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Playlist:
Nothing Else Matters --------------------------- Metallica
Crazy ---------------------------------------------- Aerosmith
Welcome To The Jungle ------------------------- Guns N´ Roses
Round and Round--------------------------------- Ratt
Knockin´ On Heaven´s Door ----------------- Gun N´Roses
Carry on my Wayward Son-------------------- Kansas
Sweet Child O´Mine------------------------------ Guns N´Roses
Is this love------------------------------------------ Whitesnake
Beat It ---------------------------------------------- Michael Jackson
Tears in Heaven ------------------------------- Eric Clapton
Right Here Wanting-------------------------- Richard Marx
Send Me An Angel------------------------------- Scorpions
Freedom ------------------------------------------- Anthony Hamilton & Elayna Boynton
Smells Like Teen Spirit -------------------------- Nirvana
Dangerous ----------------------------------------- Roxette
Everybody Wants To Rule The Word -------- Tears for Fears
Enter Sandman ------------------------------------- Metallica
House of The Rrising Sun ---------------------- The with buffalo
Money For Nothing------------------------------ Dire Straits
“Todos somos vilões na história de alguém...”
Spencer
Vejo meu táxi partir. Volto a encarar o endereço em minhas mãos e subi meus olhos para o portão gigantesco e adornado. Aquilo de longe não parecia uma universidade. Bom, até poderia parecer, um dia... Algo que já deve ter acontecido e agora parecia mais um lugar assustador de filme de terror.
O enorme prédio cinza até que tinha uma estrutura bonita, porém odiei as gárgulas no alto dela. Desde que época elas estariam lá?
Confiro mais uma vez o endereço. Na carta de admissão em minhas mãos consta o mesmo endereço, mas não deve passar de um mal entendido. Deve haver outro campus.
Ajustei meu óculos ao rosto, o empurrando levemente para cima. Talvez fosse o dia nublado que deixava a visão um pouco pessimista, ou talvez eu só estivesse frustrado por ter feito o que meus pais queriam, e não investido mais no que eu mesmo desejava. Tinha aparentemente, ganhado uma bolsa de estudos, contemplado pelo o curso preparatório ao notar meu esforço. Meus pais ficaram eufóricos, mas eu ainda estava um tanto receoso.
Puxei o trinco do portão, e o mesmo rangeu ao abrir como a gargalhada de um palhaço assassino. Cada segundo nesse lugar estava me ajudando a confirmar que, deveria dar meia volta e dizer aos meus pais que iria tentar mais uma vez o vestibular.
Ajustei minha mala de alças no chão, fechando o portão e caminhei observando melhor os arredores, enquanto ia em direção ao que mais parecia um palácio sombrio e cinza. Não havia janelas quebradas também. O que fazia um estranho contraste entre a aparência envelhecida com algo muito bem cuidado.
Alguém veio ao meu encontro de forma apressada, usando roupas sociais. O homem na casa de seus 50 anos me estendeu a mão ao ficar diante de mim. Um sorriso largo, mas seus olhos vigilantes como os de uma predador. Parecia um homem confiante e autoritário, do tipo que gosta de estar no controle da situação e não gostava de imprevistos.
— Spencer não é? Bem-vindo ao TVS! Eu sou Shelby, o diretor.
Ajustei meus óculos e o dei um sorriso fraco.
— Então estou no lugar certo. Tudo estava tão quieto que duvidei se tinha lido o endereço certo.
Ele apontou para a enorme porta de madeira e subi os degraus com o diretor me dando instruções sobre as aulas e apontando para as direções. O interior daquele lugar era seco, não havia decoração ou tapeçaria, mas o que me chamou atenção, e me fez encarar por muito tempo, foi uma espécie de brasão. Bom, toda universidade tinha, e um mascote também. Porém, a tapeçaria enorme de cor vintage entre um bege amarelado tinha estampado uma caveira enorme, com as siglas TVS em destaque.
— Sinistro..._ sussurrei baixinho, sentindo um calafrio subir por minha espinha, enquanto o diretor continuava contando histórias que nem mesmo estava ouvindo.
O segui por longos corredores e ele apontou para fora. Cai meus olhos no que era os fundos de toda aquela estrutura. Havia um enorme gramado, até que estava verde, e ao fundo arquibancadas de concreto, altas o bastante para alguém poder cometer suicídio ao pular lá de cima.
E finalmente tinha visto algum rastro de humanidade nesses corredores. Alguns alunos estavam jogando alguma coisa, outros apenas sentados nos primeiros degraus largos da arquibancada. Perguntei-me se havia algum corajoso para subir até o último e olhar a vista lá de cima.
— Vou guia-lo até seu dormitório. Mais tarde conhecerá seu colega de quarto. E mais uma coisa... Não saia após o toque de recolher. _ ele disse sério e pisquei algumas vezes o encarando cético _ Os corredores são assombrados!_ ele riu com leve escárnio e o dei um sorriso forçado e nervoso.
Os corredores eram longos o bastante para dispensar qualquer caminhada ou corrida matinal. E as escadarias também ajudariam a dispensar qualquer outro exercício extra. Deveria fazer um mapa desse lugar para não me perder.
Já estava a ponto de pedir um momento ao diretor para recuperar o fôlego, quando ele parou apontando para uma porta.
— Seu quarto. _ ele disse tranquilo, abrindo a porta _ MATANDO AULA DE NOVO FRANKLIN?
O homem se estressou tão abruptamente que me assustei. Parado diante da porta, duas camas de solteiro ocupavam os cantos opostos do quarto. E deitado em uma delas, presumi ser meu colega de quarto.
Senhor Shelby suspirou pesadamente e alisou o rosto impaciente.
— Vou deixar passar dessa vez, mas na próxima você vai para detenção!
Franklin estremeceu, e tive certeza que queria passar longe do que seria a detenção apenas pela reação de meu colega de quarto.
— Não vai acontecer de novo senhor. _ Franklin murmurou de forma metódica, parecendo sem qualquer tipo de remorso.
— Este é Spencer! Seu colega de quarto. O ajude a se familiarizar com o edifício, aulas e regras.
Franklin me olhou de esgueira, baixo a cima julgando toda minha alma. Ele tinha algumas tatuagens expostas pela regata branca. Seus cabelos castanhos escuros eram um pouco mais longos e com um pouco de esforço certamente poderiam ser amarrados para afastar as franjas que caia em mechas uma de cada lado de seu rosto. Havia um cigarro aceso em sua mão, deixando o cheiro horrível do tabaco e um estranho cheiro fósforo impregnado no quarto.
Ótimo, Spencer! Mais um sinal que você deve dar meia volta. Senhor Shelby pousou a mão em meu ombro e me encarou diretamente.
— Pode me procurar se tiver alguma dúvida. Estou na minha sala na maior parte do tempo.
Acenei e ele se foi, fechado a porta atrás de si. E agora era eu e meu colega de quarto, nos encarando de forma cética em silêncio. Ele tentando decifrar que tipo de pessoa eu era, e o contrário. . Ele deu uma boa tragada no cigarro, deixando a fumaça escapar logo em seguida.
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