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Amor além do ódio

Amor além do ódio

Duda Padilha

5.0
Comentário(s)
139
Leituras
5
Capítulo

Ele colecionava mulheres, e por um capricho seu fez Molly Glover, uma poderosa mulher de negócios se apaixonar. Uma aposta... Uma vingança... Um casamento... E no final uma tentativa desesperada de ressuscitar o Amor além do Ódio.

Capítulo 1 Amor além do ódio

Estou

em meu escritório, observando pela janela, a chuva cair lá fora.

Tento

manter a paciência, enquanto aguardando meu assistente trazer uns documentos,

que pedi a ele a uns dez minutos atrás.

De

repente ouço a porta se abrir, e surge em minha frente, o desengonçado rapaz

com um monte de pastas nas mãos.

-

Desculpe a demora Sra. Glover.

- É

que a documentação que a Senhora Pediu, estava em um lugar de difícil acesso lá

no arquivo.

Eu

olho para ele, e tento controlar minha insatisfação por sua demora.

Dou

um longo suspiro e digo:

-

Achei que tivesse que enviar uma equipe de buscar, para resgata-lo no arquivo.

O

rapaz me olha desconcertado, e eu me sinto culpada por ter sido grossa.

E

para suavizar a situação, eu digo:

-

Obrigada Jonas, coloque as pastas em minha mesa.

Ele

então se aproximar de minha mesa, mas ao tentar colocar as pastas, ele acaba

deixando todas elas caírem no chão, espalhando completamente os documentos.

Eu

fecho os olhos, e mentalmente conto até dez, e quando os abro, não consigo

desfaça a fúria que estou sentindo.

Jonas

olha para mim, ajeita os óculos e diz:

- Me

perdoe Senhora Por ser tão desastrado.

Eu

não digo nada, pois se eu abrir minha, direi algo que me arrependerei em

seguida.

Eu

fico observando ele pegar as pastas do chão, e as colocar em cima da mesa.

E ao

terminar, ele se vira para mim novamente, e me pergunta se desejo algo mais.

Eu

em pensamento, digo que desejo, que ele desapareça da minha frente.

Mas

contenho meus impulsos, pois sei o quanto o pobre rapaz fica nervoso perto de

mim.

Eu

agradeço, e digo que não preciso de mais nada.

Ele desaparece

de minha frente como um raio, e eu suspiro aliviada por ter resistido a

tentação de manda-lo direto para o RH.

Sei

o quanto ele precisa desse emprego, e eu preciso ter mais paciência com as

pessoas ao meu redor.

Eu

sento em minha cadeira, pego as pastas, e começo a examiná-la as.

Tenho

que fechar contrato com uma empresa japonesa, seus representantes já estão aqui

na cidade, á uma semana aguardando uma resposta minha.

Fechar

contrato com eles será ótimo para os negócios.

Será

uma oportunidade única, de mostrar para minha família, que papai não errou em

me deixar no comando da empresa.

Ele

sempre dizia que de todos os filhos, eu sempre fui á única com pulso firme.

E

apesar, de ser a única mulher no meio de oito irmãos; Eu sou sim, a mais

qualificada, a dirigir a empresa que tanto nosso pai lutou para transformar na

maior exportadora do Brasil.

O

dia passa lento, mas no final, consigo fechar contrato com os japoneses.

VITÓRIA!

Por

volta das 19h40min da noite, ouço meu celular tocar.

Pego

para ver quem é, e vejo que se tratar de minha amiga Vera.

Decido

atende sua ligação.

-

Diga vera!

-

Como vai Molly, sua poderosa!

-

Bem, e você?!

- Eu

estou ótima, mas você com essa voz parece esta péssima.

-

Você me conhece bem. – Digo.

-

Exatamente gata, são anos de convivência.

Sorrio

ao ouvir suas palavras,

Vera

é uma amiga de longa data.

conheci, quando meus pais me obrigaram a fazer uma droga de acampamento de

verão.

Se

não fosse por Vera, e suas loucuras, meu verão daquele ano teria sido uma

porcaria.

A

partir daí, não nos largamos mais; Até faculdade fizemos juntas. Mas como Vera

sempre foi louca, ela não concluiu o curso.

Saiu

faltando pouco tempo para terminar, e largou tudo para ir atrás de um

motoqueiro que conheceu em uma noitada.

Coisas

de Vera.

-

Estou com dor de cabeça, o dia hoje foi puxado. – Digo.

-

Sei bem, o que pode dar fim nessa sua dor de cabeça.

