Senti um peso sobre minhas coxas. Abri meus olhos e estávamos abraçados, minha cabeça em seu peitoral. Eu ia me mexer quando escutei um celular tocar insistentemente. Não era o meu. Matteo resmungou e me puxou ainda mais em seus braços, parecendo não se importar nenhum pouco com a chamada.

_ Matteo, seu celular.

Só então ele abriu os olhos e ele estava tão surpreso quanto eu. Antes que eu pudesse dizer algo, meu telefone tocou. Rapidamente o alcancei e vi o nome de Lucy no visor, mas também vi as horas, se passavam do meio-dia.

_ Eu estava no meu sono de beleza. O que houve? _ tentei brincar pois sabia que para ela me ligar estava irritada.

_ Engraçadinha! Eu te liguei várias vezes pela manhã. Henrique também ligou para Matteo. Tudo bem, que vocês saíram para transar. Mas estamos em outro País, vocês não responderam o celular, nem mensagens. E depois tudo o que aconteceu com você, no voo e no hotel, ficamos preocupados!

Eu me senti em culpa. Lucy estava coberta de razão. Além de tudo, tinha um agravante que eu nunca dormia acompanhada.

_ Lucy, me desculpe. Eu tinha que ter avisado, mas eu adormeci e...

_ Tudo bem, eu te perdoo. Só de saber que você está bem, eu não preciso mais ouvir suas explicações. Mas estamos esperando vocês para passearmos juntos.