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Case 1º
Nova Iorque. - 10 de Dezembro de 2002. - Casa Bennet.
A assistente social agradeceu pelo tempo ensolarado da tarde, lembrando-se como o pequeno anjo ao seu lado não gosta de chuva ou de nada muito barulhento, deixá-la agitada não é uma boa opção, ela melhor do que ninguém sabe, que a menina apesar de ter apenas quatro anos de idade, merece um descanso depois de tudo que já sofreu na vida. A pequena Van parou em frente a bela casa dos Bennet, não são ricos ou coisa parecida, mas possuem uma boa renda familiar e sustentabilidade que a jovem precisa, não possuindo dúvidas de que essa família lhe dará o que precisa para reconstruir sua vida e superar seus traumas.
A mulher virou o rosto na direção da menina loira com cabelos amarrados em chiquinha, segurando fortemente um pequeno urso sujo que a mesma nunca deixa de lado, em seu rosto ainda há hematomas visíveis no qual nem sequer parecem afetar a criança de alguma maneira, sempre que olha para a criança, seu coração se aperta. Mas hoje é um dia feliz e de superação, onde a pequena, até então, Lawliet Daemon, se tornará oficialmente, Lawliet Bennet, a assistente não poderia estar mais animada para apresentar a jovem a sua mais nova e bela família que a espera de braços abertos. " Chegamos. " A mulher sussurrou de forma calma, o que fez a menina virar a cabeça rapidamente na direção dela, seus olhos azuis escuros demonstram certo receio, algo comum que em breve passaria, assim ela espera." Lá vai ter comida? " A menina perguntou de forma inocente, fazendo a assistente sorrir de forma triste ao ligar a pergunta com o que a menina vinha passando com os pais. " Aposto que tem um delicioso bolo te esperando. " Ela respondeu para a menina, podendo ver seus olhos brilharem com a ideia de poder sentar e degustar de um delicioso bolo caseiro recém saído do forno.
- Eu...quero bolo. - A menina afirmou ao morder levemente sua bochecha em forma de nervosismo, parecendo receosa ao revelar algo completamente comum para uma criança de quatro anos. " Então vamos comer. " A mulher afirmou acariciando de forma suave o rosto machucado da menina antes de abrir a porta da Van e se retirar da mesma, se deparando com uma vizinhança calma e muito bem conhecida por ser pacífica e não muito barulhenta, algo que agradará bastante a menina. A mão da jovem se juntou com a da assistente no momento em que seus pequenos pés vestidos com um sapato branco, pisaram no chão, a mesma não gostava do fato de ter tido que vestir um vestido para conhecer os tão falados Bennet’s, mas para a menina, o bolo valia a pena qualquer sacrifício. As duas caminharam calmamente até a porta da casa, deixando a menina ainda mais nervosa para conhecer sua nova família. A mulher educadamente tocou a campainha, sabendo que a Senhora Bennet já as aguarda a algum tempo, por isso não demorou para uma mulher loira de aproximadamente 40 anos abrir a porta com um sorriso animadamente gentil em seu rosto ao se deparar com a presença delas.
- Bem vindas. - A mulher desejou se dirigindo primeiramente a assistente social, mas logo tratou de levar seus olhos azuis repletos de alegria para a pequena menina que se escondeu entre as pernas da mulher ao seu lado. - Você é muito fofa Lawliet, é um prazer conhecê-la, sabia? - Betty Bennet comentou, tentando fazer a menina se sentir pelo menos mais à vontade com sua presença, tendo em mente que o primeiro contato sempre é o mais difícil, no entanto, se surpreendeu ao ouvir a voz inocente em seguida. " Você fez bolo? " A menina perguntou de forma curiosa, cerrando os olhos para a mulher de forma acusativa. - Oh, Bolo? Eu sou uma boleira de mão cheia! - Betty comentou, sentindo seu coração acelerar com o pequeno diálogo criado que está sendo analisado pela assistente que sorri com tudo. - Então venham. - Betty convidou, permitindo que as duas entrassem antes de fechar a porta.
- A casa dos Bennet é muito bonita, não acha Lawliet? - A assistente perguntou na intenção de fazer a menina se enturmar um pouco mais, o que fez a menina apenas acenar positivamente com a cabeça, olhando ao seu redor de forma curiosa. " Alicent, filha, traga o bolo por favor. " Betty falou um pouco mais alto na intenção de pedir um favor a sua única filha, mas isso fez a pequena Lawliet tapar os ouvidos e se esconder atrás da assistente novamente. - Como informei antes, Lawliet não gosta de sons altos, principalmente gritos. - A assistente comentou ao perceber a feição preocupada de Betty. " Me perdoe anjinho, não farei novamente, tudo bem? " Betty prometeu com um tom calmo, chamando a atenção da menina que apenas a encarou em silêncio. " Eu não sou empregada. " Outra menina surgiu na sala, segurando um bolo coberto por chocolate, o colocando na mesa central da sala antes de se sentar.
- Todos somos escravos de algo. - A voz de Lawliet sai curta e fria, o que causou certo espanto em todas no cômodo, Alicent encarou Lawliet com certa surpresa, e a menina encarou a ruiva de forma desconfiada. " Um pedaço de bolo Lawliet? " Betty perguntou, tentando quebrar o clima que foi formado, e a menina rapidamente se alegrou, observando enquanto Betty cortava um gordo pedaço de bolo e a entregou com prazer. " É disso que eu to falando. " Lawliet falou se acabando no bolo, o que fez Alicent encarar a mais jovem com certo desgosto. " Bom, como você já sabe de tudo, eu só preciso informar que virei visitar Lawliet a cada dois dias por conta de seu histórico mais delicado, a experiência dirá se ela está pronta para morar com vocês, ou não. " A assistente começou a dizer de forma calma, enquanto Betty apenas a escutou com atenção, mal podia acreditar que finalmente teria a chance de passar um tempo com a menina.
- Tudo bem por você, Lawliet? - Betty perguntou de forma educada, querendo saber a resposta da menina antes de tudo. Lawliet ergueu a cabeça em direção a Betty, com a boca e vestido completamente sujos de chocolate, fazendo Alicent soltar uma risada enquanto come seu próprio bolo. " Eu fico pelo bolo. " Lawliet respondeu com a boca cheia, e isso fez Betty soltar uma leve risada, sendo acompanhada pela assistente social. " Então é melhor Betty se tornar dona de uma fábrica de bolos assim. " A assistente social falou em forma de piada, ambas as adultas riram, menos as meninas que se encararam por um breve instante antes de voltarem a focar sua atenção no bolo em sua frente.
Todos temos traumas, medo, ou alguma ferida emocional, mas o que realmente nos diferencia nesta questão? Simples, a forma como lidamos com isso. Transformar tais coisas em algo benéfico é difícil e raro de se acontecer em algumas ocasiões, em algumas deles, algo benéfico para algumas pessoas, pode ser maléfico para outras.