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Paixão de sangue
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3
Capítulo

Ela era uma mulher comum até que foi notada por um perigoso e charmoso vampiro, ele a transformou achando que foi para ensinar-lhe uma lição mas com o tempo descobre que foi mais que isso...

Capítulo 1 A transformação

O dia estava lindo, do jeito que eu gosto. Estava nublado, um clima tão agradável, era final de inverno, a primavera já estava chegando e eu ficando mais velha, meus 27 anos havia chegado.

Eu não estava feliz, apesar da minha mãe sempre dizer que era o meu dia e que eu deveria estar radiante, eu nunca gostei de fazer aniversário, o que é que tem de bom em ficar mais velha? Eu confesso que tenho medo da velhice, acho que todos tem e eu nunca vi motivos pra comemorar mais um ano em que eu fico perto da morte.

Tirei o telefone do gancho, não quero ter que forçar um sorriso falso pra agradecer pelas pessoas me parabenizando, então eu abri um vinho, acendi a lareira e fiquei lendo um livro de romance. Sempre gostei desses romances clichês, acho que é porque no fundo eu queria viver aquilo mas ao mesmo tempo eu ficava triste porque não achava que seria capaz, enfim, esse sempre foi um dos motivos por eu ser tão depressiva e ansiosa, cheguei em um ponto que nem os remédios me ajudavam mais, e terapia? Isso nunca cogitei. Não vou contar minha vida e meus sentimentos pra um estranho, prefiro guardar eles pra mim.

Acordei com batidas na porta, já era umas 16 horas da tarde, nossa como eu dormi, estava muito cansada, precisava desse sono, levantei meio sonolenta ainda e fui ver quem era, quando abri não fiquei surpresa porque já imaginava que elas viriam, eram minhas amigas me chamando pra sair e comemorar meu aniversário em um bar, na verdade eu acho que elas só querem uma desculpa pra beber, mas elas eram tudo que eu tinha então eu topei ir mesmo não estando nada animada.

Enquanto estávamos nos arrumando, ficamos conversando e eu já estava de saco cheio delas, só falando de homem e do quanto queriam casar e blá blá blá, eu só quero paz, minha vontade é mandar elas calarem a boca mas como eu disse, elas eram tudo que eu tinha, então eu as aturava.

Saímos de casa já era 20 horas da noite, essa hora eu queria estar dormindo, nunca fui muito de sair e não gosto de gente, mas enfim, eu não sei porque eu fui, deveria ter dito não, já estava arrependida de ter aceitado, mas enquanto estava perdida em meus pensamentos a gente já havia chegado e eu nem percebi. Olhando do lado de fora tinha cara de lugar sujo frequentado por pessoas medíocres. Bom, vou entrar e ver como é e se eu não gostar eu vou embora.

Depois de muita bebedeira e conversa jogada fora, claro, nada de bom, a gente só falou besteiras e como eu já estava bêbada eu me deixei levar pela conversa, eu estava me divertindo afinal, não foi de todo ruim, mas ainda acho aquele lugar com cara de sujo frequentado por pessoas medíocres.

