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A vida sexual de Catherine M.

Capítulo 5 O Espaço

Palavras: 1728    |    Lançado em: 27/05/2022

m estudo? Como é que suas análises, a princípio centradas nos espaços representados na pintura, foram se deslocando para a ordenação do espaço real? Como crítica de arte, eu talvez estivesse mais incl

o "pintor do espaço", ou ainda das superfícies e dos objetos topológicos de Alaín Jacquet, que acabam sobre abismos de paradoxos. O que caracteriza essas obras não é apenas o fato de a

e, é como se estivéssemos dent

.

s de

s de sair do carro, tinha tirado minha capa de chuva, pois o forro me congelava a pele. No início, como já relatei, imprensaram-me num muro perpendicular; Éric disse que me via c

ça, e de número, os homens semp

ego. O zumbido dos carros, além de criar a impressão de que eles nos roçavam, me instalava no torpor em que costumo afundar

parede e me vi levantada por dois potentes armários. Uma fantasia ativa, que alimentava há muito tempo minhas sessões de masturbaç

stência - em um ambiente opaco no qual imagens criadas e

e me ajustava bem aos cacetes que vinham em busca do canal já bastante viscoso. Eu era o invisível ponto de convergência de um teatro de sombras, salvo quando os faróis jogavam sobre a cena sua luz desbotada. Aí, eu conseguia vislumbrar o grupo surpreendentemente esparso, e con

erta do lugar se abrindo como uma vasta clareira no meio do bosque nos fez morrer de rir. A noite era clara. Quando se tem tanto trabalho para chegar a um lugar, é porque se procura um espaço mais protegid

na copular diante do horizonte aberto ou de toda perspectiva muito longínqua. Pensando bem, os olhares mais do que os corpos podem constituir uma barreira muito segura. Aqueles que trepam na praia, no verão à luz da lua, imaginam-se em uma intimidade que os abstrai da imensidão em volta. Nosso grupo era muito numeroso e dispersivo para criar por si só essa intimidade. Fui co

arita, que devia também funcionar como um bar, pois à sua frente havia um balcão. Estirei-me sobre ele, durante alguns minutos, pelo prazer ambivalente de ser apa

da desses cenários de teatro distantes do realismo, concebidos como desenhos em escala real. Tive direito às últimas carícias e a algum

pacto que tinha sido feito entre o casal e o grupo de policiais que fazia a ronda no bosque de Boulogne. Há também um consenso de que a obscuridade protege. Mas para certos espíritos como o meu, ela permite também ampliar ao infinito um espaço no qual os olhos não percebem limites. A fileira de árvores a apenas alguns metros deixa de ser obstáculo. Efetivamente, a obscuridade total quase não existe, e as pessoas habitualmente preferem a imprecisão da penumbra. Eu adoraria o negrume

imaginar que exista

no terraplenado, zona indecisa cuja vegetação, interrompida por uma faixa de cimento, é seca e espaçada. Havia ali um banco. Come

uerra, na qual a câmera se afasta e i

a do campo de visão. Embora não déssemos conta de nossa imprudência, não falávamos, procurand

ponto máximo permitido pela posição de seu braço. Eu não tinha despido a parte de cima do vestido. Quando me debruçava sobr

mo para não suscitar reações muito enérgicas. De repente, uma

próprio de Bruno consistia em, no início, se deixar chupar passivamente, como se estivesse contrariado e, às vezes, interromper o movimento, para em seg

ceu depois da ilumi nação súbita e brutal de nossas silhuetas unidas. A luz que incidia a meu lado era tão intensa que me ofuscava através das pálpebras fech

s entrado no campo de luz dos faróis de um carro? Carro de polícia ou de voyeur? Um projetor defeitu

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