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O Filho do Outono

Capítulo 5 IV - A Terra Onde a Luz Não Alcança

Palavras: 6496    |    Lançado em: 20/01/2023

64 dias antes da invas

umas da floresta. Alabaster, um aprendiz mais novo, acompanhav

na semana anterior dentro do acampamento. Por mais que não tenha lutado muito, os protetores responsáveis notaram sua capacidade

que recusou a oportunidade por este mesmo motivo. Alabaster Starrock então se tornou a escolha

nte. Embora não quisesse demonstrar, estava animado com a viagem desde que fora convocado três dias antes, e cogitou dar graças a Luxord por haver um indivíd

ia

ava por cima dos galhos e raízes largados ao solo enev

finalmente ele era capaz de enxergar os próprios pés, alegria essa que

s com suas folhas, somadas à névoa que circundava aquele ambiente natural, tornavam-s

uma boa líder e em quem os sentinelas confiavam. Usava um manto de pele de raposa branca que cobria a maça de guerra repousada na cintura. Os cabelos castanhos er

com a própria aparência. Seus cabelos eram maltratados, barba irregular e diversas cicatrizes no rosto e nos braços nus se faziam presentes.

sta. Masnach não fica tão longe daqui, iremos conseguir — a mulher respondeu confiante. Alabas

escura e perigosa. Diferentes espécies das criaturas mais variadas habitavam aquela densa floresta, inclusive predadores que, embora não tivessem encont

ressavam para chegar à vila mais próxima, ficar no mesmo lugar po

dão! — Jules protestou à líder enquanto tentava

o fique aí parado! — Ela devolv

reclamações no escuro da noite, os filhos da Luz saíram da flo

eus moradores em geral eram fazendeiros e artesãos, e de suas crianças, originavam-se protetor

venientes de lá. Sua presença no mapa servia principalmente para mascarar os rastros do Santuário da Luz a

tendo nenhum tipo conhecido de defesa, embora não precisasse de

uintal onde era cultivado alguma coisa diferente, criando uma cooperação única entre os cidadãos dali. Alabaster pensou na eficiência da escolha do material p

da segunda casa à direita, que contava com um cercado para galinhas azuis, um tanto agressivas, no quintal e um depósito nos fundos que talvez pudesse ser capaz de abrigar os filh

rta, soando mais agressiva do que go

a porta. Sua expressão parecia cansada após um longo dia de tra

lamou. — Moria, venh

llian, pôs as mãos sobre a boca aberta e sentiu os olhos marejarem

a com o momento, embora ten

, nunca voltavam para casa. Jillian sabia que a chance de ver seus pais era única, então Alabaster imaginou qu

ia em poucos dias, sem precisar de anos de expectativas à espera de uma opo

za por ali. O garoto ouvia os ganidos das galinhas do lado de fora do lugar que tentavam engolir a voz da sua superior, que contava para os curiosos e solícitos pais sobr

contadas, eram esplêndidas canções que nunca fora

seus outros colegas aprendizes, então passou por dificuldades desde sempre lá dentro. Constantemente se envolvia em brigas para provar que era forte, embora nunca ganhasse. A

entia-se vazio. Por isso as aventuras de Jillian e Jules mexiam tanto consigo, eram dois companheiros de

rês filhos da Luz se dirigiram até o pequeno local com prateleiras e ferramentas largadas pelo chão. O Protetor mais ve

o teto. Seus finos lábios esboçavam uma tentativa de sorriso que ela não deixava e

is. Quando a mulher o encarou, seu rosto passou queimar e

ais de vinte anos desde que o Santuário me levou embora daqui.

empo que foi convocada. — O garoto sentia que estava at

ainda sente falta de Dynion? — A mulher inverteu a perg

fosse, já seria melhor do que viver lá. Entretant

estudava minuciosamente, ele deveria tomar cu

tade, seja o ideal para criar filhos da Luz. — O garoto tinha menos de oito anos quando alguns protetores

rtante para que o equilíbrio seja mantido, porque sem nós, não existe massa que o faça. A tradição é mantida por um motivo. Precisamos de tropas — explicava a

o nome do Senhor da Luz para tirá-lo de sua casa e sua família e lhe jogar em um ambiente igualme

escutou. — Por que não podemos nos aprofundar mais? Afinal, quem aceitou que as coisas fosse

era capaz de definir corretamente o que de fato era o equilíbrio, duvidava que os outros também não soubessem. Achava irônico viver mergulhado em um s

s nossas dúvidas, temores, e também questionamos decisões, mas não em voz alta. A resposta para todas as pergu

