Do ATM ao Império da Rainha Tech

adiografado e enfaixado. Uma torção, felizmente, não uma fratura. Mas a médica, uma mulher de rosto gentil e olhos cansados, enfatiz

inha calça jeans rasgada. A chuva havia se intensificado, agora um aguaceiro impiedos

á, assistindo a filmes antigos. Essas memórias, antes reconfortantes, agora pareciam provocações cruéis, fantasmas de um passado que nunca existiu de verdade. A ansiedade, uma companheira constante nos últimos anos, am

m alta velocidade pela calçada, espirrando uma onda de água suja d

virou para mim, o rosto uma máscara de indignação. "Francamente, certas pessoas. Provavelmente algum riquinho metido a besta. Você viu quem era? Bruna Har

rea de tecnologia. Aparentemente, ele é podre de rico. Ou pelo menos, a família dele é. Grupo W

murou sombriamente. "Essas socialites, sempre correndo atr

gastos e reclamava de dívidas estudantis, era o herdeiro de uma fortuna imobiliária? As peças se encaixaram, grotescas e arrepiantes. Seus fracassos fa

itrine próxima. Comparada às roupas de grife de Bruna e à riqueza oculta de Ângelo, eu era um fantasma, um resquício de uma vida q

assento parecia estranho sob mim. Por treze anos, cada centavo extra foi para nossa poupança conjunta. Táxis eram um luxo que eu raramente me permitia. Eu andava, pedalava, pegava o ônibus, tud

da minha mão. A ideia de subir três lances de escada com meu tornozelo era um novo tormento. Mas quando cheguei à

barata e algo doce, enjoativo. Ângelo estava na sala de estar, de costas para mim, olhando pela janela para a chuva. Suas roupas e

ornozelo enfaixado, minhas roupas rasgadas, a lama manchada em meu ro

om você?", ele perguntou,

oz plana, desprovida de emo

! Venha, deixe-me ajudá-la." Ele deu um

das de uma amargura que eu não sabia que possuía. "Estou bem. Já fui ao médico. Verifi

iou o olhar, seus olhos dardejando pelo quarto, evitando os m

te quieta. "Você não estava muito ocupado c

olhos se arregalando. Ele gaguejou: "

escapando dos meus lábios. "E sobre Ângelo Williams. Herdeiro do Grupo

hechas, deixando-o com uma aparência doentia. E

rcasmo. "Aquela que precisava de uma cirurgia cerebral de emergência?

sivelmente. "Lena,

icar treze anos de mentiras? De explorar minha lealdade, meu trabalho duro, meu amor, par

recida. "Não é assim. Eu... eu

Ângelo? Quando eu estivesse velha demais, quebrada demais, totalment

, um olhar de pânico em seus olhos. Ele tentou silenciá-lo, mas era tarde d

me meteu? Os advogados estão ligando! Aquele pagamento de um milhão de reais pel

o! Eu te ligo de volta!" Ele praticamente sibilou no receptor, sua voz mal

nto àquela dívida absurda que você acumulou com os agiotas? Você achou que eu não descobriria? Você de

do advogados. Ele estava jogando. E pagando pela Bruna. Isso não era um enga

o suplicante. "Lena, por favor. É... é complicado. Eu posso explicar. Não é o que parece. Eu

. Você pegou meus sonhos, minha segurança, meu futuro, e você os jogou fora. Você pagou pela Bruna com eles. E então você tentou me fazer pagar pelo tornozelo torcido dela também?"

"viagens de negócios" para conferências que não renderam clientes. Todas as vezes que eu e

tivessem um brilho desesperado. "Brenda está certa. Tenho que ir resolver isso. Minha família... ele

tínuos' da sua tia?", perguntei, minha voz cortando sua saí

sse me ajudar só mais uma vez. Se você pudesse me emprestar um pouco mais, eu prometo, desta vez será diferen

o. Mas desta vez, não funcionou. Suas palavras soaram ocas. Eu vi o espaç

nha voz firme. "Não

e. Ele olhou para ele, e um lampejo de irritação cruzou seu rosto. Ele rapida

elegante estava parado. Bruna estava no banco do passageiro, batendo as unhas perfeitamente feitas na ja

chuva batendo contra a vidraça. Ele s

sobre mim. Por treze anos, eu vivi uma mentira, sufocando sob o peso de sua m

nificavam nada, até encontrar o que eu precisava. Adriana Bauer. Minha mãe. A formidável CEO da MayliTec. A

som do tom de discag

sua oferta." A oferta que ela fez anos atrás, uma rota de fuga de uma vida que ela nunca aprovou.