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Best Part Of Me.

Best Part Of Me.

nattydivit

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Capítulo

Uma linda historia de amor que se passa em Istambul. "Após um beijo surpreendente no escuro, a vida de Kaan Devin vira de cabeça para baixo. O homem que ama sua liberdade e não suporta se imaginar preso dentro do escritório da empresa de sua família, se verá preso a alguém que viu apenas uma vez na vida, Melis Keser. A garota que a vida insistiu em colocar na sua frente, só que agora as cegas, em uma sala escura, sem que ele soubesse que era ela. O destino de Kaan e Melis se cruza novamente, mas dessa vez, Kaan não deixará que Melis vá embora como permitiu a primeira vez."

Capítulo 1 Prólogo.

Paris, 2015

KAAN

Era noite em Paris, e como de costume, todas as noites eu ia até o cinema Filmothèque du Quartier Latin era o meu preferido em Paris.

Estava na fila para comprar os ingressos, essa noite em especial estava lotado e a fila estava grande e muito apertado. Eu me aproximei mais da garota a minha frente, pois mais gente atrás de mim estava chegando. Fui tomado por uma fragrância que nunca havia sentido na vida, estava inebriado com aquele aroma. Como nunca havia sentido algo assim em minha vida?

Eu não achei que precisava sentir algo tão fantástico em minha vida, até sentir aquele cheiro.

Os cabelos escuros e longos caiam até o meio de suas costas com leves ondas, a pele bronzeada e reluzente aumentava mais minha curiosidade para conhecer o seu rosto. Conforme ela mexia em seu cabelo, mais exalava seu maravilhoso cheiro, e me deixava mais extasiado.

Não observei seu corpo como fazia com qualquer mulher que passasse ao meu lado. Meu interesse era em seu rosto e talvez eu tivesse a chance de conhecer cada pedacinho de seu corpo.

Tomei coragem e encostei em seu braço, eu poderia usar a desculpa da fila estar apertada.

Seu rosto se virou para mim lentamente, tudo acontecia em câmera lenta.

E quando pude ver melhor seu rosto, senti falhar uma batida de meu coração. Eu poderia viajar o mundo todo e jamais veria beleza como aquela. Jamais veria olhos tão brilhantes e profundo como aqueles.

Suas bochechas saltadas e levemente rosadas, seu nariz era gordinho e arrebitado. Sua boca era carnuda e os lábios rosados. A sobrancelha arqueada e grossa dava um ar mais natural ao seu rosto angelical. O rosto mais doce que eu havia visto em toda a minha vida, ela parecia uma boneca de tão perfeitinho que era cada milímetro de seu rosto.

Ela sorriu para mim, e eu simplesmente sentia vontade de agarrá-la e lhe beijar sem pensar.

Ela se virou para frente novamente já que eu fiquei parado igual uma besta a olhando. Ela retirou de seu bolso da parte de trás seu celular, e quando fez isso deixou cair um lenço. Eu abaixei e peguei, iria lhe entregar, ela falava ao celular em francês, mas eu não entendia muito bem pois ela falava baixo e o barulho das pessoas não facilitavam eu ouvi-la

Ela desligou e antes que eu pudesse lhe devolver ela se virou e saiu como um furacão do cinema. E eu fiquei com lenço, que parecia mais uma bandana.

Não resisti e inalei o cheiro da bandana, e tinha o cheiro dela.

MELIS

Eu estava no meu cinema preferido de Paris, precisa fugir um pouco de minha mãe. Eu tinha vindo passar minhas férias com ela, mas nossa convivência não era boa. Eu guardava a mágoa dela ter me abandonado, ter levado meus irmãos e me deixado sozinha.

Senti alguém tocar meu braço, era impossível não tocarem com o aperto que estava o cinema. Me virei e olhei sorrindo a pessoa que acabará de me tocar.

E caralho, nunca havia visto homem tão bonito. Nem os modelos que trabalhavam com a minha mãe eram tão gatos assim.

Ele tinha barba, os cabelos eram castanhos claro, tinham um caimento perfeito sobre seu rosto e estavam molhados. Ou ele tinha acabado de sair do banho ou estava chovendo. Homens de barba e com o cabelo grande ganhavam um ponto a mais em meu coração.

Ele me olhava de uma forma estranha, certamente minha cara devia estar suja. Eu queria poder ficar admirando mais tempo seu rosto de Deus Grego, mas fiquei envergonhada e me virei para frente rapidamente.

Meu celular começou a tocar e era Hana Tahirah, minha mãe.

— Alô — Eu disse com desdém

— Filha, aonde você está? Estou esperando você para o jantar — Ela disse docemente

O que me irritava, ela era doce comigo, e eu sempre ríspida. Isso me deixava me sentindo um monstro as vezes. Mas passava quando eu me lembrava do que ela me fez.

— Eu estou voltando — Eu disse. Fiquei puta da vida, deveria ter dito que não iria. Mas eu tinha que saber ponderar minhas grosserias contra ela.

Sai do cinema o mais rápido que pude para ir para casa. E o rosto daquele homem ainda latejava em minha mente. Seus olhos castanhos, sua barba, seu cabelo, seu nariz... tudo tão perfeitinho e sedutor.

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