e acreditam ao invés do que simplesmente injetam em suas mentes desde a infância? Será que é assim que devem

hos do Senhor da Luz. O dever vai além de acender uma vela para Tân ou Italun. Somos responsáveis pela existência, Alabaster! É um

xto para controlar as narrativas e impedir que criemos nossos próprios laços com Luxord. Que enxerguemos ne

pôr fim na conversa rapidamente, virando-se

quê. Seus passos faziam barulho pela terra molhada ou pisava sem intenção sobre alguma flor solitá

de espaço para respirar. Ouviu o barulho de um galho seco se quebrando. Seus olhos não p

as tomar

seres que lhe seguiam. Mas não, eles estavam por toda parte, não havia escapatória. Um deles aproximou-se por trás d

m se libertar. Ele tentou lutar, mas a cada vez que se debatia, mais um dos seres encapuzados atravessavam as brumas e subiam em cima do garoto.

u os

e não

Alabaster acordou com a claridade do Sol da manhã o acertando nos olhos sem a menor piedade. Então ele espertou verdadeiramente com um gemido de desco

a soz

s galinhas azuis que se digladiavam por um pedaço de carne, que ele orou para não ser outra gal

— disse Jules quando viu o jove

Protetora. Alabaster não sabia se a mulher guardava algum tipo de rancor pela

m de brincadeira. O garoto gos

. — Jillian virou-se para os pais, que estavam com o mais

u a palma de sua mão sob o rosto da filha e acaric

nsar, talvez não quisesse que o afago da mãe a

tir

ssados, percurso esse em que os três completaram seguindo a

quena praia onde alguns Protetores construíram uma plataforma para embarque e

era verde e dona de olhos grandes e cristalizados. Em seu pescoço jazia guelras e membranas entre os dedos das mão

s para abraçar os conhecidos Protetores, que logo recusaram e deram um passo para trás, a c

deixar descansar! — brincou Jules, qu

ento? — Jillian se referia aos alimentos e materiais que deveriam leva

ogo res

! Subam logo, estamos

egar e não suportava as terras de Dynion, mas decidi

r para casa, menin

s e ter saudades, mas podia lembrar-se bem o suficiente de seus parentes para não ter boas lembranças so

o esse que não fazia a mínima diferença, pois ao ponto mais claro do dia o menino

em seu rosto, apreciando os pequenos respingos de água do mar que lhe ac

ado em um lugar negro, onde não se podia diferenciar o céu e o mar de tão escuros. A única coisa que os

último lugar onde gostaria de levar seu navio, sabia que poderia não voltar sempre que aportava. Por

o natural. Tudo era muito escuro, o ar sujo, as pessoas mais fracas por não receber o fortalecimento do astro celeste em sua essência e não se podia plantar nada, deixando o lugar sem vida e tornando o povo essencialmente dependente da boa vontade do Santuári

para se tornarem protetores a cada geração. Isto nunca foi um problema para a maioria dos habitantes do Santuário que viam um pr

e no comando do lugar. Entre eles, estava a família Starrock, que permanecia no topo desde o patricídio de Guiltry, que lhe ren

missão não se t

o povo que já começava a se aproximar. As pessoas eram magras, doentes e mal conseguiam andar direito, esse era o efeito da terra am

na frente do Arranha-Ondas. Não era possível enxergar tão claramente, então os três tomavam c

o rosto do ser a sua frente e, não poderi

ho, que o derrubou no chão. Agora, tinha certeza de q

o o esforço que seu corpo debilitado possibilitava, mas mal podia cerrar os

les, botando-se entre o menino de cabelos negros e o dyninse.

ajudou a

mal podiam ver, vivenciando uma experiênc

os os lugares por onde passamos, não podemos enxer

mos um dia viajando de

havia água ao redor —

u. Jilli

z. — A Protetora rendeu-se — Agora p

ido lá, não fazia a mínima ideia do caminho que percorria. Queria entender

olina que subia até os olhos al

jas em grandes blocos maciços que lhe conferiam uma aparência muito reta e bruta, sem muitas variações em seu estilo. A imponente morada de Guiltry Starrock pod

iu um mal-estar repentino. Passara a viagem inteira planejando este

lmente desconfortável. Queria voltar para a casa

ules olhou para Alabaster, que encarava fixam

m disso

não havia saídas decentes para a fumaça, então, os tr

oa-fé. O tapete de pele possuía no mínimo cem anos, que seguia por todo o piso até o trono, quebrado, de cobre. As pinturas se espalhavam por toda a parede do lado direito, que registravam as conquis

