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DE TODAS AS DORES, O AMOR

Capítulo 2 SEGUNDO CAPÍTULO

Palavras: 2133    |    Lançado em: 29/03/2023

Luca não parecia mais a mesma criança. Havia uma seriedade no olhar, um controle nos gestos e uma ti

melancia? - pergu

- respon

enfiou o meu gibi?

ão

ar um soco! -

o se

dentes? - quis saber a

spondeu, agora

osse cedo da manhã, Dona Lola deixaria os filhos correrem na chuva e

o os dentes? Pois se não lembra, vai e escova de novo! Já! - ordenou a

do a testa e, batendo os pés, saiu a

da de

televisão, gargalharam da

er de lavar com pime

deu Luca, com mais determi

s olhos e riram aos sal

ou-se, tirou o chinelo hav

ara o quarto e escondeu

é pra dizer palavrão? - gri

. sei... - respondeu

o. Não poderia ir para a rua até que a chuva parasse. Não po

fazia sumir o som da chuva. Era a voz dela que deixava Luca sem saber como se mexer. Eram o

porque Luca nem sabia mais fazer bolinhos de barro direito, e não aceitava mais os chocolates com gosto de sabão que tentava lhe emp

irela. Mirela e Vivi eram mais velhas, mas Luca pensava: "Bobo, tudo isso é bobo." En

hamar a atenção da bocuda. Nem olhou para os lados. Com alguns brinquedos nas mãos, atravessou o portão da casa de Mirela e subiu as e

um rosto que pegava fogo

emoção? Nã

eio. Era um anjo. Luca sorriu, timi

da garota contrastava co

r bri

ro. D

ão

ncar com as m

- Luca de

udo ficou escuro. O mundo não existia mais. O únic

taram-se e ficaram criando diálogos entre as bonecas. Luca tentava prestar atenção nas brincadeiras, mas não

bonecas podem ser nossas filhin

a, soltando os braços e fazendo um bi

e Luca se

te en

os, imitando o seu pai. Orientou Mirela; explicou que era só imitar a mãe de

á é noite. É

ue a ge

ta e

u imitando minha mãe, quer dizer que teu pai

ira - Luca já tinha se esparr

e um atrevimento que não entendia de onde vinha, virou-se de lado e pôs o braço por cima da barriga dela. Não se ouvia um som. Parecia que o mundo tinha acabado. Luc

is brincar dis

evantou-se, juntou seus brinquedos, enquanto Mirela

esponder nada. Olhou para Mirel

ou pra

rela, secamente, s

tos, que se soltou e caiu em algum lugar que não dava para alcançar, lá dentro do peito, contraído e dolorido. Luca descobriu que o coração era um quebra-cabeça, de

egado. Ele trabalhava na capital e só conseguia vir nos fins de semana. A criança deitou-se e cobriu o corpo todo, deixando apenas o topete de fora.

do pai? - pergunt

- resmungou,

ueria mesmo dormir ou estava triste com alguma coisa? Estranho... Ele não lembrava se alguma

for, é coisa d

tou se eu tr

igual um furacão e sai por aquela porta a

é sempre tã

De certo se desentenderam p

briga? - qui

nhece Luca? - q

qui o tempo todo

upada o tempo todo

o, esqueceu? - o ma

tam

disse que n

ritou ela, ma

que nem diziam respeito. Tua família, minha família. T

e Jerry na tevê, muito encolhidos.

vai sobrar pra nós -

ussão que se importava. Era com aquela dor, aquela dor nova e diferente. Com

vez em quando, ia até a janela da sala e espiava a rua. Com surpresa, enxergou as irmãs conversando com Mirela. Elas riam. Luca emburrou-se. Enx

costumava acordar Luca com um beijo de despedida, mas como não recebeu nenhuma atenção durant

os filmes de faroeste que a família assistia reunida. Imaginou os tiroteios, os due

disse para uma d

em entender, com um pirulito

u a mãe. - O que querem dentr

be por acaso, porque as irmãs conversavam igual duas caturritas: "Mirela tem isso, Mirela tem aquilo; Mirela isso, Mirela aquilo

do minha mamadeira

ais um bebê. Por que

eira - cruzou os braços,

omeçou a preparar a mam

ha nova, Mirela. Entraram na cozinha. Luca estava à mesa e, quando viu a meni

a mamadei

e, para a irmã e para Mirela, morrendo d

o é q

pois tinha que se explicar para ela. Mirela franziu a testa.

o tem can

iço, quase chorando. Os l

ra lamber essa sua bunda! -

do mundo, sofrendo tamanha humilhaçã

o mais! Não s

lhe protegia. Agora, Luca tinha duas certezas: nunca mais, nunca mais queria ver aquele rosto l

dade. Um dia, aquela coisa que faz a gente

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