RETORNO AO PARAÍSO
Z... EM CA
RT
lho no hospital, Cláudio organiza as fichas no ar
i,
eso. Não a esperava ali. –
rocam u
viajar com a mamãe pro Rio hoje. Já que você
eria plantão... -
Não estou
, fecha a gaveta do arqu
tam q
só amanhã
Você e
, seria uma mulher grávida, sozinha,
u estou tr
ar. Não vim aqui pra discuti
ve aqui hoje. Ele passou
, dando muito pouc
balança
pra ver você ficar feliz com alg
ha para o marido, como
çou? - el
ãe e vou voltar pra lá
é lá. Quero me de
/obstetra e seu amigo desde a faculdade, e vários outros médicos participam da reunião de trab
ocê não dorme em casa, C
noites,
sso, ainda mais agora. Sua mulher e
emais do que eu faço e eu só
enfermeiras e outros plantonistas e você anda trabalhando por cinco deles. E anda levando minha filha pelo mesmo caminho
já disse. Não tenho cu
el. - Você está horrível. Daqui a pouco, vai
ansar hoje. É uma
em casa. Viajou com
se que tinha assuntos urgentes a t
me arrumo no hospital
vai trab
responder, olha
não precisar
Jairo. Esse não tem ma
la é jovem demais pra trabalhar tanto. Eu sei
ôs a seguir como missão é muito gratificante e nobre, mas pra cuidar dos o
sei dos meus limites. Cuide dela. Ela é muito nova pra trabalhar tanto. Quando ela se formar vai
o vou cuidar de gente da Europa. Quero cuidar de gente brasileira e aqui também tem boas faculdades." E ela quer fazer Enfermagem, não Medicina.
ão mesmo, diz Miguel. – O
eço a Deus que ela consiga fazer e ser o que quer. E por falar nisso.
ez minutos,
udio encosta o rosto no braço apoiado na mesa e fecha
i dormir aqui
durmo até no chão, se v
jeito. Pra quê? Você não precisa disso. Nu
alar em obje
só não tenho uma mulh
gue a cabeç
tivo das minhas vinte e
xonado assim? -
a. Tânia, às vezes, é tudo que eu não quero encontrar quando volto pra lá. Ela simplesmente não significa mais nada pra
ma coisa por ela, lá no fundo. Senão, não teria f
. Eu sinto... respeito, amizade... desejo...
idiota que vai acabar te levando à loucura qualquer dia desses. Eu acredito que seu pai não seria tão egoísta a ponto de não entender, se você dissesse a ele que nãoum leve sorr
problema não é nem meu pai
ão prende marido, Cláudio. N
. é mais por ela. Eu não sei do que ela se
falando
meio que sugeri isso. Me separar dela. Ela não fez escândalo, não gritou n
mo a
do sozinho e se t
inteligente. Ela te conhece e sa
as não é só blefe. Ela
coisa muito séria
orpo e apóia os do
cebi uma carta de uma amiga íntim
a mã
gou em casa, eu não estava. Tânia recebeu e, como eu não me importo que ela veja minha correspondência, ela abriu a carta e leu. Eu nunca tinha falado da Karen pra ela. Nunca gostei de falar da minha infância com ninguém, mesmo com ela e a Karen faz parte dessa infância. Apesar de tudo que esse período da minha vida representa pra mim, eu gosto dema
e ela pode fazer uma besteira
u não posso e nã
um hospital psiquiátrico. Você não pode carregar esse problema nas costas sozinho. Do mesmo modo que ela é sua mulh
tão fáci
alguém de quem você goste de verdade, que te ame também. Alguém que te dê uma família, no verdadeiro
mas não agora. Tem um probl
ndo do bebê
a para o ami
tá mesmo grávida? Vo
Ela fez todos o
não me di
Ela me pediu segredo e acho que se eu fosse te c
ça? Há quanto temp
um segredo dela e ela mesma di
er. Ele está apavorado com is
plicar, ele diz, querendo se levantar pra ir e
ou, vai terminar.
da mais que ela me pediu. Ela é minha paciente.
onhece que e
por que
estourar, tudo vai ficar esclarecido. É uma questão de tempo. A Mônica tem um pai muito
no dia da festa de aniversário deles. Eu não pensei que pudesse acontecer uma c
ra ele? Eu não sabia que ele estava e
aniversário deles, no dia trinta de outubro, e ela deu
. - Miguel d
que você sa
eu ele nessa confusão, você tem q
o, mas
as Wagner não tem n
festa, embora não se lemb
um meio de tirá-lo dessa encrenca. Tenho certeza.
ta. Cláudio o se
sa que pode tirar meu irmão
o em silêncio por alguns s
nada. Sinto muito. Já me meti demais.
