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Estava deitada em meu catre, observando a moeda subir e descer em minha mão.
Subir e descer.
Subir e descer.
Subir e descer.
Assim passavam-se meus dias já havia dois anos, desde que fui pega em uma missão, e pensar que essa missão era para salvar a vida do rei. O cara agora está vivo, enchendo a barriga de cerveja e carne mal passada enquanto eu estou aqui nesse muquifo e ainda faltam 5 anos para que eu seja livre.
Pelo menos estou em uma cela particular, não que seja grande coisa, mas é melhor que estar presa junto de um monte de homens imundos e desesperados por uma mulher. Não ache que estou aqui por gentileza, porque não foi.
Fui jogada na cela junto com esses homens imundos que falei, mas na primeira noite nocauteei um e chutei as bolas do outro até virarem omelete. Na segunda noite quase matei outro enforcado com o que deveria ser um lençol, e na terceira furei os olhos do outro que tentou ser mais esperto e me agarrar enquanto eu dormia.
Diante disto os carcereiros se viram na obrigação de me separar dos homens, não pelo meu bem estar, mas pela vida deles.
Continuo jogando e pegando a moeda, a última lembrança da minha vida lá fora, a moeda que me trouxe até aqui. “Salve a vida do rei” Disse o contratante, e me senti honrada em servir a realeza, fui uma tola eu sei, por isso estou aqui. A única a estar aqui. Porque eu não estava sozinha, não, tinham mais 3 rapazes e uma mulher comigo, mas alguém tinha que ser presa para o resto do bando escapar.
Até pensei que eles teriam a dignidade de virem me resgatar, mas não, não veio ninguém. Não precisa me lembrar, eu fui uma imbecil, é claro que ninguém voltaria. Teria que cumprir meus sete anos de prisão, sairia daqui com 25 anos de idade. Respirei fundo, pois não tinha alternativa se não esperar os próximos 5 anos passarem.
***
“Sentia a barriga roncar pela milionésima vez. A fome já tinha ido e vindo várias vezes, tantas que nem sei contar. Quando se é uma adolescente raquítica, uma fugitiva do orfanato do reino, sem dinheiro, roupas decentes, comida ou alguém para lhe proteger e lhe dar o que comer, deve-se arranjar um jeito de sobreviver. Por isso eu estava escondida embaixo de uma carroça de feno, observando e estudando o movimento da rua.
Pessoas iam e vinham, sacolas de pães cheirosos passavam bem na frente do meu nariz e me lembravam que eu tinha um estômago para alimentar. Mas o meu alvo era a janela da padaria, eu sabia que a mulher idosa colocaria em breve uma cesta cheia pães e bolos, ela sempre fazia isso, era uma encomenda que todos os dias uma criada vinha buscar. Já observava há 3 dias, e todos esses dias no mesmo horário, ela colocava a cesta na janela e poucos minutos depois a criada aparecia para buscar. Eu teria que ser rápida.
O relógio da torre badalou, seis horas da manhã, anunciava para toda a aldeia que a jornada de trabalho começava. Me preparei, observando, atenta. A janela se abriu, senti até uma emoção, um frio na barriga, uma antecipação de que hoje não teria fome. A cesta foi colocada na janela, e como sempre, a idosa virou as costas. Na esquina a criada já se aproximava. Corri.
Saí debaixo da carroça e me lancei sobre a janela, agarrei a cesta como se fosse a minha vida, e de certa forma era, e corri como nunca imaginei que conseguiria, ainda mais tão faminta como estava.
— Ladra! Peguem a ladra!
Pessoas gritavam atrás de mim, mas eu já estava longe, fora do alcance de todos eles. Todos pesados demais para acompanhar uma menina franzina de onze anos. Me joguei sob as tábuas de uma antiga casa, em cima de mim as pessoas viviam alheias de que havia uma adolescente vivendo sob seus pés. Foi uma benção encontrar essa fenda entre o piso de madeira e o chão de terra. Aqui eu me escondia, ninguém me encontraria nesse buraco.
Olhei para a cesta repleta de pães e bolos, os cheirei antes de dar uma mordida e eu tive que me estender no chão, olhos fechados e braços abertos, saboreando essa delícia. Meu primeiro roubo!
A sacerdotisa do orfanato nos ensinava as ordens dos deuses:
1- Não matar
2- Não roubar
3- Não mentir
4- Rezar todas as manhãs ao nascer do sol
5- Amar todas as criaturas sob o manto sagrado celeste, o céu.