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Eu Dominique

Capítulo 6 Capitulo 03

Palavras: 2671    |    Lançado em: 21/09/2021

olícito e servil. Mas algo soava estranho para mim. Falei da minha vontade de ser dominadora profissional, e a partir desse momento ele ligou-se ainda mais a mim. Pelo MSN, me tratava como uma

e." "Por favor... Senhora Dommenique", insistiu, "Senhora Dommenique". "Que babaquice é essa? Nem meu escravo tu é, não temos nenhuma relação. Que imbecil!" E ri. Ele riu também, parecendo satisfeito. "Sim, sou um imbecil mesmo. Sou o que a Senhora quiser." A voz dele era baixa, rasa, servil. Um pouco trêmula. Era um cara magro, moreno, simples. Tênis, calça jeans e camisa polo. Um perfuminho gostoso. Peguei o cardápio e escolhi uma bebida. "Você bebe?" "O que a Senhora ordenar." "Traz dois chopes pra gente?", pedi ao garçom. Logo veio e largou os copos na nossa frente. "Obrigada." Ele não dizia nada, apenas ficava me olhando, hipnotizado. "Vamos brindar a mim!" "Vamos, à Senhora!" "Não, espera!" Ele ia levar o copo à boca e ficou estático, os lábios entreabertos. "Me dá esse copo aqui." Agi no impulso. Juro que pensei duas vezes... faço ou não faço? E fiz. Juntei a saliva e, vendo que ele continuava hipnotizado, dei uma bela cuspida que afundou na espuma cremosa da bebida. Vi que ele fechou a boca e apertou os lábios, abriu mais os olhos e aproximou-se mais da mesa, ansioso. "Agora sim, pode beber. Bebe que eu quero ver." "Sim, Senhora!" Ele deu um gole da bebida. "Não, bebe tudo de uma vez." Ele baixou os olhos e pegou o copo. Bebeu até a ultima gota, levando pra dentro do corpo o cuspe viscoso. Eu dava risada. "Meu Deus do céu... Hahahaha... tu bebeu meu cuspe!" "Eu faço o que a Senhora mandar." Em cinco minutos ele já estava mais falante, e eu bebi meu chope devagar, observando cada palavra, cada gesto dele. Falamos sobre vários assuntos; mal eu abria a boca, ele já fechava a dele, atento. Comecei a perceber o quanto ele era mesmo submisso, o quanto tinha visto em mim a mulher perfeita. Na despedida, falei: "Me manda um e-mail quando chegar em casa, contando sobre hoje. Tu é um cara legal. Quero que venha me ver de novo." Ele não exultou, não demonstrou nada. Queria de alguma forma se afastar cada vez mais, deixando a alegria só para mim. "Vou cumprir suas ordens, Senhora. E espero seu chamado, a qualquer momento." E se foi. Quando cheguei em casa, o e-mail já estava na caixa de entrada: O dia em que A vi. Depois de bastante tempo ansiosamente esperando, o dia em que a Senhora me concederia a oportunidade de encontrá-La pessoalmente pela primeira vez havia chegado. As horas transcorriam lentamente, o sangue parecia correr quente, o relógio não parecia deixar as horas passarem, sentia-me docemente ansioso, uma sensação angustiante e ao mesmo tempo plena, o sentimento de que eu estava indo ao encontro de meu destino... Ela. Horas antes eu havia escolhido a roupa que vestiria, tomara um banho bem cuidadoso, esperando muito que a Senhora considerasse que eu dava o valor que Lhe era devido, que a Senhora perceberia que eu tentara com muito esforço mostrar-me como algo digno, linda que era, divina, maravilhosa, minha Deusa e Senhora. Eu estava muito ansioso, e estava também muito feliz. O momento chegou. Estava eu ali, no lugar que a Senhora determinara que eu deveria me colocar para que me reconhecesse como o escravo que eu literalmente prometera ser em minha alma e meu corpo. Em dado instante eu A vi. Alta, de porte divino, uma Mulher que torna difícil encontrar as palavras certas, pois não há um substantivo ou adjetivo que Lhe seja completamente digno... "Perfeição", "Sublime", "Superior", "Deusa", todas são boas palavras, mas a Senhora era mais como César: Seu nome daria origem para mim ao significado que apenas a Senhora traduzia. Seu nome significava algo que apenas Dommenique, e a presença de Dommenique, eram capazes de traduzir. Seu nome era Dommenique e também um título, era poder em seu sentido mais puro e profundo. Loira, alta, esbelta, de corpo lindo e maravilhosamente feminino, Seu porte elegante e Sua postura majestosa, que exalava controle e poder apenas pela Sua presença... essa visão quase me levara ao chão. Eu senti uma vontade imensa de me prostrar no chão, ali, rastejar até a Senhora e implorar para que permitisse que eu beijasse seus pés calçados pelo peep-toe de salto alto. Com muito custo, controlei-me, porque eu compreendia que a Senhora não toleraria sentir que eu podia estar agindo por conta de um prazer que fosse meu e não apenas o prazer único, total e exclusivo Seu. A Senhora não manifestou desejo de que eu agisse dessa forma, prostrando-me e rastejando, e eu sabia que então eu não tinha permissão sequer para agir como o escravo que eu ansiava ser. Seus sapatos vermelho-escuros faziam um belo contraste com a pele muito branca dos Seus pés, que os sapatos permitiam admirar ainda que apenas um pouquinho através do detalhe do peep-toe. As unhas, lindas, faziam-me intimamente exultante, que desejo senti de jogar-me ao chão diante delas! E todas essas ideias, pensamentos, deram-se em um momento tão curto, fugaz, pois eu jamais me permitiria portar-me de forma indigna diante da Senhora... de forma que tudo então fora observado em um relance, que no entanto pareceu

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