********
ue só é interrompido pelo cricrilar dos grilos, o latido de um cão na estrada ou
e Wagner, que teria chegado em casa dando pulos de alegria s
no vestibular. Subiu sem querer falar com ninguém. Nem quis jantar,
m Mônica o deixou mais preocupado do que já
erroga a mulher a respeito dest
ho tem agora? Nem
Tentei levar um antiácido, mas ele não quis. Acho que essa dor de estômago tem outro nome. Ele sa
a xícara de café. - Ele tem muito tempo. Ninguém vai morrer p
ma coisa, um copo de leite, um pedaço de
se acalme, Magda. Ele vai pensar um
simo. Deve ser muito duro esperar por uma coisa que se quer tanto e não conseguir. Apesar de tudo, em tudo
um pouco mais, Leonardo diz, segurando a mão dela. – Eu am
o da poltrona em que el
mir? - suge
a ótim
até a madrugada e, cansado, resolve se levantar, pois, al
a e muito quente, apesar da aragem fresca. Apo
futuro, o rosto do pai no dia do aniversário conversando calmamente com ele na biblioteca, os amigos na lanchonete, o nome dele na lista de aprovados no vestibular, o início da festa de aniversário dele e
os, ajudado por Lopes, o tombo que provocou risos na família inteira por quase um mês, o nascimento de Diana que o deixou muito confuso por saber que não seria mais o filho caçula. Mal tinha começado a se acostumar com a ideia de que Magda es
omo sua mulher. Diana era, para os seus sete anos, um bebezinho esquisito, na sua opini
chorar. Ao contrário, sempre tinha sido consolado por ele. O irmão estava sempre resolvendo seus problemas. Um brinquedo quebrado, apanha
o, mas nunca teve coragem de perguntar. Ele supunha que era uma coisa que um filho deveria saber, naturalmente, porque era natural em Clá
. Mas Cláudio não era como ele. Se fosse, teria coragem de dizer a todos a verdade e deixaria a noiva no altar se fosse possível. Mas havia o medo do erro. Ia cometer um, para nã
certeza não era o que ele sentia. Ele nunca contrariaria sua vontade para fazer
mentos por uma voz vinda debaixo da sac
- a voz diz em tom teatral e num s
meça a ver a silhueta de uma pessoa
é? Quem
oxima mais. É re
tou perdida nesse fim de
eira vez que vê cabelos tão claros, quase brancos, numa pessoa tão jovem. É interrompido no
ode? Se não pud
eguiu entrar aqu
que a cerca tem um espaço e eu passei por
meio met
hando melhor, percebe que a g
. Eu já vou desce
da. Que pergunta mais besta. Claro que
ebe que a pergunt
spe
ninguém. Abre a porta e sai, dando a volta pela casa até onde ela está. A moça sorri ao vê-lo se aproximar. Está
bom que vo
do-a de alto a baixo,
Nunca viu
te, num lugar como este
meu modo de vestir? - ela pe
é muito com
vestem? Vestido de chita e lacinho n
gosta daqu
como... moças. De onde você está
Portugal. Eu estou vindo de São Paulo. Lá tem a maior diver
provocando, chamando-o de caip
é de lá que saem as pessoas mais esqu
tranha mesmo. Ainda mais quem
ê vai ou... estava i
ranca, f
ele aponta para as luzes da cidade ao longe
r mais quatro quilômetros nessa
Paulo. Não tem ladrão nem tarado. Só um ou
s os ladrões de São Paulo a ter
ça fala aquilo tudo mais para provocá-lo qu
queria saber, o caipira ignoran
la diz, segurando no braço dele, pa
a a mão dela, ap
ão veio sozi
a estrada porque viu luz na sua janela e percebeu que
e não te levou
. Estava indo para outra direção.
meiras, e
um lugar pra eu dormir? Podia ser aqui fora mesmo. Iss
m lugar nenhum aqui fora, a não ser que queira
reta de repulsa
ir sozinha lá. Ainda não tem luz elétrica... como em São Paulo. Só lampião a gás e a gente não ac
tem ness
o em fardo para os cavalos,
dois tra
, mas isso aqui é uma faze
der. Só quero descansar um pouco e seguir viagem de manhã
da, n
a a cabeça,
. Eu te most
esita, de
que não tem l
m lampião. Tem cinco
ua hesitant
ão costumo levar garotas lá.