-

Uma festa! – Solta ela animada.

-

Acho que você não me ouviu dizer, que estou com dor de cabeça.

-

Ouvi sim, e acho que suas dores de cabeça são faltas de sexo. – Diz

ela.

- Lá

vem você com esse assunto de novo. – Sussurro.

-

Mas é verdade, eu li em algum lugar que falta de sexo, provoca dores de cabeça

constante.

-

Não me diga! – Debocho.

- É

verdade, então já posso dizer que achei a cura para suas dores de cabeça.

-

Uma foda bem dada!

Solto

uma gargalhada com seu comentário.

-

Vera, só você mesmo para dizer essas coisas.

-

Beleza, já que sabemos qual é a cura, vamos atrás do seu antídoto que estará te

aguardando na festa.

-

Não amiga, fica para próxima. – Sussurro.

- Já

é a próxima, você vêm rejeitado meus convites á três meses. Hoje não vou

aceitar não como resposta.

Ela

tem razão, venho dispensando todos os seus convites, acho que dessa vez, não

vou conseguir escapar.

Ando

com tanto trabalho na empresa, que até me esqueço de sair para me divertir.

-

Ok, eu vou a essa festa, mas não pretendo ficar muito tempo.

-

Uhuuuuuu, enfim o Batman vai sair da caverna. – Comemora Vera do outro lado da linha.

- Me

pegue as 22h00min em minha casa, e não se atrase.

-

Beijos gata! – Diz ela encerrando a ligação.

Encosto

minha cabeça na cadeira olhando para o teto e digo a mim mesma:

-

Que droga, logo hoje que eu queria dormi cedo.

As 20h30min

já estou em casa tomando uma chuveirada bem gelada.

Ao terminar,

me enrolo em uma toalha e sigo para meu closet, procurar algo que me agrade a

ir nesta festa.

Vou

passando a mão pelos cabides, até que avisto um vestido vermelho que nunca

cheguei a usar.

Pego

ele, tiro da capa transparente que o protege, coloco ele enfrente ao corpo

olhando no espelho, e decido usá-lo. Abro á gaveta de lingeries e escolho uma

calcinha preta, não pego sutiã, porque o vestido tem um decote de V muito

grande nas costas, que vai até o bumbum.

Faço

a maquiagem leve, mas procuro ressaltar meus olhos azuis. Em meus cabelos, faço

um rabo de cavalo.

Ponho alguns acessórios, como brincos,

pulseiras. Coloco também um colar de brilhantes que ganhei ano passado de meu

pai. Por essa joia me trouxe boas recordações.

-

Que saudade meu pai, quanta falta você me faz. – Digo a mim mesma com um aperto

no coração.

Olho-me

no espelho para ver o resultado, e me agrado.

Pego

minha bolsa, coloco documentos, cartões de crédito e um pouco de dinheiro que

talvez eu possa precisar.

Saiu

do closet, e sigo em direção ao primeiro andar de minha casa.

Ao

descer as escadas, meu motorista pergunta qual carro iremos usar.

Eu

peço a ele, para tirar o Porsche prata da garagem, ele faz rapidamente o que

lhe peço.

Quando

chego á frente de minha casa, Rogério meu motorista, já está me aguardando em

pé ao lado do carro, eu digo a ele que irei sozinha, e que vá descansar.

Ele

então, educadamente abre a porta do carro para que eu entre, e antes de eu

arrancar com o carro, pede para que eu tenha cuidado.

Eu

agradeço sua preocupação, e saiu com o carro passando pelos portões de minha

casa a toda velocidade.

Chego

ha casa de Vera 22h00min, e ela reclamar, pergunta como eu consigo me atrasar

com um carro tão veloz.

Meia

hora depois, estamos chegando ha tal festa.

Ao entrarmos, vejo que a festa se trata do

aniversário do novo peguete da Vera.

-

Acaba de chegar á mulher mais linda da festa! – Diz o cara, com tom apaixonado.

Vera

se lança em seus braços, como se estivesse na seca á mil anos.

Eles

começam a trocar beijos e carícias em minha frente, me deixando totalmente

constrangida.

Os

dois tarados, ficam trocando salivas por alguns segundos, até lembrarem que eu

estou ali assistindo tudo aquilo de camarote.

-

Que cafona! – Digo revirando os olhos.

Vera

me olha toda sem graça, mais vermelha que um tomate diz:

-

Desculpa o jeito amiga força do hábito.

Ela

continua...