Enquanto estávamos conversando entrou um homem alto, muito branco, parecia uma vela, seus olhos eram castanhos e seu cabelo também, tinha um rosto singular, estava usando um belo terno, entrou elegante e charmoso e sentou do outro lado do salão, enquanto ele se sentava eu fiquei parada observando, ele chamou a minha atenção. Minhas amigas não o perceberam mas eu estava ali com os olhos fitados nele, sem entender o que me chamou a atenção naquele homem, ele era um homem muito bonito e charmoso mas não era só isso e eu não conseguia entender o que era, mas ele me atraía, e ele me olhava do mesmo jeito, estávamos ali, dois estranhos se encarando sem sequer dar um sorriso. minhas amigas me chamaram mais de uma vez pra que eu voltasse, estava perdida em meus pensamentos tentando entender o que estava acontecendo. Elas queriam ir embora porque já era quase três da manhã e todas íamos trabalhar no outro dia. Levantamos, pagamos a conta e saímos de lá, elas foram rindo e conversando e eu ainda perdida em meus pensamentos. Eu deveria ter ido até ele antes de sair e me apresentado? Mas por que eu faria isso? Não tive interesse nele como homem, pelo menos eu acho que não. Apesar dele ser muito bonito acredito que não era só isso que me chamou a atenção, eu conheci muitos homens bonitos, eu era garçonete e já havia visto todo tipo de gente. Um grito interrompeu meus pensamentos, quando me virei e olhei para trás vi a cena que ficou marcada em minha memória até hoje e acredito que ficará para sempre. Minhas amigas estavam caídas no chão com o pescoço dilacerado, como se tivessem sido atacadas por um animal selvagem e de pé se aproximando de mim vinha aquele homem, aquele em que eu estava a pensar, o homem do bar. Ele vinha ajeitando seu terno impecável, parou diante de mim com o rosto coberto pelo sangue de minhas amigas, pegou seu lenço no bolso do palitó e calmamente se limpou. Eu quis correr mas eu estava congelada, não sentia meu corpo e não conseguia pensar direito, não entendia o que estava acontecendo e me sentia perdida, mais do que eu já era. Com uma voz suave ele me perguntou:

_Por que eu deveria deixar você viver?

Nesse momento eu fiquei cheia de raiva, ele matou as minhas amigas em um piscar de olhos como se fossem animais e ainda quer fazer joguinhos comigo? Quem ele pensa que é? Cheia de raiva o respondi.

_Não faz diferença pra mim.

Ele me olhou indignado e confuso com minha resposta, deve ter achado que eu ia implorar pela minha vida, mas eu sou orgulhosa e jamais faria isso, ainda mais pra um assassino sem escrúpulos.

Então ele me pegou pelo pescoço e me jogou contra a parede como se eu não fosse nada, como se fosse uma pena. Eu fiquei assustada com a força dele, como ele conseguiu fazer aquilo? enquanto eu estava tentando assimilar o que estava acontecendo, ele se aproximou e transtornado me disse.

_Você não é ninguém pra me desafiar dessa forma, você é menos que um rato, eu vou lhe ensinar a respeitar uma autoridade.

Nesse momento ele abriu a boca e eu vi suas presas e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ele mordeu meu pescoço e eu apaguei.

Acordei em um lugar escuro, parecia uma cela acolchoada e enquanto olhava em volta tentando entender onde estava, aquele maldito estava me olhando através de um vidro e quando eu olhei pra ele, ele sorriu, um sorriso cheio de malícia que me encheu de raiva, mas não senti só raiva, eu senti algo terrível, era uma sede ou fome eu não sabia explicar, eu precisava de algo mas não sabia o que era, minha garganta queimava e minha boca salivava, ele entrou onde eu estava e falou:

_Você precisa se alimentar, isso que está sentindo é fome.

Com um canivete que tirou do bolso ele abriu o próprio pulso e estendeu o braço para mim, sem pensar eu avancei nele e bebi do seu sangue como se fosse um animal. Acariciando meu cabelo com a outra mão ele diz:

_Isso minha criança, beba, sua nova vida começou.

_Enquanto bebia eu sentia mais vontade e queria mais, era um êxtase ainda melhor que sexo, ele me empurrou no chão e disse:

_Chega, já é suficiente, assim você vai secar minhas veias.

Nesse momento eu volto a mim e entro em desespero com o que acabei de fazer.

_O que você fez comigo? - Perguntei gritando e aos prantos e ele com deboche e cheio de si me respondeu:

_Te ensinei uma lição que vai levar pela eternidade, deve respeitar as autoridades que estão acima de você, te transformei no que eu sou, uma vampira, te dei um destino pior que a morte e a culpa disso é sua, você escolheu assim quando me afrontou, agora seja bem vinda ao inferno, querida!

Sem acreditar e indignada com o que ouvi eu o empurrei pra longe de mim e sai correndo dali, ele havia me levado até um hospital psiquiátrico abandonado nos limites da cidade, eu estava longe de casa e então voltei correndo. Enquanto corria eu pude perceber que estava mais rápida e não me cansada, cheguei ao meu bairro e fui andando com calma. Chegando na rua onde morava, pude ver carros de policia do lado de fora e então eu me apressei pra chegar logo em casa, nesse momento alguém me puxouera aquele maldito.

