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The Villains School

The Villains School

AutoraJ.K.Carvalho

5.0
Comentário(s)
2.5K
Leituras
32
Capítulo

Spencer, um jovem rapaz ansioso para ingressar em uma universidade, acaba por ganhar uma estranha bolsa de estudos. Influenciado pela euforia dos pais, o rapaz se encontra em uma delicada situação ao descobrir a verdadeira natureza do "TVS" e seu segredo. Desesperado, a notícia que recai sobre si não é das melhores: não há como sair. Spencer precisa fazer aliados para sobreviver, mas isso também não é uma tarefa fácil. Mal sabia que acabaria se envolvendo em uma grande disputa pela liderança de uma facção criminosa que abalaria as estruturas do The villains e mudaria sua vida para sempre.

Capítulo 1 01

Playlist:

Nothing Else Matters --------------------------- Metallica

Crazy ---------------------------------------------- Aerosmith

Welcome To The Jungle ------------------------- Guns N´ Roses

Round and Round--------------------------------- Ratt

Knockin´ On Heaven´s Door ----------------- Gun N´Roses

Carry on my Wayward Son-------------------- Kansas

Sweet Child O´Mine------------------------------ Guns N´Roses

Is this love------------------------------------------ Whitesnake

Beat It ---------------------------------------------- Michael Jackson

Tears in Heaven ------------------------------- Eric Clapton

Right Here Wanting-------------------------- Richard Marx

Send Me An Angel------------------------------- Scorpions

Freedom ------------------------------------------- Anthony Hamilton & Elayna Boynton

Smells Like Teen Spirit -------------------------- Nirvana

Dangerous ----------------------------------------- Roxette

Everybody Wants To Rule The Word -------- Tears for Fears

Enter Sandman ------------------------------------- Metallica

House of The Rrising Sun ---------------------- The with buffalo

Money For Nothing------------------------------ Dire Straits

“Todos somos vilões na história de alguém...”

Spencer

Vejo meu táxi partir. Volto a encarar o endereço em minhas mãos e subi meus olhos para o portão gigantesco e adornado. Aquilo de longe não parecia uma universidade. Bom, até poderia parecer, um dia... Algo que já deve ter acontecido e agora parecia mais um lugar assustador de filme de terror.

O enorme prédio cinza até que tinha uma estrutura bonita, porém odiei as gárgulas no alto dela. Desde que época elas estariam lá?

Confiro mais uma vez o endereço. Na carta de admissão em minhas mãos consta o mesmo endereço, mas não deve passar de um mal entendido. Deve haver outro campus.

Ajustei meu óculos ao rosto, o empurrando levemente para cima. Talvez fosse o dia nublado que deixava a visão um pouco pessimista, ou talvez eu só estivesse frustrado por ter feito o que meus pais queriam, e não investido mais no que eu mesmo desejava. Tinha aparentemente, ganhado uma bolsa de estudos, contemplado pelo o curso preparatório ao notar meu esforço. Meus pais ficaram eufóricos, mas eu ainda estava um tanto receoso.

Puxei o trinco do portão, e o mesmo rangeu ao abrir como a gargalhada de um palhaço assassino. Cada segundo nesse lugar estava me ajudando a confirmar que, deveria dar meia volta e dizer aos meus pais que iria tentar mais uma vez o vestibular.

Ajustei minha mala de alças no chão, fechando o portão e caminhei observando melhor os arredores, enquanto ia em direção ao que mais parecia um palácio sombrio e cinza. Não havia janelas quebradas também. O que fazia um estranho contraste entre a aparência envelhecida com algo muito bem cuidado.

Alguém veio ao meu encontro de forma apressada, usando roupas sociais. O homem na casa de seus 50 anos me estendeu a mão ao ficar diante de mim. Um sorriso largo, mas seus olhos vigilantes como os de uma predador. Parecia um homem confiante e autoritário, do tipo que gosta de estar no controle da situação e não gostava de imprevistos.

— Spencer não é? Bem-vindo ao TVS! Eu sou Shelby, o diretor.

Ajustei meus óculos e o dei um sorriso fraco.

