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A vida é o que você faz dela!

A vida é o que você faz dela!

Cali Bo

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Capítulo

O que é uma vida perfeita para você? Costumam dizer que a minha é uma dessas. Namorado perfeito, notas perfeitas, pais perfeitos... O que não te contam sobre essa vida é o quanto ela pode ser desestimulante. Às vezes, você só quer perder o controle, dar liberdade às suas vontades mais ocultas, ser legitimamente jovem. Então, me diga: o que uma garota precisa fazer para se divertir por aqui? Ta na hora de eu virar tudo de cabeça para baixo, porque a vida é o que você faz dela.

Capítulo 1 Essa é a minha vida hoje: entediante.

- Não dava nem para acreditar!

- Isso mesmo, cara. Ela estava muito louca aquele dia, ninguém conseguia ficar perto...

Mais uma sexta-feira, como todas as outras dos últimos 3 anos. Essa conversa fiada que estou ouvindo agora vem do herdeiro das Indústrias Miller, a maior empresa de investimentos do país. Dizem, as más línguas, que é um dos caras mais cobiçados da cidade e não é para menos. Estou observando e, realmente... Esses cabelos loiros, olhos claros e sorriso perfeito são muito atraentes, fico pensando em que momento ele se tornou tão monótono para mim.

Ah, detalhe importante: o tal herdeiro das Indústrias Miller, é o meu namorado, Dilan Miller.

- Alô? Terra para Aly, chamando. - Dilan aumenta o tom de voz, estalando os dedos em frente ao meu rosto.

- Desculpa, acabei me perdendo no meio da história. - tentei disfarçar, mas isso já aconteceu tantas vezes nas últimas semanas que não sei até quando vai colar.

- Não esquenta, depois te atualizo. Vamos indo? Você vai direto comigo ou quer passar em casa antes? A galera deve chegar às sete.

- Na verdade, combinei de encontrar a Bri aqui, ela já deve estar chegando. Vamos comprar algo para hoje à noite.

- Boa! Se quiser minha opinião, qualquer coisa que deixe essas pernas para jogo é tiro certo. - me puxou pelo queixo e me beijou. - vou indo então. Quando estiver pronta me avisa, mando alguém te buscar.

- Sim, senhor. Até mais tarde.

Sigo em direção ao Luna's, simplesmente meu café preferido no mundo, parada obrigatória pelo menos 2 vezes por semana. Mais ou menos assim que segue a vida, cheia de paradas obrigatórias. Coisas que fazemos há tanto tempo que, hoje, nem nos lembramos mais o porquê. Quem começou isso? Por que aqui? Por que nesse dia? Ando questionando tudo nos últimos tempos, séra que...

Esbarro com força em alguém na entrada da cafeteria.

- Ai, meu Deus. Mil desculpas. Eu sou muito desastrada, não foi por... - olho para cima e todas as palavras que um dia eu aprendi, desapareceram.

- Imagina, Aly, foi culpa minha. - diz, entregando o meu celular que havia caído.

- Chase? Chase Reed? É sério isso? - digo, ainda em choque.

- Em carne e osso. - ele dá um meio sorriso. E que sorriso... - Fico feliz em ter esbarrado com um rosto familiar por aqui.

- Fico feliz em ter esbarrado em você também. Quer dizer, com você. - que isso, Alyssa? Se recomponha, mulher.

- ALY! - escuto a voz estridente da Brittany atrás de mim. - Amiga, me desculpa o atraso, o trânsito estava impossível hoje. Por que não respondeu minha mensagem? Ainda bem que sabia que ia te encontrar aqui. - me cumprimenta com o abraço apertado e os dois beijinhos, marca registrada dela.

- Ainda bem mesmo. Amiga, lembra do Chase? - aponto na direção dele.

Ela se vira, sem acreditar.

- Chase Reed? De volta na cidade? Depois de ir embora, o quê?! Dois anos atrás, se não me falha a memória, certo? Sem falar com ninguém, sem ligar nem para avisar que estava vivo! - Bri começa a cuspir as palavras de forma rude. Eu a seguro pelos ombros, tentando pedir calma, apesar de Chase não esboçar nenhuma reação.