orta do armazém, dez metros longe da casa. Entra primeiro, pega o lampião pendurado perto da porta do lado de dentro na p
leva chumbo. Coloca o la
r o nervosismo, amaldiçoando te
faroeste? - pergunta,
stando-o num deles. Só ali, Wagner pode ver que além daquele, há mais dois homens armados, um com outro revólver e outro
nação. Já ten
ra de uma mochila uma corda comprida e joga para os o
pergunta, sentindo as pernas treme
com a gen
gostado tanto de mim, ele diz
inha, cara - diz o que segur
ordem. Você é o n
dele e tenta ajudá-lo a se levantar. Ele sente o rosto pegar fogo
não disse nada demais. A g
uda a se
consegu
so responder que não? Isso é se
sem reação, senão vai se
ra longe da fazenda por uma picada no meio do mato. Wagner tenta a todo o momento olhar para
***********
coloca o roupão e desce p
diz, envolvendo-o no pes
, anjo! D
panha uma torrada e se serve de uma xícara de café
começar a morar na escola e no hospital. Você não para
ter uma conversa
ersa s
a coisa importa
ortante? Hu
fala, ficando séria, uni
bém sério e pede, ergu
. O que é,
, é sér
io de verdade
problema
cabeça, sem tirar
stou g
a a xícara de café em sua mão e a coloca lentamente
ue brincad
eu mostro todos os exames. Foram to
lsos e começa a andar lentamente em vo
isa, ela pede, n
ara a filha, nitid
i que tudo já estava bem... Não tenho nem que perguntar
ninguém sem ter a minha palavra
ta e vai até ele, mas quando se aproxima, ele se ergue e se afasta brus
voz baixa, imaginando o
pital, mais especificamente para o consultório de Clá
e Casa Branca,
ela diz qua
onhece a
, Mônica. Tudo
ê. Papai está in
Que fazenda?
e... pra fazer
e acon
disse
se...
u estou
ca em silêncio
está aí? -
ficou
. Só que ele nem esperou que eu explicasse nada. Já pensou no Wagner e saiu feito um doido. Vá
s o Wagner
omeço disso tudo. Impe
u te
Regina que vai precisar sair para uma emergência e, em seu carro, tenta pegar o caminho mais curto
rra, caminho aberto pelo avô de seu pai, quando a fa
nsformada em sítio e fazenda posteriormente, mas mesmo depois
trada de muito movimento e Cláudio consegue alcançá-lo, ultrapassando o carro de Jairo e colocando seu carro atravessado na estrada na frente do dele
voltar
cê está fa
ue o senhor fa
o voc
... Doutor, o senhor é médico, não nasceu p
e ser seu irmão, mas... ele fez mal pra minh
ão se surpreende, Ja
sabia
ponde, mas seu s
ro amigos? Pra s
ruça ao volante
me casar de novo pra que ninguém viesse interferir na nossa amizade, nossa união. Eu não queria outra mulher que fosse o
e a porta do
voltar pra cidade. O senhor não
da estrada e teme que, nervoso como está, Jairo vá querer seguir adiante com o que pretendia fazer. Ele coloca seu
mas olhando para o pai, que
fá pesadamente, coloc
carro na estrada, Cláudio. Seu irmão
e é do Wagner, pa
o. – Me diga pra que eu possa matá-lo com
interessa m
gar pelo que fez. Você é menor! Ele tem que a
a voz quase sumindo na garganta pel
para ela, surpresos,
e começando a andar pela sala. – Casado? Mas
ermagem no início do ano e me apaixonei, mas não há mais nada entre
dela e fica olhando para o r
e permitir continuar aqui com você, tudo
ão responde. Mônica se aproxima del
a coisa, por favor..
vai viver como... com
continuar no orfanato com a tia Bárbara. Ela não ia se
está querendo encobrir o
pretexto que eu arranjei pra... deixar o verd
sa estória está muito mal contada. Se esse
mais, pai. Vamos resolver log
novo para a filha. Vai sentar-
e. Como eu poss
endo certa distância. - Se você não quiser, não é o
nome dele
lando pelo rosto. – Se essa for a condição..
tenho nesse mundo... O que e
firmeza de opinião, Mônica não pode deixar de sentir um
pai. A gente vai continuar sendo os velhos amig
antes olhando para ela
meu amor. Não posso deixar minha única
omo está sem seu carro, vai andando até o centro da cidade com o pensamento de pegar um táxi e ir até a fazenda falar c
uida dela pra mim, p
eixa que as lágrimas caiam. Vai até o hospital
el, que ao vê-lo
estava? Es
com o meu irmão. Eu só vim avisar o pessoal. Você pode fazer i
m mesmo? Você
o ouve o qu
ito prudente falar nesse assunto lá em casa. Eu tenho medo.
o quê? Qu
ravidez d
sabendo de
s não diz nada. A garganta arde. Miguel perce
a alguma coisa pra alguém,
simplesmente pelo prazer de armar uma travessu
fone p
ele souber. Vou aproveitar que agora de manhã ela está aqui na ci
trada? O que ele fo
a estória. E
iso o Renato e as aten
go um na praça da matriz. Se levar
com Deus, m
z para
be de quem é
para o amigo por um
sabe... Por qu
costa
ÍSO – ERA UMA V
RT