— Então estou no lugar certo. Tudo estava tão quieto que duvidei se tinha lido o endereço certo.

Ele apontou para a enorme porta de madeira e subi os degraus com o diretor me dando instruções sobre as aulas e apontando para as direções. O interior daquele lugar era seco, não havia decoração ou tapeçaria, mas o que me chamou atenção, e me fez encarar por muito tempo, foi uma espécie de brasão. Bom, toda universidade tinha, e um mascote também. Porém, a tapeçaria enorme de cor vintage entre um bege amarelado tinha estampado uma caveira enorme, com as siglas TVS em destaque.

— Sinistro..._ sussurrei baixinho, sentindo um calafrio subir por minha espinha, enquanto o diretor continuava contando histórias que nem mesmo estava ouvindo.

O segui por longos corredores e ele apontou para fora. Cai meus olhos no que era os fundos de toda aquela estrutura. Havia um enorme gramado, até que estava verde, e ao fundo arquibancadas de concreto, altas o bastante para alguém poder cometer suicídio ao pular lá de cima.

E finalmente tinha visto algum rastro de humanidade nesses corredores. Alguns alunos estavam jogando alguma coisa, outros apenas sentados nos primeiros degraus largos da arquibancada. Perguntei-me se havia algum corajoso para subir até o último e olhar a vista lá de cima.

— Vou guia-lo até seu dormitório. Mais tarde conhecerá seu colega de quarto. E mais uma coisa... Não saia após o toque de recolher. _ ele disse sério e pisquei algumas vezes o encarando cético _ Os corredores são assombrados!_ ele riu com leve escárnio e o dei um sorriso forçado e nervoso.

Os corredores eram longos o bastante para dispensar qualquer caminhada ou corrida matinal. E as escadarias também ajudariam a dispensar qualquer outro exercício extra. Deveria fazer um mapa desse lugar para não me perder.

Já estava a ponto de pedir um momento ao diretor para recuperar o fôlego, quando ele parou apontando para uma porta.

— Seu quarto. _ ele disse tranquilo, abrindo a porta _ MATANDO AULA DE NOVO FRANKLIN?

O homem se estressou tão abruptamente que me assustei. Parado diante da porta, duas camas de solteiro ocupavam os cantos opostos do quarto. E deitado em uma delas, presumi ser meu colega de quarto.

Senhor Shelby suspirou pesadamente e alisou o rosto impaciente.

— Vou deixar passar dessa vez, mas na próxima você vai para detenção!

Franklin estremeceu, e tive certeza que queria passar longe do que seria a detenção apenas pela reação de meu colega de quarto.

— Não vai acontecer de novo senhor. _ Franklin murmurou de forma metódica, parecendo sem qualquer tipo de remorso.

— Este é Spencer! Seu colega de quarto. O ajude a se familiarizar com o edifício, aulas e regras.

Franklin me olhou de esgueira, baixo a cima julgando toda minha alma. Ele tinha algumas tatuagens expostas pela regata branca. Seus cabelos castanhos escuros eram um pouco mais longos e com um pouco de esforço certamente poderiam ser amarrados para afastar as franjas que caia em mechas uma de cada lado de seu rosto. Havia um cigarro aceso em sua mão, deixando o cheiro horrível do tabaco e um estranho cheiro fósforo impregnado no quarto.

Ótimo, Spencer! Mais um sinal que você deve dar meia volta. Senhor Shelby pousou a mão em meu ombro e me encarou diretamente.

— Pode me procurar se tiver alguma dúvida. Estou na minha sala na maior parte do tempo.

Acenei e ele se foi, fechado a porta atrás de si. E agora era eu e meu colega de quarto, nos encarando de forma cética em silêncio. Ele tentando decifrar que tipo de pessoa eu era, e o contrário. . Ele deu uma boa tragada no cigarro, deixando a fumaça escapar logo em seguida.

— Metade do TVS deve saber meu nome agora..._ele praguejou indiferente_ Então, você fuma? _ neguei com um balançar de cabeça e ele deu um peteleco em seu cigarro _ bebe? _ neguei e ele arqueou a sobrancelha _ drogas?_ neguei um pouco mais intenso e Franklin soltou uma risada nasal como se não acreditasse nem um pouco em mim. _ Furto ou homicídio?

