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A babá Proibida Para o Bilionário

A babá Proibida Para o Bilionário

Mari Maria

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Capítulo

Archie Baltimore é um CEO arrogante e mal-humorado, dono de uma multinacional do mercado imobiliário de Nova York. Ele tem fama de ser implacável nos negócios, não deixando espaço para concorrência. Maya Jones é prima da falecida esposa de Archie, ela é uma mulher bonita e com personalidade forte. Maya e Archie se odeiam desde uma interação rápida quando Maya chegou aos Estados Unidos. Ele foi arrogante e Maya respondeu a altura. Maya é Britânica imigrante e está prestes a perder seu direito de estadia no país, enquanto Archie precisa de uma babá para sua filha sete anos, e de uma assistente doméstica, pois nenhuma para no posto por causa do seu temperamento. Sua ex-sogra o convence que Maya é a melhor opção, por ser britânica e próxima da falecida esposa de Archie. Ela acredita que Maya é perfeita para o posto. Archie é obrigado a aceitar e agora terá que conviver com o seu pior pesadelo: a babá proibida.

Capítulo 1 1 capítulo

Archie

Quando Coppélia sugeriu Maya, eu recusei de imediato. Não era a primeira vez que ela fazia essa proposta e eu recusaria todas elas.

Maya desperta os sentimentos mais conflitantes que um homem pode sentir. Ela é petulante, insuportável e também tem aquela pele macia e olhos penetrantes que me deixam completamente desconcertado. Ela também parece com a minha falecida esposa. Talvez não em sua aparência, mas em sua personalidade.

- Ela é perfeita. Ela vai ensinar a Lily tudo o que ela precisa aprender sobre nossa cultura. - O sotaque e a forma que minha ex-sogra falava às vezes me irritava. Ela falava de cultura como se os americanos e os britânicos vivessem em países totalmente distintos, como os Estados Unidos contra um país asiático qualquer. Os britânicos são mais parecidos com os norte-americanos do que se imagina. Tirando o maldito chá da tarde e a forma como eles assassinam nosso inglês.

- Não seja tão petulante, pense na sua filha.

- Estou pensando nela. Tem várias outras babás disponíveis.

- Eu acho que não, Artchi - e lá está a forma estranha como ela pronuncia o meu nome. Como se fosse um espirro. - Você já zerou todas as suas chances com três empresas de babá. Nenhuma quer mandar suas funcionárias para cá por causa da sua ignorância.

- Elas são burras, todas elas. Aquelas garotas com as mãos trêmulas ficam nervosas com apenas um grito.

- Oh. Olhe para sua aparência. Um homem de dois metros com uma carranca fixa no rosto. Até eu teria medo.

- Eu não assustei as babás, Coppélia. Eu apenas gosto das coisas corretas. Isso se trata da vida da minha filha. Minha única filha que eu terei na minha vida inteira.

- Porque você nunca mais vai se casar na vida - ela completa. - Eu já sei de tudo, agora pare de drama e aceite a Maya. Ela é o mais próximo que temos do Reino Unido nesta cidade.

Reviro os olhos para ela.

- Vou pensar. Talvez uma entrevista?

- Mas não a espante, por favor. Tente não agir como um ogro.

Ela aprendeu essa palavra recentemente, aposto que vendo Shrek.

Maya

Viver em Nova York sempre foi meu sonho, mas aos poucos tem se tornado um pesadelo. Eu sonho em viver em meio a luxo e bilionários, mas não tenho um tostão no meu próprio bolso.

Não consegui o emprego que achei que conseguiria aqui e agora tenho que aceitar o que a vida me impõe. O que significa empregos horríveis que pagam uma merreca.

- Maya.

- O que? - Levanto a cabeça depois de limpar as batatas fritas marinadas do balcão de madeira para ver o sorriso presunçoso da minha melhor amiga, Anne.

Ela para de varrer por um momento.

- É a sua vez de atender a dos homens.

- Sim, sim, eu sei - falo desanimada.

Aqui está outro fato sobre Nova York: ela também abriga centenas de bares. Você nunca está a mais de um quarteirão de distância de um. Bares com homens que se oferecem para qualquer um depois de algumas doses.

Observo os três rapazes sentados em bancos ao longo do bar. Suas roupas estão cobertas de poeira de seus trabalhos de construção.

Liam, Declan e Aidan – frequentadores habituais do The Gallard, o pequeno bar britânico com sede no Queens onde Anne e eu trabalhamos há três meses. Caras legais com quase vinte anos. Eles sorriem de volta descaradamente. Eles estão na terceira cerveja cada um e sei que deixaram uma zona de guerra para eu limpar. Eles sabem disso, mas não se importam.