- Brittany Walker-Lee. - ele diz com a sua voz grossa, bem calmo. - A mesma tagarela de dois anos atrás.

Bri abre um sorriso como só ela sabe fazer. Pula com os braços ao redor do pescoço de Chase, que sorri de canto olhando para mim e a abraça de volta, segurando pela cintura.

- Eu e a Aly temos muito o que fazer agora. E eu continuo brava. - Bri diz, cruzando os braços e fazendo biquinho. - Pode se desculpa comigo e com a galera hoje, 7h na casa do Dilan. - eu arregalo os olhos de surpresa.

Chase olha para mim, franze a testa em um olhar sério, como se estivesse analisando meu rosto em busca de aprovação.

- Você vai, Aly? - pergunta. Será que ele não sabe sobre mim e o Dilan? Como eu não iria à festa do meu próprio namorado?

- Óbvio, todo mundo vai. Inclusive você. - Bri se antecipa. - Agora tchau, temos que ir.

Bri segue em direção à porta, me puxando pelo braço. Só me dando tempo de sorrir para o Chase, antes de ser engolida de novo pelo mundo real.

- Isso vai ser interessante. - ela diz, me olhando de canto de olho e sorrindo.

Interessante não é exatamente a palavra que eu usaria, penso.

Dois anos.

Dois anos e essa tensão entre a gente ainda existe, e mais forte do que nunca, eu diria. Mas, como sempre, o mundo todo se cala quando estou perto dele. Existe uma eletricidade quando ele me olha, todos os questionamentos se mutam. Eu sinto o calor, a vibração que essa tensão causa. Como que, em poucos minutos, mesmo depois de dois anos, ele me despertou essa ansiedade? Ansiedade boa que eu não sentia tinha meses. Ansiedade pela vida, ansiedade pelo novo, ansiedade para sentir a mão dele de novo pelo meu cor...

Não, calma, Alyssa! O que você ta pensando? Você pode estar entediada, mas não é nenhuma canalha. Você tem namorado, se controla! O Chase é da galera, faz parte do nosso grupo desde o primeiro ano da escola. Ele vai lá hoje, na caso do seu namorado, conversar com todo mundo, explicar o que aconteceu e é isso. Foco!

- Amiga! Tá tudo bem? - Bri me chama. - Sei que esse encontro foi inesperado. Pago 1 real pelos seus pensamentos, sua safadinha. - diz, gargalhando.

- Te garanto, amiga. Você não quer saber... - respondo, voltando minha atenção às compras.

- Eu tenho certeza que vou acabar descobrindo uma hora.

- O que te deu na cabeça de convidar ele hoje? - pergunto. - É a festa do Dilan, você nem sabe se ele vai gostar desse reencontro. - aceno que não com a cabeça para o vestido longo e transparente que ela me mostra na arara. - Você lembra o quanto ele ficou chateado quando o Chase foi embora. Eles eram carne e unha, amiga. Isso pode dar errado.

- Ou pode dar muito certo e o nosso grupo voltar a estar completo. - Bri responde rapidamente. - Algo me diz que não é por conta do Dilan a sua preocupação.

- E por que mais seria? - pergunto, um pouco agressiva.

- Aly, eu sou a sua melhor amiga tem muito, muito tempo. Eu lembro muito bem da tensão que existia entre você e o Sr. Bonitão ali.

- O quê?! - tento me fazer de desentendida. - Não faço ideia do que você está falando, amiga.

- Tá bom. - diz Brittany, revirando os olhos. - De qualquer forma, você tem dito que você e o Dilan estão mais frios do que o Alasca. Talvez a volta do Chase possa apimentar um pouquinho as coisas. - diz, rindo.

- Brittany, você é terrível. - tento falar sério, mas a vejo adorando a situação. Dou risada e reviro os olhos. Nada que eu já não esperasse.

- Você diz isso porque ainda não viu o vestido que mandei separar para você. Vem ver!

É, como diz o Dilan: Terra para Alyssa. Minha cabeça não pode ir parar nas nuvens hoje.

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