Apertei as sobrancelhas e maneio a cabeça para trás.

— Não..._ disse estranhando aquela pergunta.

— Ah!_ ele balançou os dedos com o maço do cigarro entre eles. _ Entendi!_ Olhei ao redor sem entender e coloquei minha mala sobre a cama. _ Terrorismo!

Engasguei com minha própria saliva e me virei para encara-lo.

— Isso também não!_ disse ainda meio engasgando e Franklin apertou as sobrancelhas. Me avaliou baixo a cima novamente.

— Ah! Vamos lá! Deixe de timidez! O primeiro dia é sempre um saco aqui! Você tem medo de todo mundo, e todo mundo quer saber quem é você.

— Bom, não me envolvo com nenhuma dessas coisas. _ dou de ombros, e Franklin levantou da cama pegando o livro que tirei de dentro da mala e deixei sobre a cama. Ele avaliou como se fosse um bicho de sete cabeças e o devolveu ao lugar desdém.

— Ah... É filho de político. _ Quando ele abriu a porta, o olhei baixo a cima em julgamento. Talvez fosse melhor ficar calado. _ Depois você arruma suas coisas. Vêm! Vou te mostrar os lugares que realmente importam nesse lugar.

Deixei de lado minha tarefa e o segui, enfiando minhas mãos no bolso de meu casaco.

Franklin deu mais uma boa tragada em seu cigarro e procurei em silêncio qualquer placa que tal ato era proibido.

— Você conheceu o primeiro andar, não é? A maioria das salas de aula fica lá. _ ele comentou baixo sem muito interesse. _ o refeitório fica nesse mesmo andar, mais ao norte do prédio.

Ele apontou o sentindo, sua voz rouca graças ao cigarro entre os lábios. Mal tinha conhecido meu colega de quarto, mas já tinha vontade de arrancar aquele cigarro e o jogar pela janela... O colega de quarto.

— Oi Frank!_ uma garota bonita passou por nós o cumprimentado de jeito malicioso, ele sorriu largo com o maço entre os dentes,mas seus olhos estavam vigilantes nela, com um brilho estranho._ Quem é seu amigo?

Ele bateu em meu peito, e apontou para meu rosto de forma desleixada.

— Spencer. Filho de político!

A garota me olhou baixo a cima, era difícil saber se o sorrisinho dela estava caçoando de mim ou apenas era seu próprio jeito. AS pessoas aqui eram realmente estranhas de ler. Como se fossem blindados...

— Nunca confirmei isso. _ murmurei ajustando meu óculos, e Franklin bateu alguns tapinhas em meu ombro, voltando a nossas andanças sem pressa.

— Fica longe do terceiro andar! _ ele disse sério de mais para ser o mesmo cara de momentos atrás. _ E da detenção também!

Ele voltou a olhar para frente de forma relaxada.

— Onde fica a biblioteca?

Parou de repente, se virando devagar para me olhar de forma estoica, esticou os lábios e apertou as sobrancelhas.

— Não faço ideia!_ele soltou em um sopro.

Minha boca ficou aberta quando ele voltou a caminhar com a mesma indiferença que emanava. Estranhamente calmo a tudo ao redor, como se nada no mundo fosse capaz de importuna-lo.

— Franklin, vai participar do intercolegiado?_ alguém perguntou ao longe e meu colega de quarto deu um tapa no ar.

— Só se esse ano eles inventarem a categoria amante vagabundo. Essa eu trago medalha de ouro pra gente.

Risadas ecoaram daquele pequeno grupo, e seus olhos caíram de forma curiosa e vigilante em mim, mais ninguém disse nada. Mais um calafrio subiu por minha espinha, mas tentei ignorar, apenas me mantendo em silêncio.

Franklin estagnou de repente, dando uma intensa tragada em seu cigarro, seus olhos estavam fixos na parede lisa, sem decoração, quadro ou qualquer outra coisa. Apenas aquele cinza que mais parecia concreto queimado e uma pequena trinca na parede.

