Bodas de porcelana
horas
ima ronda, quero me certificar de que nada falte e que tudo esteja em seu devido lugar. Poucas vezes precisei correr tanto para servir um jantar, não é comum recebermos pessoas que não sejam os nossos familiares, mas não sei por qual razão Jonas abriu essa exceção. Essas pessoas, com certeza, são muito importantes para ele. Verifico a mesa de jantar já posta com a louça de porcelana italiana que ganhei de presente de casamento da dona Hilda, mãe de Jonas, que sempre nos dá lindos presentes. As taças de água e vinho de cristal e os talheres de prata que compramos em nossa segunda viagem de lua de mel para Paris estão em seus devidos lugares. Os guardanapos com rosas vermelhas que são bordados a mão, um lindo trabalho feito pelas talentosas mãos de mulheres rendeiras de uma pequena comunidade no interior da cidade de Natal adquiridos em uma de nossas viagens pelo Brasil estão no centro dos pratos. Uma união onde o relacionamento é baseado no amor, confiança e companheirismo, assim como o nosso casamento. Contente com o trabalho que
o tempo Sinto falta de você Anjo
onto as horas pra te ver Eu não consigo te esquec
lguns fios grisalhos e lindamente vestido em seu elegante terno escuro. - Você quer me matar de susto? - Essa não era a minha intenção, mas a sua beleza me distraiu. - Ele dá um sorrisinho
ve os seus braços fortes e definidos pelos exercícios que pratica semanalmente em volta da minha cintura. Ele coloca o rosto entre os meus cabelos, inalando o meu perfume e colando a minha bunda em seu membro levemente ereto. Engulo em seco, sentindo o arrepio de exc
pertar do meu devaneio. - Diga logo, Jonas. Estou curiosa - peço, ansiosa, mas ele parece relutante. - Se acalme. Eu vou tomar banho e me arrumar, enquanto você me espera na sala, então irei explicar tudo a você. Assinto com a cabeça, não vejo outra alternativa a não ser esperar. Eu termino de me arrumar e Jonas vai para o banho. Capítulo Quatro Eu chego à sala e tudo está da maneira em que eu havia deixado. Vou até a cozinha, acendo o forno para aquecer o nosso jantar, retiro as massas da geladeira e as deixo em cima da bancada de granito. Volto à sala de jantar e dou uma última olhada, fazendo tudo em modo automático. Não consigo parar de pensar no que Jonas me disse minutos atrás. Por fim, eu me sento no sofá para aguardá-lo como ele havia pedido. Não que ele me obrigue a alguma coisa, mas eu gosto de fazer o que me pede, fico feliz em agradá-lo. Cruzo a perna para um lado e depois cruzo para o outro, inquieta. Eu bufo, exasperada. Não sei por quanto tempo fico ali, dividida entre os meus pensamentos e o jantar que aquece no forno. O silêncio então é quebrado por seus passos firmes na escada. Eu olho na direção de onde vem o som e não demora para que a ima
tá cansado da nossa forma de fazer amor? - Não. Tire isso da sua cabeça. - Ele deposita o copo sobre a mesa de centro e se senta na ponta do sofá, pegando uma das minhas mãos. - Eu nunca irei amar mulher alguma como eu te amo. Você é o anjo que entrou em minha vida e nad
tre nós. Compartilharmos os nossos desejos. - Alguém me tocando que não seja você. Eu não sei - digo, pensativa. - Tudo bem. Vamos fazer assim. Relaxe e esqueça que será um ménage, só aproveite a noite. Faça um sinal com um breve aceno de cabeça caso não queira, então seguiremos o jantar tranquilamente e não falaremos sobre isso. Está bem? Assinto com a cabeça mesmo estando indecisa. - Está bem. Ele aproxima os seus lábios dos meus e deposita um selinho estalado. - Não precisa ter medo, eu só quero que você confie em mim, meu amor. Saiba que não importa o que aconteça essa noite, você terá o melhor de mim. Não só hoje, mas pelo resto da nossa vida. Eu quero que tudo aconteça no seu tempo, não vamos apressar as coisas. Só espero que você aproveite cada minuto, meu bem. - Ele acaricia o meu rosto com o dorso da mão. - O meu único propósito aqui é te dar prazer. Capítulo Cinco - Boa noite, Teodoro - o homem cumprimenta Jonas usando um dos seus sobrenomes ao nos ver parados diante da porta aberta da nossa sala. Engulo em seco, estou nervosa e minhas mãos transpiram. Jonas, ao notar o meu desconforto, aproxima mais os nossos corpos e segura a minha mão, entrelaçando os nossos dedos e acariciando carinhosamente a palma da minha mão com seu polegar. Ele sabe me tranquilizar como ninguém. Jonas estende a outra mão em um cumprimento gentil na direção do homem alto, forte e charmoso
- Olho para Jonas, que me encara com adoração. - Você é mesmo um homem de sorte, Jonas - diz o outro homem que aparenta ter a mesma idade de Jonas. Ele é um homem bonito e simpático com os cabelos grisalhos, olhos castanho-escuros e está vestido com um terno escuro risca de giz, camisa e gravata preta. Assim como o outro homem, os seus sapatos estão impecavelmente engraxados. - Você tem razão, Ramires, sou um homem de sorte - Jonas diz, todo cheio de si. - Boa noite e obrigada, senhor. - Apenas Ramires, Sônia, apenas Ramires. -
armos no ambiente arejado, eu me sento ao lado do meu amado esposo, e nem precisava estar tão perto dele para sentir o quanto o seu corpo ferve. Jonas tenta não demonstrar, mas está tão ansioso ou mais que eu para descobrir o que pode acontecer nos próximos minutos. Amanda e
r visivelmente excitado com o olhar voltado para mim. Ao perceber que o seu convidado não se refere apenas ao licor, Jonas se apressa em dizer: - Tudo tem a sua hora, Ramires - ele dá um sorriso divertido ao ver o desejo do homem por sua mulher estampado em seu
ntir o meu rosto aquecer, envergonhada. Ele aproxima os seus lábios do meu em um selinho estalado. - Agradecer é essencial, meu bem. Mesmo que eu ache que isso não é - Eu gostaria de fazer um brinde - ele diz, voltando a sua atenção para mim. - Hoje, Sônia e eu estamos completando vinte anos de amor, companheirismo, cumplicidade e parceria. - Ele estende a mão em minha direção, eu a aceito e me levanto, ficando ao seu lado. - Eu quero agradecer a esta mulher por me suportar durante todos esses anos, por estar ao meu lado em todos os momentos, por cuidar de mim, da nossa casa, por me apoiar em cada decisão que eu tenho que tomar. Ela é a pessoa m