_Como chegou aqui tão rápido?

_Eu sou mais velho que você, mais rápido e sei de coisas que você não sabe, além de claro, ser melhor que você.

Nesse momento eu revirei os olhos e ele não gostou.

_Pare com esse sarcasmo, foi um dos motivos pelo qual transformei você, então mais respeito.

_Como se você fosse algum deus pra decidir algo sobre a minha vida.

_Quase isso, agora venha comigo que eu preciso te ensinar algumas coisas.

Eu senti que precisava dele, então o segui. Voltamos até aquele hospital imundo, que lugar deplorável, era inabitável e ainda assim estávamos ali.

_Você mora aqui?

_Não, estou de passagem.

_Era melhor ter procurado um hotel.

_Não posso me arriscar a ser encontrado.

_Encontrado por quem? Pela polícia? Cometeu outros assassinatos como esse em outro lugares?

_Não é a polícia, é algo bem pior

_O que é?

_Tudo a seu tempo, já te explico tudo, me acompanhe.

O segui até uma cela que parecia um escritório, era limpo e agradável , tinha um sofá grande e aparentemente confortável, uma mesa com duas cadeiras e sobre a mesa alguns papéis e uma máquina de escrever, além de uma cômoda e uma arara onde tinha alguns ternos pendurados. Entrei e me sentei naquele sofá, e ele realmente era bem confortável, quando ele me viu sentada foi logo dizendo:

_Levante e sente-se aqui.

E puxou a cadeira pra mim, eu sentei e ele sentou na cadeira à minha frente e me olhou em silêncio por alguns segundos, parecia que estava pensando em como me dizer algo delicado. E então começou:

_Não existe um jeito fácil e nem bonito de dizer isso então ai vai. Você é uma vampira assim como eu.

Nesse momento eu senti um frio percorrer por todo o meu corpo, eu já desconfiava mas não queria acreditar, eu estava louca, aquilo não estava acontecendo comigo.

_Como eu já disse, eu estou de passagem e vou embora logo então vou te ensinar o essencial para que sobreviva sem fazer besteiras. Existem outros como nós, existem clãs e existe acima de todos os clãs, A Lança, uma organização com os vampiros mais velhos e poderosos que andam pela terra e reinam sobre todos os outros, acredita- se que são os mais próximos do nosso pai criador, Caim. Em cada cidade tem um príncipe representando essa organização e devemos sempre ir até eles nos curvar, apesar deles sempre saberem quando chegamos, devemos ir por respeito e reverência. Existem leis e quando quebradas existem punições severas, não como no mundo dos mortais mas punições piores que a morte, cada uma de acordo com seu crime. Você não pode sair à luz do sol, só Caim pode. Nunca se alimente diretamente de humanos, você é uma recém criada e não tem autocontrole, e sugar até a última gota de sangue de um humano não é o tipo de atenção que precisamos, até porque é proibido na nossa lei matar um humano sem a permissão da Lança e você não vai querer nunca ter uma audiência com eles onde você é a ré. Eu não tenho mais tempo, lembre-se sempre de se misturar com os humanos, aprender a conviver com eles é a chave da nossa sobrevivência, viva discretamente, e você pode sobreviver de sangue de animais mas isso te deixa fraca, você é forte mas não muito porque é uma bebê vampiro e os seus poderes...

Nesse momento alguém com uma voz estridente gritou:

_Nós sabemos que está se escondendo aqui Gerrard.

_Eu preciso ir, não faça barulho e não saia daqui, não sabem de você, se ficar quieta conseguirá escapar.

Disse ele enquanto saia às pressas e trancava a porta por fora me deixando presa na cela. Eu não conseguia ver e nem ouvir nada do que estava acontecendo lá fora, mas me lembrei do que ele havia dito e enfiei debaixo da mesa e fiquei lá por algumas horas, encolhida de medo como um rato se escondendo de um gato em um buraco.

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