Ele desviou os olhos de forma entediada, soltando um bocado de fumaça que impregnou no ar e me fez apertar o nariz em desagrado. E através daquela cortina cinzenta e fétida, meus olhos caíram em uma garota muito bonita, que fez até meu coração acelerar. Ela usava coturnos, um jeans surrado e uma regata justa. Tinha um livro aberto em mãos, descendo os degraus sem nem mesmo olhar para eles. Seus cabelos pretos lisos curtos na altura do alto dos seios.

Ela subiu vagarosamente como se tivesse sentido em seus poros que eu estava a observando. Franklin me olhou de esgueira e me deu um tapa abrupto na parte posterior de minha cabeça, me curvando de com o impacto.

Sem entender a reação dele praguejei. E quando me levantei, o vislumbre dela havia desaparecido. Franklin balançou aquele cigarro rente ao meu rosto, me fazendo torcer o nariz em desagrado novamente.

— Tira os olhos da Nahí ou vai perder eles!_ele disse sério sem perder aquela postura desleixada.

— Eu estava olhando pro livro. _ menti ajustando meus óculos e Franklin soltou uma risada nasal, obviamente não acreditando em mim.

— Ela adora ler. Sempre está com um livro diferente. Mas ninguém nunca ouviu uma palavra sequer sair da boca dela. _ Franklin deu de ombros _ Completamente inacessível para qualquer um. Uma muralha sem rachaduras..._sussurrou em sopro pensativo.

— Talvez ela saiba onde fica a biblioteca. _comentei de forma inocente e Franklin gargalhou alto como uma gralha.

— Você está procurando um jeito de morrer no seu primeiro dia? Ou você é muito louco, ou é muito burro! Se estiver, me avise para não perder esse evento.

Ele jogou o cigarro em uma lata de lixo finalmente. E realmente aquele lugar era bem limpo apesar de não tem nada para decorar.

— O que há de errado em perguntar onde fica um cômodo em específico?_ apertei as sobrancelhas e Franklin me encarou severo.

— Regra número um do The Villains School, Spencer: _ ele apontou para o brasão da universidade na parede_ Jamais, em hipótese nenhuma, fale esse nome fora dos portões. Regra número dois...

Eu ainda estava digerindo a primeira e se eu tinha ouvido aquilo mesmo. Enquanto encarava estarrecido o brasão.

— O que você disse?_ perguntei em um sopro e Franklin estagnou, vendo a incredulidade em meu rosto. Sua boca ficou aberta e então ele apertou as sobrancelhas e tombou sutilmente a cabeça. Seus olhos vasculharam minuciosamente meu rosto, como se pudesse enxergar meus ossos por baixo da carne e alma.

— Você sabe que está no The Villains, não é?

— Isso é uma universidade, certo?_ perguntei cobrindo minha boca com as mãos e meus olhos estavam arregalados.

Franklin ficou cético olhando para meu rosto antes de olhar ao redor, conferindo se estávamos sozinhos no corredor, seus olhar tinha mudado parecia que algo tinha o iluminado enquanto eu estava fundando lentamente em meu próprio interior.

— Spencer... Furto, homicídio, terrorismo?_ ele perguntou de novo baixo em um sopro, neguei com minha mente boba.

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oiii pessoal! como vocês estão? Espero que estejam bem. E aqui vos entrego mais uma obra. É uma historia pequena, o livro é único. Espero que gostem. Alem disso este livro está disponível no modelo físico para venda no site da uiclap. Caso vocês desejem adquirir se exemplar no meu instagran literário @autoraj.k.Carvalho deixo os leitores a par de novidades.

Esse livro tem uma pegada mais anos 70, 80 e 90, com referencia a músicas da época. Aconselho que ouçam as músicas e vejam as traduções e os clipes para entenderem algumas referencias.

Lembrando que essa autora pede encarecidamente que vocês não façam pdf. a pratica me prejudica muito pessoal. então por favorzinho ;-; não façam ou comprem pdf dos meus livros.

Amo vocês! Boa leitura!

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