Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
O som suave e envolvente da música ecoava pelo luxuoso salão do Hotel Imperial. O ambiente estava repleto de convidados com máscaras elegantes, vestidos e ternos caros, jóias brilhantes e sorrisos calculados. O baile de máscaras Imperial, era um dos eventos anuais mais esperados por quem desejava fazer parte da elite, e Park Soo Ji, uma jovem ambiciosa, tinha um plano perfeito para sua noite de estreia na sociedade dos ricos. É claro, que contava com a ajuda de sua melhor amiga, que após certa insistência e algumas promessas, Sophia aceitou.
— Vamos fazer um brinde ao nosso primeiro baile. – Soo Ji entregou uma taça para Sophia.
— Soo Ji, me sinto um peixe fora d’água aqui. – comentou a jovem desconfortável.
— Deixa disso, você está maravilhosa. – Soo Ji encostou sua taça na dela — Um brinde a nós.
Sophia deu um primeiro gole no champanhe sob o olhar da amiga. O sentimento de desconforto permanecia evidente em suas mãos frias e suadas, e de certa forma ela queria ser grata a Soo Ji por trazê-la ao que seria seu primeiro e último evento exclusivo na vida, mas aquele lugar só a lembrava que não foi feita para estar ali; ninguém a destratou; a mediu dos pés a cabeça; basicamente sua presença não fazia diferença. Sophia sempre preferiu a simplicidade das coisas, enquanto Soo Ji queria riqueza e status, e embora fossem tão diferentes uma da outra conseguiram desenvolver uma boa amizade.
— Soo Ji, não estou me sentindo bem. – um calor descomunal atingiu o corpo da jovem a deixando tonta.
— Oh, meu Deus. Venha, tinha reservado um quarto pra gente caso bebêssemos demais. – Soo Ji passou a mão na cintura da amiga a guiando em direção a saída — Não imaginei que você fosse tão fraca pra álcool.
Ouvindo a baixa risada humorada, Sophia tentava focar apenas em seus pés, em cada passo que dava, não poderia cair no chão, isso seria extremamente vergonhoso. O momento não poderia ser pior, o vestido parecia sufocá-la enquanto alfinetava a pele, e a sensação de que poderia morrer continuava crescendo por dentro, poderia ser sua pressão que subiu ou estava de fato prestes a morrer.
— Preciso ir pro hospital. – pediu sentindo o coração acelerado.
— Não é pra tanto Sophie, nada que deitar um pouco não resolva. – disse Soo Ji fazendo pouco caso da situação — Veja, já estamos perto do elevador.
Sophia, ainda um pouco confusa e tonta, agradeceu a amiga e entrou no elevador. Os minutos ali dentro pareciam os últimos da sua vida, e o mal estar continuava tornando-se pior a cada segundo.
E ao chegar ao andar indicado, ela caminhou lentamente pelo corredor, tentando lembrar o número do quarto que Soo Ji havia mencionado e algo sobre a porta está destrancada. No entanto, sua cabeça rodava e tudo parecia um pouco turvo.
Ela se apoiou na parede, fechou os olhos por um momento e desejou com todas as forças que aquela sensação de morte desaparecesse de uma vez; percebeu que o quarto à frente poderia ser o que Soo Ji reservou.
— 408 era esse número. – a menina atravessou o corredor com dificuldade.
Ao tocar na maçaneta percebeu que a porta estava apenas encostada.
"Com certeza é esse."
Em outras circunstâncias, Sophia analisaria melhor a situação e nunca entraria naquele quarto, para começo de conversa, quando ouvisse de sua amiga que havia um quarto de porta destrancada esperando por ela, com certeza Sophia iria para casa sem pensar duas vezes. Mas sobre o efeito do álcool e o mal estar desconhecido, ela não conseguia raciocinar direito.
Ao abrir a porta, Sophia encontrou um ambiente escuro, iluminado apenas pela luz suave da cidade que entrava pela janela. Sem prestar muita atenção aos detalhes, Sophia se aproximou da cama e deitou; pensando que logo se libertaria daquele estranho mal estar pavoroso.
No entanto, ela não estava sozinha. Do outro lado do quarto, havia um homem sentado numa poltrona, olhando pela janela com um copo de uísque na mão. Era Kim Jae Hyun, mais conhecido por sua frieza e seriedade. Ele era uma figura temida e respeitada no mundo dos negócios. Nunca se casou e não tinha intenções de formar uma família, preferindo se concentrar inteiramente em seu império empresarial.