-

Bem, esse é Thiago Carvalho, Thiago, essa é Molly Glover, minha irmã de alma.

-

Prazer, Molly, seja bem-vinda a minha humilde residência. – Diz o simpático

rapaz me beijando a mão.

- O

prazer é meu Thiago, parabéns pelo seu aniversário.

- Eu

não trouxe presente, pois não sabia que se tratava de uma ocasião especial.

-

Imagina sua presença já é um presente valioso.

Thiago

educadamente me oferece uma bebida, e ao decorrer da noite, Vera e ele me

apresentam quase todos os convidados da

festa.

Acredito

que Vera e ele, estejam procurando algo, ou alguém que me chame atenção.

Mas

até o momento não vi ninguém, que possa me fazer querer iniciar uma conversar

interessante.

Eu

me sentindo mal, por está ocupando o tempo deles.

Digo

que vou dar uma volta para conhecer a casa.

Eles

assente, e parecem agradecidos por esse meu gesto.

Começo

a caminhar pela enorme casa, e de repente umas gargalhadas chama minha atenção.

Sigo

em direção as gargalhadas, e vejo que vem de uma sala que está com a porta

entre aberta.

Eu

paro em frente á porta, e á empurro um pouco mais, para ver quem está lá

dentro.

Eu

não calculo minha força, e a porta abre-se totalmente, revelando o grupo de

homens que gargalhava.

Eles

param de repente, e passam a me olhar com curiosidade.

Eu

os encaro, e eles me encaram de volta.

Eu

então, me viro e Saiu dali sem nem ao

menos cumprimenta-los.

Sigo

a passos largos, em direção á sala que Vera e Thiago estão.

De

repente ouço uma voz grave e sedutora dizer atrás de mim:

-

Boa noite.

Viro-me

para ver quem é, e me deparo com um dos homens mais lindos que já vi na vida.

-

Boa noite. - Sussurro tentando ser indiferente com o belo homem a minha frente.

-

Então você fala! – Diz ele em tom de deboche.

Eu

não digo nada, somente o observo.

-

Bem, deixe eu me apresentar, me chamo Eric Dornel.

-

Muito prazer. – Diz ele estendendo sua mão.

Eu

fico olhando para sua mão estendida, mas não retribuo seu cumprimento.

-

Você não vai apertar minha mão?! – Pergunta ele.

-

Não! – Respondo secamente.

Ele

parece insatisfeito com minha resposta e diz:

- Eu

não mordo, pode apera minha mão.

- Eu

sei. – Digo me virando para seguir o caminho de volta para a sala em que Vera

está.

Ele

então, me pega pelo braço, e me dar um puxão me fazendo olhar para ele

novamente.

- O

que você tem de linda, você tem de mal educada.

Eu

olho para ele com um olhar de fúria e digo:

-

Peço que solte o meu braço, se quiser continuar gozando de boa saúde.

Ele

solta uma gargalhada, e largando meu braço diz:

-

Calma, eu só quero conhecer você.

Eu

encaro seus lindos olhos verdes, que me encaram de volta.

De

repente, eu começo a sentir um estranho desejo crescer dentro de mim.

Eu

olho para seus lábios carnudos, que estão meio abertos; E percebo o quanto eles

são tentadores.

Meus

olhos continuam percorrendo por todo seu corpo, e quanto mais eu olho, mas

crescer meu desejo por ele.

Ele

é um homem bem alto, parece ter um metro e noventa de altura.

Seus

cabelos são castanhos como os meus, mas são mais claro, quase beirando o loiro.

Ele

tem também uma linda barba, e tem uma pele tão clarinha, que sua linda boca

chega a ser rosa.

TENTADOR...

-

Então, como ficamos? – Pergunta ele me tirando do meu delírio momentâneo.

-

Como ficamos o que?! – Pergunto de volta.

-

Você vai dizer seu nome sim ou não? – Pergunta ele impaciente.

-

Não! – Digo me virando, e seguindo em direção á sala em que Vera provavelmente

esteja fazendo alguma arte sexual com seu boy-man.

Dessa

vez ele não vem atrás de mim, só fica observando eu me afastar.

E

antes de entrar na sala, eu olho para trás, e ele me dar um sorriso malicioso.

Meia

hora depois, me despeço de Vera e Thiago, e volto para casa.

Preciso

acordar cedo, não tenho essa vida de boêmia dessa galera.

Tenho

uma empresa para dirigir, mas antes de pegar no sono, me vejo pensando na

naqueles lindos e tentadores olhos verdes.

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