O Enigma da Casa Abandonada
s de poeira, pareciam olhos que já não viam. Diziam que aquela casa guardava segredos sombrios, mas poucos se aventuravam a descobrir a verdade.Clara era diferente. Desde crianç
há nada aqui", respondeu Clara, tentando esconder o nervosismo.Seguiram para a próxima porta. Esta estava trancada. Clara tentou forçar, mas não cedeu. Continuaram pelo corredor até chegar ao final, onde uma escada levava ao andar superior. Subiram com cuidado, a lanterna revelando cada degrau. O segundo andar parecia mais sombrio, se é que isso era possível. Havia uma porta dupla no final do corredor. Clara sentia que algo importante estava ali."Pronto para ver o que há lá dentro?", perguntou Clara, a voz tremendo um pouco."Estou com você", respondeu Lucas, apertando seu ombro.Empurraram as portas e entraram em um salão amplo, iluminado por uma claraboia suja. No centro, uma mesa de madeira, coberta de papéis amarelados pelo tempo. Clara aproximou-se e começou a examinar os documentos. Eram anotações, diários e recortes de jornais antigos. Uma manchete chamou sua atenção: "Família desaparece misteriosamente; única filha encontrada em estado de choque"."Lucas, olha isso", disse Clara, mostrando o recorte para ele."O que será que aconteceu aqui?", perguntou ele, intrigado.O diário de capa preta, ao lado dos recortes, parecia chamar por ela. Clara abriu na primeira página e começou a ler. A escrita era irregular, como se a pessoa estivesse assustada. Descrevia noites de insônia, passos no corredor, sussurros na escuridão. Cada página parecia mais perturbadora que a anterio