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Um Pedro Qualquer

Capítulo 2 Cristina

Palavras: 1150    |    Lançado em: 21/09/2023

is

ovembro

de papelão, a primeira das muitas que vieram depois. Ele foi a primeira coisa que saiu daqui e, de certa forma, é uma das únicas coisas que ainda perm

o da minha sala, eu olho os pregos solitários nas paredes, há poucas horas eles seguravam minhas lembranças mais queridas, agora, não

s, suas próprias lembranças, ou então usará esses pregos para pendurar um cha

arrancar o papel colorido que estampava as paredes. Agora vejo a ironia... os tons da escuridão sempr

entia a cada banho meu nos últimos dias, quando ficava parada, perdida em um vazio silencioso embaixo do c

s, pratos, talheres, ou qualquer utensílio doméstico. Há dias coloquei em uma sacola meu travesseiro, lençóis e cobertores, todas as minhas roupas, calçados e acessórios. Eu doei tudo que pude, me desfiz de

rojetava pelos cantos do quarto. Dizem que o medo paralisa, nos últimos dias eu soube o real significado dessas palavras. Perdi a noção de

ncer, mesmo contra minha vontade, pois sei que ele acaba vencendo. O problema, no entanto, não é dormir com a consciência p

a ao frio, ou o frio que encontra em mim uma parte de si mesmo que estava perdida, mas sei que nem mesmo o

mesmo não estando mais aqui, sinto pelo tempo que se foi e que não voltará, assim como não voltará nada daquela vida colorida, uma vida que se desfez junto com a ilusão de uma tinta de parede que descasca e mostra o quanto tudo é sem c

m saber por quanto tempo fiquei ali, entre sentada e encolhida, e abro a

ar até amanhã, mas o novo morador teve um imprevisto e precis

isas durante a semana toda, então só consigo balançar a cabeça e ant

ao mesmo tempo à minha frente. No banheiro, observo por alguns segundos minha aparência. Meu rosto, desanimado e sem brilho não demonstra qualquer emoção, não demonstra nem mesmo o frio na barriga que de repente se instalou em mim, mas se demonstrasse algo, com c

r onde foi meu lar durante os últimos anos e então p

lcanço as chaves para ela. Não há despedidas, apenas um até mais, palavras superficiais ditas para alguém que provav

a que tenta despontar acima dos prédios e me sinto como a noite no fim da sua jornada, assim como ela

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