Todas as noites, eles se sentam nas mesmas bancadas. Sempre pedindo a mesma coisa.

Qual é o sentido de se mudar para Nova York para passar todas as noites no mesmo bar, com as mesmas pessoas, bebendo as mesmas bebidas? Eu não entendo.

Eu queria morar em Nova York desde que me lembro. Claro que não na periferia e sim em Manhattan.

Na verdade, desde que Anne e eu nos mudamos do Reino Unido para o Queens há alguns meses, passei 95% do meu tempo trabalhando no pub do Sean, tio da Anne, discutindo com Anne sobre de quem é a vez de trocar o barril ou limpar os banheiros masculinos. Eu uso calçados esportivos porque os saltos chiques estão além do meu orçamento e, mesmo que eu pudesse comprá-los, estaria andando como um pinguim.

Eu me lembro porque eu vim para cá de início, pela história de sucesso de uma prima minha que veio para Nova York e casou com um milionário. Bom, ela morreu. Não deveria servir de exemplo.

Um chamativo morador de Manhattan entra no bar. O cara parece ter cinquenta e poucos anos, acho, e está vestindo um terno azul caro. As pessoas só vão ao pub de terno se tiverem ido a um funeral.

Ele é o tipo de homem por quem mamãe perderia a cabeça. A vovó também.

Vejo o momento exato em que o cheiro suave de cerveja velha sobe por suas narinas.

Anne para de varrer, olha boquiaberta para o recém-chegado na porta e depois se vira para mim com os olhos arregalados.

Reviro os olhos enquanto ela corre para atrás do bar para se juntar a mim. O cara grita gorjetas e ela só faltou pular no balcão e fazer uma dança da vitória.

Ele examina o pub, observando as camisas de futebol espalhadas pelas paredes, as bandeiras e as placas de trânsito informando a quantos quilômetros você está do Reino Unido. Tudo parte da estratégia de design de interiores do tio Sean para preencher cada centímetro do pub com lembranças de casa.

Ele se aproxima do bar, certificando-se de que suas mangas não toquem na bancada.

Eu abro meu sorriso mais profissional.

- Olá senhor. Como posso ajudar?

- Que tipo de vinho você tem?

- Vermelho - faço uma pausa - ou branco.

Ele acha que estou brincando.

- Temos apenas um tipo de cada. Aqui não é exatamente um bar para bebedores de vinho - elaboro melhor minha resposta. Olho de soslaio para Anne em busca de apoio. O que o cara espera? - Desculpe.

- Temos uma extensa variedade de drinques e a melhor cerveja de Nova York - Anne acrescenta com afirmações totalmente infundadas. É apenas uma cerveja de torneira.

O senhor de terno exala alto, soprando o ar para fora de suas bochechas rechonchudas.

- Vou querer uma... Cerveja, por favor.

- Já trago.

Eu levanto um copo de cerveja da prateleira e inclino-o para a bomba enquanto olho de relance para o homem. Ele deve estar tendo um dia ruim se precisa tanto de uma bebida que mal pode esperar para atravessar a ponte para Manhattan e sua seleção de vinhos mais atraentes.

Não que os bares no Queens não tenham bons vinhos, mas bons vinhos não é o mercado-alvo do tio Sean. O Gallard vende cerveja preta para caras que assistem futebol. Você só bebe o vinho do The Gallard se estiver bebendo para esquecer.

Falo sobre Sean como se ele fosse meu tio porque Anne e eu somos amigas desde que usávamos fraldas.

- Dia ruim? - Eu pergunto, lançando outro olhar para ele enquanto puxo a torneira para frente.

Ele grunhe em resposta.

Eu sorrio. Eu entendo o código de não fale comigo, porra.

Ninguém fala novamente enquanto esperamos a cerveja assentar.

Levanto o copo sob a bica para encher até a borda e coloco o litro na frente dele.

- Aqui está, senhor. A melhor da cidade. - Não é. Sou uma barman medíocre.

- Obrigado, Maya. - Sou recompensada com um sorriso seco quando ele me passa um cartão de crédito platinado com seu nome gravado.

Maya? Como ele sabe o meu nome? Nós não usamos plaquinhas com nomes e um uniforme.

Com sua cerveja na mão, o senhor de terno dá uma olhada nos caras nos bancos e caminha até uma mesa vazia ao lado da janela.

Anne faz beicinho, desapontada. Qualquer um sentado no bar é um jogo justo, mas se você interromper alguém que tenta tomar uma cerveja sozinho, você é um idiota.

- O que você acha que ele está fazendo aqui? - ela murmura.

