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Ainda Não Acabou

Ainda Não Acabou

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Capítulo 1 A noite

Palavras: 2013    |    Lançado em: 04/01/2023

AV

s meses que

qui, dirigindo meu 4x4 azul a toda velocidade pelas avenidas que rodeiam a praia (poluída) de Botafogo, com a adoradíssima companhia do meu melhor amigo,

saco repousa sob seus ombros. Eu o noto olhando para a paisagem lá fora com aquele indisfarçável brilho no olhar, o mesmo desde que aterriss

vestimentos que fiz na empresa deram mais do que certo, e meu melhor amigo e o segundo homem na liderança da Urus

falar em português mesmo quando estamos sozinhos, e eu já

o é? E já são onze da noite, precisamos ir pra casa. Estamo

mar sujo que, na cabeça dele, parece lindo e convidativo. E sim, ele usou a palavra "beliscar"

i nã

eu nem vou mergulha

gado de lixo

ocô" - ele ri. - Também temos "caca

enho que saber, sou eu que administro um curso

ar falar como um nativo

mesmo tempo, duas letrinhas que expressam perfeitamente o sentimento do l

nativo brasilei

Então volta a me implorar: - Dez

suspiro e

- faço uma breve pirraça, mas ele sabe que é pura ir

ativamente quente, mas aqui perto da praia está bem mais fresco. Na verdade, assim que desligo o carro e saio para o calçadão, sinto um vento frio gelando minha espinha. Franzo as sombrancelhas e fecho os últimos botões da minha ca

bana e Ipanema, quentes e arenosas. A praia de Botafogo tinha areia, mas possuía também uma divisão feita apenas de rochas escuras. Dava pra ver que algumas era

el da pequena mureta que separava o calçadão da praia propr

o mar terminava, já que o negrume de suas águas se misturava com o céu igualmente escuro. Eu dari

amigo. Provavelmente memórias de seu passado, que por mais distante que estivesse, ainda fazia parte do seu ser. Pelo menos as crises, surtos e a

uanto o dele. E apoiá-lo quando ele precisava desesperadamente se ap

ros se passaram quando e

Ga

centrado em frente. Então apont

uma silhueta a nossa frente. Se ficasse totalmente imóvel, poderia ser uma estátua. Mas agora a figura esguia tinha se mexido. Estava

novan na mesma posição, irrequieto e

e erguer. Estava de costas para a gente, mas deu pra notar que era uma garota, adolescente

conta de mim. Ela.

enti quando Donovan também se levantou. Ao

ÃO!

ue fez ao ouvir minha voz parecia letárgic

da no mesmo lugar. O som das ondas pa

olhos escuros estavam aterrorizados, as mãos inertes ao lado do corpo tremiam. Ela vestia uma blus

tinha ido me

o meu lado, já t

? Porque está

Reparei que apesar de estar bem magra, seu rost

to para que ela possa me ouvir. Começo a reti

. In

rsar com a gente

ram se arregalar mais. Ela olhou para trás, c

- grito mais uma vez. -

onovan. Ele colocou as duas mãos para cima num gesto apaz

do de Donovan. Também faço o gesto apaziguador.

gustiada. Está paralisada. Meu medo é que se desespere

tempo ela estava ali? Será que estava matutando sobre

evitar aquela tragédia. Sempre pensamos que somos incríveis, invencíveis e intocáveis, até vermos que não somos nada. Ali, implorando a forças misericordiosas que a pob

rápidos que o salvaram, e não eu. Agora eu realmente me encontrava numa situação em que absolutamente tudo d

ndo para que minhas palavras a

te ajudar. - Dou mais três passos, chegando a metade

Donovan permanece no mesmo lugar, silenciosamente

enos, rachados e azuis pelo frio. Dou mais dois passos.

restes a desmaiar de nervoso. Donovan deve ter r

cê, baixinha. Não se

. Espero que não note

ara. Então olha para a mão estendida e parece

amarga e horrível decisão. Senti meu coração acel

do de seus olhos, assim como o pequeno impul

mas nenhuma resistência foi oferecida. Carrego-a no colo e volto ajudado por Donovan, que estava pálido como j

instintivamente que ela provavelmente não vai conseguir se estabilizar. Aconchego-

caramos. Apenas com

corpo gelado da moça para Donovan. Destravo a porta de trás, da qual ele abre e se senta no ban

carro e saímos. Não dizemos uma

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