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Capítulo

Na busca pela adrenalina para escapar de seu passado, Sammy Scott vive uma vida intensamente e sem regras, saboreando cada momento como se fosse o último. Já, Mikael ford é reservado, mantendo-se em seu mundo íntimo, acessível apenas para aqueles que verdadeiramente ama. Enquanto ambos parecem opostos, a conexão entre eles poderia levar Sammy a explorar um novo mundo e Mikael a encontrar uma forma de cura para as cicatrizes do passado de Sammy.

Capítulo 1 4 anos antes

4 ANOS ANTES

Nome: Sammy Morgan Scott.

Passatempo: Livros e séries

Vício: Ler romances adolescentes

Idade: 14 anos

Acabei de sair da escola e estou indo para minha casa fazer as coisas que sempre faço: ler meus livros e estudar.

Sou uma garota bem dedicada aos estudos, o decorrer do dia está normal como todos os outros.

Hoje tenho que ir a um jantar de comemoração com os meus pais, meu pai foi promovido no trabalho e eu não estou com a mínima vontade de ir à esse jantar, mas tenho que ir.

Chego em casa e minha mãe está na sala sentada no sofá, vendo TV.

- Oi filha, como foi a aula? - Pergunta com um sorriso no rosto.

- Foi legal, mamãe, vou para meu quarto. - Respondo.

- Vai filha, mais tarde temos o jantar, lembra? - Pergunta.

- Sim, mãe. - Respondo sem ânimo e subo as escadas.

Entro em meu quarto, sento em minha cama, abro minha mochila e pego o livro que está dentro da mesma. Comecei ler ele há pouco tempo e estou amando. O livro é bem legal, se chama "A Culpa é das Estrelas".

Deito-me na cama e começo a ler.

[...]

Depois de ter chorado litros lendo aquele final destruidor, olho no relógio que marca 19h. Nossa já está quase na hora do jantar. Vou até o banheiro ligo o chuveiro deixando a água esquentar. Deixo a água escorrer pelo meu corpo, me deixando relaxada. Ando até meu guarda roupa e escolho um vestido rosa florido muito meigo e um sandália rosa. Visto a roupa que havia escolhido, faço uma maquiagem básica rímel, lápis de olho e gloss labial.

Quando termino o relógio já marcava 20:30h, desço as escadas e encontro minha mãe, ela está tão linda usando um vestido vermelho e um scarpin beje, ela realmente é muito linda seus cabelos são loiros e seus olhos são azuis iguais os meus ela se parece muito comigo a única diferença é que eu tenho o cabelo preto.

- Nossa filha, você está muito linda. - Minha mãe fala.

- Obrigada mãe, mas claro que a senhora está mais. - Falo e sorrio.

- Que é isso filha. - Fala.

Ela sempre foi muito atenciosa, carinhosa, ela sem dúvida pode não ser a melhor mãe do mundo, mas pra mim é, ela é a pessoa mais incrível que conheço, tenho tanta sorte em a ter como mãe não sei o que seria de mim sem ela, ela é meu porto seguro a pessoa que mais confio no mundo.

- Nossa, como minhas duas rainhas estão lindas! - Meu pai fala me despertando dos pensamentos fazendo eu e mamãe rir do seu jeito engraçado de falar.

Meu pai é muito legal, divertido, alegre e sorridente; ele sempre me aconselha e é muito atencioso

- O senhor está um gato, toma cuidado, mãe, podem querer roubar ele de você. - Falo rindo e minha mãe ri também.

- Pode deixar filha. - Minha mãe fala.

- Então, vamos? - Meu pai fala.

Saímos de casa indo em direção ao restaurante, no caminho percebo que há um carro nos seguindo, mas não dou muita importância deve ser apenas uma coincidência.

[...]

Na chegada ao restaurante sinto duas mãos me agarrando por trás e colocando uma arma em minha cabeça.

Olho para o lado e vejo que também pegaram minha mãe, eu estou desesperada e chorando. Mamãe também.

- Por favor, as solte! - Meu pai fala chorando. - Eu dou o que vocês quiserem, mas as solte.

- Não queremos dinheiro. Agora fique quieto se não eu atiro nela. - Fala apontando a arma para minha cabeça.

- John, não faz nada! - Minha mãe fala aos prantos.

Colocaram-nos dentro do carro e dirigiram. O homem loiro coloca sacos pretos em nossas cabeças e nos amarra, não sei o porquê de tudo isso, mas estou muito assustada e com muito medo do que poderá acontecer.

Quando tiram os sacos de nossas cabeças minha mãe fica perplexa, há uma mulher que eu nunca vi antes, seus cabelos são loiros e longos e ela tem uma cicatriz no rosto. Ela sorri, seu sorriso é perverso e da medo.