Jae Hyun estava ligeiramente bêbado naquela noite, algo raro para ele. Ao ouvir o som da porta, ele se virou, seus olhos semicerrados focando na figura feminina mascarada que havia entrado no quarto.
Ao perceber Sophia deitada em sua cama, ele franziu o cenho.
— Quem é você? — perguntou ele, deixando sua voz grave e autoritária ecoando pelo quarto.
Sophia abriu os olhos lentamente, ainda atordoada, ao ver o homem à sua frente, ela se assustou, mas antes que pudesse responder, uma onda de vertigem a atingiu novamente. Era possível que tivesse entrado no quarto errado?
Nervosa e tomada pela sensação crescente de calor sobre o corpo, a jovem abriu a boca pronta para ameaçar até a quinta geração dele caso cogitasse atacá-la.
— Me desculpe, não foi minha intenção. – pediu ela imediatamente — Eu não estou me sentindo bem, mas isso não significa que você pode se aproveitar de mim.
Indignado com o que ouviu, Jae Hyun a fitou franzindo as sobrancelhas. Uma mulher bêbada invadiu seu quarto, deitou na cama por livre e espontânea vontade e ainda ousou ameaçá-lo, sendo que ele se sentia ameaçado por sua falta de modos.
— Poderia sair por onde entrou? – pediu ele com certa rispidez na voz.
Sophia respirou fundo lutando contra si mesma, a sensação de morte havia diminuído, porém o calor devastador a fez pensar e querer coisas totalmente fora do comum. Entre elas, tirar a roupa do homem parado à frente, chegando a ignorar a expressão de interrogação no rosto dele.
— Me ajude, por favor. – pediu Sophia com sinceridade ao sentar na cama — Tem alguma coisa errada comigo, eu não estou bêbada. Minha amiga disse que tem um quarto nesse andar para mim, devo ter entrado no seu, não foi de propósito.
— Apenas saia e vá para o seu. – Jae Hyun levou a mão ao bolso a fitando com curiosidade, percebendo a pele dela vermelha e a dificuldade em manter a respiração equilibrada.
— Tem algo de errado, me ajude. Eu não sei o que faço. – Sophia passou a mão no pescoço arranhando a pele — Acho que colocaram alguma coisa na minha bebida. Chame uma ambulância pra mim, por favor.
Ouvindo a voz chorosa da desconhecida, Jae Hyun passou a mão no rosto frustrado consigo mesmo e se aproximou percebendo que ela realmente não estava bem e tão pouco fingindo.
— Venha comigo, sei do que precisa. — disse ele e sua voz já não tinha o mesmo tom rígido.
Sophia assentiu, levando-se com a ajuda dele, porém o calor das mãos masculinas sobre seu corpo tornava cada passo quase impossível. E a vontade incessante de beijá-lo crescia a cada segundo dentro dela.
— Vou encher a banheira para você. – avisou ele cuidadoso ao guiá-la no banheiro. — Um banho frio e alguns copos de água irão te deixar bem novamente.
A jovem assentiu chorosa, deixando que o estranho aparentemente gentil a ajudasse. Embora o misto de emoções a lembrasse uma vez ou outra do perigo que corria ao confiar em um homem com o dobro do seu tamanho e provavelmente força, ela se sentia encurralada por não saber o que fazer quando seu próprio corpo parecia sem controle. Infelizmente, enquanto não se recuperasse daquelas horrendas sensações não seria capaz de pensar ou agir com racionalidade.
— Você vai se sentir melhor em breve. – avisou Jae Hyun com paciência — Vou pedir roupas novas para você.
Sophia respirou aliviada quando o viu sair do banheiro e fechar a porta; com a água cobrindo seu corpo, a ardência sob sua pela diminuía e as sensações ruins prometiam desaparecer muito em breve, assim ela acreditava. Ela fechou os olhos e ficou ali por longos minutos, nem mesmo os dedos enrugados a fizeram querer sair, o medo de voltar tudo mais uma vez a deixa em pânico por dentro.
Batidas na porta, e Jae Hyun entrou com algumas peças de roupas.
— Vou deixar aqui para você. – informou ao depositá-las sobre a bancada da pia — Como se sente?
— Melhor. – Sophia baixou a cabeça envergonhada — Me desculpe por te causar problemas.
— Não precisa. A culpa não foi sua. – ele permaneceu de costas para a jovem na banheira — A propósito, há quanto tempo está aqui?