Maurice nunca conseguiu apagar as trágicas memórias do acidente de carro de sua mente.

A sirene da ambulância ecoou pela rua e uma multidão se reuniu em meio ao caos.

Assim que chegou ao local do acidente, seus olhos encontraram fogo por toda parte. O carro batido estava queimando diante dele. A cena era digna de um filme de terror, o sangue do casal tingiu os assentos de um vermelho profundo e escuro.

Logo na frente, deitado na ambulância, havia um menino coberto de sangue. Silas estendeu sua pequena mão trêmula, lamentando em seguida: "Papai... Mamãe..."

A dor indescritível estava indelevelmente impressa no cérebro de Maurice, tirando a sua paz dia após dia.

Mesmo que seu coração estivesse coberto por uma camada espessa de gelo, ele ainda não suportava ouvir diariamente de Silas que a culpa do acidente era dele.

Depois do que pareceu uma eternidade, Maurice saiu do quarto, seu rosto estava pálido como o de um fantasma.

Assim que bateu os olhos nele, Corbin quase engasgou de surpresa. "Senhor Maurice, qual é o problema? Quer que eu chame um médico..."