- Victoria? Por que está fazendo isso? - Minha mãe diz ainda chorando.

- E ainda pergunta? você estragou minha vida, você e aquelas suas amiguinhas. Quero que pague por tudo que já fez, pelo o que fez eu me tornar, quero vingança, sua vida é perfeita enquanto a minha se tornou uma droga, você tem uma família, é rica e eu te odeio por isso. Quero seu pior, quero que sua filha veja tudo e quero que ela sofra me vendo matar você, lembra de como você era popular na escola de como sempre teve todos a sua volta? Lembra-se das suas amiguinhas? Matei uma por uma, agora só falta você. - Victoria fala.

- Por favor, não faça isso. - Grito aos prantos.

- Lembra-se do que vocês fizeram comigo?! - Ela mostra uma cicatriz nas suas costas e a de seu rosto.

- Por favor, Victoria, não faz isso comigo, eu me arrependo muito do que eu fiz, eu era uma completa idiota me desculpa, por favor. - Mamãe fala aos prantos.

- Desculpas não adianta! Você estragou a minha vida. - Victoria fala com ódio em seus olhos.

- Solte minha filha, ela não merece pagar pelos meus erros não faça nada à ela. - Mamãe fala.

- Sabe, querida, sua mãe não é essa pessoa boazinha que todos pensam, vou lhe contar o porquê vou a matar. - Fala e eu apenas choro.

- Sua mãe e as amiguinhas dela eram as mais populares da escola, sempre quis ser como elas, mas todos me desprezavam. - Fala enquanto olha fixamente para minha mãe.

- Victoria, por favor, não - Mamãe fala.

Quando chegou o dia do baile de formatura sua mãe veio até mim e disse que o cara mais popular e o que eu era apaixonada estava afim de mim e que era para eu esperar ele no banheiro feminino. Como eu era ingênua, acreditei, fui até o banheiro e fiquei esperando horas e horas. - Ela anda em direção a minha mãe e puxa em seu cabelo e minha mãe chora descontroladamente.

- Quando eu ia sair a porta estava trancada eu estava desesperada, e nesse momento a escola estava pegando fogo e eu estava no banheiro trancada, tinha muita fumaça dentro do banheiro então desmaiei, quando acordei estava em uma cama de hospital e com meu rosto deformado. Depois disso minha vida se tornou uma droga, todos meus sonhos foram embora, me tornei uma pessoa fria e passei minha vida planejando essa vingança. - Victoria fala com muito ódio. - Eu nunca vou te perdoar por isso Mary.

Não posso acreditar que minha mãe fez isso. Ela é tão boa, mas talvez ela se arrependa disso.

- Victoria eu me arrependo de tudo isso, perdoe-me, por favor. - Minha mãe fala chorando muito.

- Não te perdôo! Você agora vai sofrer como eu sofri. - Victoria fala.

Um de seus capangas entrega ela um ferro quente e ela coloca sobre o rosto da minha mãe.

Mamãe grita de dor enquanto eu grito e choro.

- Por favor, não faça isso! - Eu grito desesperada.

Ela pega o revolver e aperta o gatilho e dispara dois tiros no peito da minha mãe.

- Mãe! - Choro. - eu te amo, por favor, não me deixa. - Falo desesperada e gritando. Olho para Victoria e ela está sorrindo, aquele sorriso sombrio que me fez ter medo.

- Eu te odeio Victoria, eu vou te matar. - Falo gritando e com muito ódio e raiva.

Tudo que eu sinto nesse momento é uma dor que nunca havia sentido. Uma dor tão grande, é como se o mundo tivesse desabado em cima de mim, e de fato ele desabou.

Victoria manda um de seus capangas me bater.

Cada chute que levo não se compara com a dor que estou sentindo em meu coração, minha barriga está sendo chutada com bastante força.

Ouço o barulho de sirenes. Victoria e seus capangas saem correndo, tento me arrastar até o corpo de minha mãe, mas não consigo, minha boca sangrava e minha vista começou a escurecer até ficar tudo preto por completo.

[...]

Olho para os lados e vejo meu pai sentado ao meu lado.

Que lugar é esse?

Todos as lembranças voltam e me dou conta que estou no hospital.

Olho para meu pai ele está com uma aparência muito triste, há olheiras em seus olhos e parece que ele não dorme há muito tempo.

- Pai, me diz que tudo aquilo foi um pesadelo. - Falo com os olhos marejados.

- Não, filha, não foi. - Meu pai fala com lágrimas caindo de seu rosto.

- Eu vou matar Victoria nem que seja última coisa que faça na vida. - Falo.

A partir daí percebi que tudo iria mudar, que contos de fadas não existem e que as pessoas são más.

Victoria terá seu fim...

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