Uma órfã que perdeu a mãe de uma forma violenta, foi colocada em um orfanato, caiu nas drogas, na prostituição e na vida do crime, mais nunca perdeu a esperança de uma vida melhor, com muitas lutas e dificuldades ela teve que encarar traições, falsidades pessoas tentando destruí-la, mais conseguiu vencer apesar das impossibilidades.
Um dia Célia estava viajando de helicóptero, ela olhava para baixo e via tudo pequeno, só dava pra ver tudo verde por causa das árvores.
Olhando para o interior do helicóptero ela contemplou várias caixas aonde continha alimentos enlatados.
O pensamento de criança não entendia direito as coisas, a única coisa que ela sabia é que sua mãe mandará buscá-la.
Logo as recordações vinha de momentos em sua casa com seus irmãos aonde ela brincava parecendo um menino, pois andava sem blusa e gostava de andar de boné com o estilingue na mão caçando passarinhos.
O irmão que ela mais gostava era o Edson, ele era apenas dois anos mais velho que ela.
Também gostava muito de sua irmã Eliane, quando brigava com Edson sua irmã Eliane a defendia e quando brigava com Eliane seu irmão Edson a defendia por ser a irmã caçula.
Eliane era apenas seis anos mais velha do que ela, mais cuidava dela como se fosse a mãe dela, pois sua mãe sempre estava ausente.
O que ela sabia é que sua mãe era mulher da vida e tinha uma casa de mulheres, a saber a famosa zona da cidade, sua mãe tinha o apelido de branca mais o nome dela era Eva.
Nas recordações ela não lembrava ao certo aonde ela ficava, e com quem ficava, mais durante o dia ela ficava na zona junto com sua mãe e irmãos, pois durante o dia sua mãe não abria o estabelecimento.
Ela recorda de um dia sua irmã Eliane estar dando banho nela em uma bacia de alumínio, falou pra ela " Célia vou buscar o pente pra pentear o seu cabelo".
Ela sabia que sua irmã quando penteava o seu cabelo ela puxava com força que a fazia sentir muita dor.
Sem pensar direito ela decidiu fugir, mais ela não foi muito longe, ela entrou em um mercado que era perto da casa de sua mãe e viu várias caixas de laranjas organizadas uma encima da outra fazendo um esconderijo perfeito.
Lá em casa sua mãe já havia dado ordens para seus irmãos procurá-la.
Já cansada de estar escondida e de brincar com algumas laranjas ela resolve sair do esconderijo.
Célia só sentiu um puxão no braço, quando ela olhou seu irmão Edson há estava levando para sua mãe.
No momento de desespero ela fer mil e uma promessas para se irmã não há entregá-la, que não adiantou nada.
Chegando em casa sua mãe a aguardava, com uma cara de nada de bons amigos, a surra resultou em duas ripas de caixa de frutas que tinha no quintal quebradas das ripadas que levou nas nádegas.
Ela também se recorda de uma vez em dormiu com a mãe e acabou fazendo xixi na cama aonde apanhou da mãe com um pente de cabelo.
Teve um dia em que ela entrou e um dos quartos de uma das mulheres que trabalhava para sua mãe e viu na gaveta da cômoda perto da cama uma bolinha marrom do tamanho de uma biróca de gude.
Ela saiu correndo e entrou no quarto de sua mãe perguntando se podia pegar a bolinha quando sua mãe falou " Aonde você achou isso, me leva até lá".
Quando sua mãe entrou e viu o achado de sua filha que beirava de conc pra seis anos, sua cara se transformou em fúria.
Pois o que a criança achará era rachiche, e ela expulsou a mulher de seu bordel, " Como pode ela trazer drogas pra minha casa sabendo que meus filhos ficam aqui comigo" Eva reclamava.
As lembranças de sua mãe era de uma mulher muito brava, um certo dia ela se esconderá debaixo de uma mesa enquanto sua mãe espancava sua irmã com um pedaço de taco de sinuca cerrado, ela o chamava de amansa louco.
Houve outro momento em que ela viu sua mãe brigando com uma mulher, ela praticamente deixou a mulher pelada, rasgando a blusa da mulher deixando está com os seios todos de fora.
Ela sabia que sua mãe era muito valente, eles tinham duas cachorras uma era vira lata porte médio e a outra era da raça piquenês.
Certo dia a cachorra vira lata ficou louca e queria morder todo mundo, ela viu sua mãe matando a cachorra com uma machadada para livrar os seus filhos.
Só depois de ter matado a cachorra que falaram de um método que podia salvar a cachorra da locura, e viu sua mãe se lamentar.
Em suas recordações ela lembrava que havia momentos em que ela estava no sítio de sua mãe, um lugar muito afastado da cidade.
Em uma brincadeira de criança ela, seu irmão Edson e sua irmã Eliane ficavam brincando de correr de um lado para o outro da rodoviária que era perto do sítio de sua mãe, e a cachorra piquenês de sua mãe ficava correndo atrás deles.
Um episódio que ela jamais irá se esquecer, em questão de segundos passou um carro em alta velocidade e acabou atropelando sua cachorrinha, ela estava de cria, a barriga da cachorra devido a violência do impacto está toda aberta que dava para ver os filhotes dentro de sua barriga.
Ela ficou desesperada, chorou muito, mais não tinha mais nada há ser feito para trazer de volta a vida da cachorra.
A cidade aonde sua mãe morava com o seu bordel era um lugar aonde existia muitos garimpeiros.
Na época em que sua mãe se mudou pra lá está tendo a famosa febre pelo ouro, aonde muitas pessoas foram para essas localidades com o sonho de ficar ricos.
Também muitas mulheres imigraram para lá para se prostituirem na esperança de terem uma vida melhor, ou até mesmo ficarem ricas, sua mãe também foi uma dessas mulheres que foram em busca de riqueza.
Muitas mulheres perderam as suas vidas, na quela época muitos perderam as suas vidas.
Um dia sua mãe lhe deu banho e colocou um vestidinho branco com várias florzinhas, e lhe falo " Célia você não se suje".
Sentando na calçada em frente o bordel de sua mãe havia um bar, ela escutou alguns barulhos como se fosse de Bombinhas e um corre corre.
Quando caiu um homem no chão com os olhos abertos como se estivesse olhando para ela e o sangue escorrendo entre a orelha, olha e nariz.
Aquele homem havia de ter sido assassinado em sua frente, ela só gritava.
Foram várias noites ela tendo pesadelos depois do dia do ocorrido, sua mãe ficou muito preocupada com ela pois ela acordava nas madrugadas aos gritos.