os de saber antes de ele aparecer? — Jules perguntou

que os sentinelas amaldiçoaram Dyn

quartos. Ele sentou-se no trono imponente, com seu grande e forte corpo, a barba negra e os olhos que ardiam suplicando por sangue. Estava vestido como um verdadeiro senhor, portava um elmo

ciocinar, sua mente havia parado de funcionar. Jules acertou sua pe

a breve risada

te adestraram di

, viemos em nome

. — Digam-me o que os vermes querem e sumam da minha terra. Se não me irritare

seco e permaneceu

vel. A Protetora se endireitou e permaneceu in

eocupado com as condições em que o povo dyninse vive

m vocês quem nos deixaram dessa form

, os fil

das as vezes que aparecem em meu lar. Seu “Senhor” tão benevolente se esqueceu da nossa existência há muito tempo,

se levantou

vel nesse trono velho e sobre esse carpete fedido! Nós somos o único

a tentou retomar o controle d

a própria casa e ainda trazem essa bosta de montês para me envergonhar? São muito insolentes!

r levantou a cabeça

Guiltry estava berrando. — Você se torno

lian tinha uma boa relação com os pais, mesmo não os

o levou embora! E ainda me marcou com isso — disse com desgosto

lhi deixar Dynion! — exclamou o

a oportunidade, mas, ao que parece você não teve coragem! E voltou a serviço daqueles que o con

u não ped

MORREU NAQUELE DIA NAS MÃOS DE UM SENTINELA — O homem e

ga! — fa

nde haviam entrado a

labaster, que agora usavam máscaras. Os Protetores ficaram de costas um para o outro. Jillian sacou

arrock se

scombros quando eu tiver acabado. Enq

ock enquanto avançavam diretamente em direção aos dois filhos da Luz qu

preenchia quase todo o tronco do pequeno garoto. — AGORA MORRERÁ COM SEUS “IRMÃOS”! — O homem levantou co

os quando viu a lâmina

se erguera do chão e tomou a forma física de um braço. O menino olhou para a porta de onde

los ruivos que caíam pelo rosto pálido e marcado pelas queimaduras em volta um dos olhos cor de jad

ra a mulher. Todos os encapuzados no salão haviam se voltado

ê planeja agora, Catherine? — per

hor. O garoto pode encontrar

anter a desonra da minha

devolver a Luz para Dynion. — Catherine era boa com as palavras, ou sua mágica as tornava agradáveis

dir o lugar para pegar as espadas. — O h

erência. — Com o poder a mim concedido, podemos deixar até o ma

s humanos de Cylch que não fossem habitantes do Santuário e, ainda assim, eram a

já era algo que nunca imaginara ver, agora, o que a misteriosa mul

continuo

s povos de Dynion por completo, com o tratamento de Catherin

o Santuário da Luz. — Ela tinha um olhar travesso, como o de uma criança prestes a pregar

lho. Com os olhos profundos e aterr

nós, ou um deles. Irá deixar seu po

engoliu

segunda invasão a

combate, escondido pelas brumas de Niwloedd em volta do Santuário da Luz. Não sentia vontade de chorar desde que os devotos da fumaça mas

gados em uma vala e não puderam ter um funer

busca de livrar Dynion da perdição. A misteriosa mulher precisava de homens para algo que lhe fugia a compreensão, mas seriam necessárias

uxe mais dor do que antes. Também trouxe mais dor para as outras pessoas e, com a vida delas expirando, o

ue era: Filho da Luz ou dyni

umaça e nunca havia se sentido um filho da Luz

a da floresta. Estava mais afastado do g

la, S

Wintamer? Não. Não

o do Santuário era pedir para se tornar vulnerável demais. A arma sozinha pode

nte da que Catherine havia prometi

na névoa, não havia tem

o sua formosa capa pelo chão de terra. — Parece que você pode se perder sozinho, e eu não gostaria nem um pouco se por acaso se ferisse. — Abriu

— Mijar! — Droga. Não conseg

estratégia, aquilo fora péssimo. Talvez fosse o trauma pelo ferimento no rosto, ou talvez

não ac

ulo mágico do chão, de onde surgiram uma espada e um arco maravilhosamente adornados. Para Alabaster a

dra gravada por uma runa em línguas que o garoto não conseguia identificar. — Pa

lhar daquela situação emaranhada e seguir Samhain logo, antes que Catherine possa ente

soubesse. Ninguém le

longe — mentiu. Pelo menos, tentou forçar

ulher então sorriu macabramente. — E por isso, que

se em s

olho ferido tomou os objetos para

rr

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