Um amor que me dilacera
ER M
acompanhando o ritmo do tique-teque incessante d
sta, nuvens negras começaram a se formar n
o do papel. - A voz cautelosa de Smith t
a tinta escura que agora manchav
i abandonada entre meus dedos, enquanto recostava a cadeira
e maneira tão inesperada, que até m
via se erguido de forma audaciosa. Uma pecul
a distância considerável da minha, e a perspectiva del
de meus lábios quase que automaticamente, como se fossem um reflexo
o custo, independentemente do
atisfatória através do nosso casamento. Afinal, Clara era movida por sua natureza sent
A WA
arriga, como se cada passo que eu da
jo caminho era delineado por pe
gotas pesadas, acrescentando um ar g
ase mecânico para continuar em movimento, enquanto a
m padrão efêmero sobre o tecido do meu
a o cinza do cenário des
ela sensação de calor abrasador em minhas boch
começou a oscilar. Parecia que o mundo girava e
coou no ar: o rugido de rodas e
çou um brilho intenso que me forçou a
o desequilíbrio conspirou contra mim
u ao ser aberta, e uma f
r detalhes, mas pude sentir mãos firmes e
ção de ser elevada do chão começou a
carregavam, flutuava em um limiar entre consciência e inconsciência. Era como se, naquele momento, eu estivesse sus
soa desconhecida, e imediatamente fui envolvida por
dele, reviraram minhas emoções, trazendo à t
carro, ambos ensopados pela
tindo a firmeza de suas costas sob minhas mãos t
maginar que aquele calor humano era o de Oliver,
parecia quase celestial. Apertei as costas dele com int
consegui articular com dificulda
us olhos, cujas sombras dançavam m
s da silhueta lembravam vagamente os de O
os lábios macios daquela pessoa, sentindo
quase irresistível. A confusão interna era palpável, um
direção dele, pude sentir sua leve hesi
era avassaladora. Nossos lábios finalmente se encontraram, e por
e dentro de mim. Era como se todas as minhas angústias, anseios e medos
der na fantasia de que aqueles lábios eram os de Ol