. Penso que será melhor aceitar a nossa

ajuda, signorina.

Flora voltou-se para olhar para o homem que lhe falava e as suas piores suspeitas

confirmaram-se.

O homem do restaurante estava ajoelhado ao seu lado. Visto de perto, os seus

traços atraentes eram ainda mais devastadores. A sua boca estava tensa, mas

poderia suavizar-se. Tinha os olhos verdes, com reflexos cor de ouro. Cheirava

a água-de-colónia cara e, para escapar aos seus impulsos, Flora colocou-se

rapidamente de joelhos.

- Ai! - exclamou. Ao cair tinha magoado os joelhos e as pernas, e também lhe

doíam os cotovelos e as palmas das mãos.

- Venha, valente! - Era a voz número dois. Um braço forte rodeou-a, ajudando-a a

pôr-se de pé. Quer que a ajude a entrar no táxi e a leve à clínica mais

próxima?

- Táxi? - repetiu Flora. - Eu estava à procura de um táxi?

- Sim, eu vi-a e ia parar quando o maldito a assaltou. Então, este outro cavalheiro

apareceu a voar e o ladrão começou a correr.

- Oh! - Flora olhou para o outro "cavalheiro", que acabava de se pôr de

pé e, sorrindo levemente,

observava-a com os seus fascinantes olhos verdes. Muitíssimo obrigada! Ele inclinou a

cabeça.

- Tem aqui a sua mala. Não levou mais nada?

- Não deu tempo - dirigiu-lhe um breve sorriso de cortesia e voltou-se para o

taxista. - Preciso de ir para Belvedere Row. Tenho que encontrar-me com uma

pessoa e já vou chegar tarde.

- Não acredito que possa ir para um encontro assim - interveio o seu salvador. -

Precisa pelo menos de escovar a roupa e curar as feridas.

Antes

de poder reclamar, Flora encontrou-se dentro do táxi com o estranho sentado ao

seu lado.

- Para o Hotel Mayfair Tower, por favor - disse ele ao condutor.

- Não posso ir! - exclamou Flora. - O meu encontro é na direcção contrária.

- Quando estiver limpa e depois de tratar as feridas, apanha outro táxi - podia

detectar-se um tom de ordem na sua voz. - É um encontro de trabalho? Então é

muito simples. Telefone pelo telemóvel e explique a razão do seu atraso.

- Então, o que vai decidir, querida? - perguntou o taxista. - Para o Mayfair

Tower?

Flora hesitou.

- Suponho que sim.

- Uma decisão sábia - comentou o seu acompanhante. Ela olhou-o com frieza.

- Diverte-se a organizar a vida dos outros? Ele sorriu com ar divertido.

- Só a das pessoas que salvei.

- Não exagera um pouco?

Ele encolheu os ombros poderosos que o fato cinzento acentuava.

Trazia desabotoado o botão superior da camisa de seda cinzenta-clara e afrouxou

o nó da gravata. Media por volta de um metro e oitenta e era esbelto e

musculoso, com umas pernas compridíssimas.

Não só era atraente, mas também muito elegante.

- Então, digamos que lhe evitei o incómodo de perder os seus cartões de crédito e

o seu dinheiro. Para muita gente, isso é uma questão de vida ou morte.

Ela esboçou um sorriso forçado.

- E o meu anel de noivado está na joalharia, de modo que não fico mal vista -

apercebeu-se de que tinha dito uma tolice e apressou-se a mudar de assunto. -

Por que vamos para o Mayfair Tower?

- Por acaso, estou lá hospedado.

-

Então deixo-o lá e depois o táxi leva-me ao meu apartamento para me limpar e

mudar de roupa.

- Receia por acaso que eu me insinue ou algo parecido? - indagou ele, arqueando

as sobrancelhas. Permita-me que a tranquilize. Eu nunca seduzo donzelas em

apuros a menos, claro, que elas também o queiram.

- Parece-me que esta situação o diverte muito...

- Pelo contrário, signorina, levo-a muito a sério. Você está a tentar minimizar a

situação que se passou, mas teve um grande choque e vai ter uma reacção. Não

penso que deva estar sozinha.

- É muito amável - disse Flora, muito tensa. Mas não posso ir consigo. Tem que

entender.

- Devo estar muito lento esta tarde - tirou um cartão da carteira e entregou-lho.

- Quem sabe uma apresentação formal possa convencê-la da minha

respeitabilidade.

Flora

aceitou o cartão e leu-o com curiosidade.

-Marco Valante - leu. E por baixo: Altimazza, Inc. - Olhou-o. - A empresa farmacêutica?

-Conhece?

-Claro - engoliu em seco. - Tem um êxito assombroso. Sempre que as suas acções

estão à venda, o meu noivo recomenda-as aos seus clientes.

-É agente da bolsa? - perguntou ele.

-É assessor financeiro independente. -Ah... e você trabalha no mesmo ramo?

-Oh, não - apressou-se a dizer Flora. - Eu sou assessora de vendas imobiliárias.

Elearqueou as sobrancelhas.

-Vende casas?

-Não directamente. As agências contratam-me para que lhes dê assessoria no que

se refere a como evidenciar as vantagens das suas propriedades aos olhos dos

possíveis compradores. Eu explico-lhes como devem redecorá-las para serem mais

fáceis de vender.

-Suponho que nem sempre será fácil.

-Não é. No grémio costumamos dizer que a casa de um inglês é o seu castelo e que

os vendedores, às vezes, têm que retirar a ponte levadiça. Eu tenho que

convencer os proprietários de que a sua casa já não é o seu querido lar, mas

sim uma mercadoria que querem vender com lucros. Às vezes, é difícil

persuadi-los.

-Acredito - disse ele com suavidade, - que você podia persuadir um monge a

deixar o hábito, minha querida, lá isso podia.

Flora

ficou tensa.

-Por favor, não diga essas coisas.

-Como está a ponto de se casar, já não pode receber elogios de outros homens?

Que discreta!

-Não era isso que queria dizer. Ele fez uma careta divertida.

-E também não podem brincar consigo? Entendo. De agora em diante,

comportar-me-ei como um santo.

Flora pensou que não tinha aspecto de santo, mas de anjo rebelde. Voltou a olhar para

o cartão que lhe tinha dado.

-Você não tem aspecto de ser químico - disse.

-Não sou - disse ele, fazendo uma careta. - Trabalho na secção de contabilidade

à procura de fundos para os nossos projectos de investigação.

-Oh... Isso explica tudo.

Narealidade, não explicava nada, porque também não tinha o aspecto que ela

imaginava ser o de um contabilista.

-Tudo tem que se compreender com facilidade? perguntou ele com doçura. - Nunca

sentiu desejo de abraçar uma lenta e longa viagem de descobrimento?

Flora tinha a sensação de que ele estava a gozar com ela outra vez, mas negou-se a

reagir.

- Estou mais acostumada às primeiras impressões, à reacção imediata. É parte do

meu trabalho.

-E agora que já sabe quem eu sou, considera-me da mesma maneira?

-Oh...Sim, claro...

Flora procurou dentro da sua mala e tirou um dos seus cartões-de-visita. Ele leu-o e

olhou-a com os seus assombrosos olhos, que brilhavam debaixo das pestanas

espessas.

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