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Paixão proibida

Paixão proibida

NaneMoura

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9
Capítulo

Lisa e sua mãe sempre viveram em conflito e as coisas pioram quando elas se mudam para a mansão Pinewood. Ela tem que lidar com um novo padrasto, Ryan e o seu irmão caçula, Tylrr, famoso , arrogante e playboy.

Capítulo 1 Início do outono

"Elisandra Pires, favor comparecer à coordenação"

- Lisa, a diretora ja te chamou 2x,

no microfone, não é melhor irmos?

- NÃO! Já falei que meu nome é Lisa! Ela que me chame direito, Bia!

Voltei a minha atenção para o cigarro que estava em minhas mãos.

Não queria parecer tão sem jeito perante o grupo de alunas que estava comigo atrás da arquibancada: Bia, uma menina baixinha e muito simpática que foi um doce comigo desde o primeiro dia neste lugar e mais 2 meninas, Caroline e Sabrina.

Apesar de ter zombado da situação e alegado experiência, nunca havia tentado fumar antes.

Respirei lentamente para parecer calma e traguei fundo.

Imediatamente comecei a tossir soltando fumaça pela boca e pelo nariz fazendo todas rirem, exceto Bia.

- Ei, ei! Vai com calma! Você tá bem?

- S-Sim, de boa!

Balancei a cabeça afirmando que estava tudo bem apesar dos olhos lacrimejantes e voz presa na garganta dizerem o contrário.

Eu mal conseguia falar, apenas estiquei o braço para me livrar daquela coisa o quanto antes e tirar a atencao de mim.

Porém nenhuma das 3 moveu um músculo, estavam congeladas olhando para algo atrás de mim.

Fiquei sem entender e assim que abri a boca para falar, ouvi uma voz esganiçada:

- O QUE É ISSO, ELISANDRA?

A diretora Carmem estava bem atrás de mim, espumando de raiva. Sua pele clara estava vermelha, ela parecia que ia entrar em combustão.

Respirei fundo para me recompor, joguei o cigarro no chão e pisei nele.

Dei de ombros:

- Agora não é mais nada.

Ela olhava para o chão e para mim, incrédula da minha petulância.

- ME ACOMPANHE IMEDIATAMENTE!

A Sra. Carmen rosnou entre os dentes e se virou rispidamente, pisando duro, atravessando o longo campo de futebol até o outro lado do pátio.

- Meus Deus Lisa, você tá doida?

- Relaxa Bia... o que ela pode fazer de mais? Ligar para minha mãe? Há. Boa sorte com isso.

Pisquei para ela, coloquei a mochila nos ombros e segui para coordenação. Caroline estava em pânico (era sobrinha de Carmem e certamente teria uma punição mais severa) e Sabrina, por ser mais nova e estar bem chapada, apenas riu baixinho da situação.

Era o inicio do outono, o pátio estava coberto de folhas secas que crepidavam sob os nossos pés. Apesar da paisagem seca, eu achava bonito o formato dos galhos nus. Lembro que quando criança adorava me jogar em pilhas de folhas secas no jardim da casa de meus pais.

Mas isso foi a muito tempo.

Uma lembrança de quando meu pai ainda era vivo e minha mãe não ignorava a minha existência.

Antes de completar 15 anos fui jogada nesse internato.

"É para o seu bem, Elisandra!"

Essa foi uma das últimas vezes que falei diretamente com ela. Essas palavras ecoavam na minha cabeça por meses, até que me conformei com sua ausência.

Recebia mensalmente uma carta curta com informações vagas. Nada que demonstrasse afeto ou saudades.

Caminhei a certa distância da sra Carmen e pude reparar que ela esfregava as mãos, e olhava para o celular. Parecia ansiosa.

Ela parou em frente à coordenacao e abriu a porta para que eu entrasse.

Assim que entrei meu sangue gelou.

Uma mulher alta, morena, com longos cabelos pretos e olhos castanhos estava sentada na poltrona de couro.

Os braços estavam firmemente cruzados sobre o peito e seus pés balançavam nervosamente contra o piso de madeira, fazendo um barulho irritante.

Eu mal a reconheci, estava bem vestida e o rosto tinha alterações, deve ter feito um desses procedimentos estéticos.

Mas era ela!

- MÃE?

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