Meu olhar volta para o homem de terno, que cruza uma perna sobre a outra, tornozelo sobre o joelho. Suas sobrancelhas escuras se juntam enquanto ele franze a testa para o telefone apoiado em sua coxa.

- Visitando parentes no Queens? - Eu sussurro.

Anne cantarola, não convencida.

- Talvez ele tenha uma amante no Queens. - Eu sorrio. - Talvez ele esteja procurando uma amante no Queens.

Liam limpa a garganta.

- Outra, Maya. Quando você estiver pronta. - Ele usa um tom desnecessariamente rouco. Seu olhar encontra o meu, e ele olha de volta sem piscar.

Essa tensão estranha é tudo porque dei uns amassos no Liam algumas semanas depois de me mudar para Nova York. Prestes a ovular, eu estava com tesão e parecia uma boa ideia na hora. Agora, sempre que olho para Liam, vejo aquele brilho selvagem em seus olhos que me diz que ele quer se casar comigo e ter dez filhos. E mesmo que ele se pareça vagamente com o novo Super-Homem quando eu aperto os olhos, sei que isso significará uma vida inteira na posição de missionário.

Apenas não.

- Já vou - eu digo, quebrando o olhar inebriante de Liam. Pego um copo e puxo a bomba, aproveitando o silêncio. Em uma hora o pub estará lotado.

- Fico feliz em ver que você vai ficar - ele diz rispidamente. Liam tem um sotaque dele é mais forte que o meu. Feito para os melhores grunhidos sexuais.

O pânico aumenta em meu peito enquanto meu coração dá um pequeno pulo.

Eu vou ficar?

Ontem meu mundo desabou. Uma agência que me inscrevi para ser babá de uma menina britânica de dez anos, disse que a família não precisaria mais de mim. Eles encontraram uma babá polonesa mais barata. Agora a minha chance de renovar o meu visto foi com Deus e eu serei expulsa desse país pior do que entrei.

- Eu tenho um voo de volta para o Reino Unido reservado para a próxima semana - digo tristemente. Liam se mexe em sua banqueta, fazendo um ruído abrasivo com as pernas. Ele parece tão devastado quanto eu me sinto.

Porque em sete dias meu sonho americano termina.

Eu tenho uma tia aqui, a mãe da minha prima morta. Ela vive bem, ela me ligou a alguns dias, perguntou como eu estava. Ela tem uma neta, até perguntou se eu gostaria de trabalhar como babá, mas sei que ela não vai me contratar. O pai da menina é um ogro americano, um homem arrogante e cruel, tão bem humorado quanto uma geladeira quarto portas chique. Aliás, ele parece uma. Ele é forte e alto como um geladeira, mas bonito como uma Mercedes. Dois itens caros que não posso comprar.

O escritório dele foi o primeiro lugar que fui trabalhar quando cheguei aqui. Recomendação da minha tia Coppélia, ex-sogra dele. Bom, digamos que não aguentei a arrogância dele e respondi a altura.

Agora as minhas chances são: casar com algum idiota em troca de um Greencard ou viver ilegal e com medo de ser pega pela imigração.

- Maya? - o homem de terno me chama. Ele colocou o copo na minha frente na bancada e voltou a se sentar.

- Desculpe, como você sabe o meu nome?

- Oh, desculpe não me apresentar. Eu trabalho para Archie Baltimore da Construtora Baltimore e filhos.

- O marido da minha prima? - eu quase grito, olhando em volta confusa.

Uma sobrancelha dele se ergue em diversão com o meu desespero.

- Ele mesmo. Ele me mandou que lhe averiguasse para o trabalho de babá que você solicitou.

- Eu não solicitei nada.

- Mas a dona Coppélia nos disse que...

- Sim, claro, mas foi ela quem deu a ideia. E eu não achei que seria procurada.

- Então você não quer o emprego?

- O que isso? Estou sendo entrevistada em um bar?

- Isso é uma averiguação, senhorita. Estou apenas conferindo. A entrevista pode ser amanhã.

- Eu não sei se quero fazer essa entrevista.

A Anne pigarreia ao meu lado. Nos olhamos por um momento. Eu sei o que seu olhar quer dizer "aceite, sua vadia. Você não tem opção".

O homem de terno dá um sorriso amargo ao meu lado. Cruzando as mãos na bancada.

- Senhorita Jones, eu não gostaria de falar sobre isso, mas acho que a senhorita não tem opção. Você está trabalhando em um bar com um visto que não lhe dá essa opção e que está prestes a vencer, o que significa que você ficará ilegal em breve. O emprego vai lhe assegurar que continue no país. Então, sinceramente, eu sugeriria que você escutasse o que tenho a dizer.

Eu tinha razão, eu estou completamente na merda e sem opções agora.

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