Paixão Indomável: O CEO IRRESISTÍVEL

Paixão Indomável: O CEO IRRESISTÍVEL

Eva Lovelace

4.8
Comentário(s)
54.2K
Leituras
17
Capítulo

Helena Budapeste encontra-se em um momento desesperador: afundada em dívidas da família se vê obrigada a viver uma vida miserável enquanto tenta se reerguer. Ela acredita que não terá saída até que um estranho conhecido lhe faz uma proposta irrecusável: casar-se com ele em troca de todas as suas dívidas pagas.

Capítulo 1 Prólogo

Hospital Safe-Health, Quarto VIP 2001.

Eram 03h28 da madrugada. O silêncio reinava absoluto no hospital. No quarto VIP, a luz âmbar deixava o ambiente em penumbra, iluminando suavemente o paciente no leito. As máquinas pulsavam em intervalos constantes, como se o tempo tivesse diminuído ali dentro. Ao lado da cama, sentado em uma poltrona de couro escuro, estava Adrian.

A poltrona era confortável, mas para ele parecia feita de pregos. Estava acordado há dias, embora mal soubesse em que data estava. Seus olhos estavam vermelhos, as olheiras roxas denunciando o cansaço extremo. Já não se lembrava da última vez que dormira de verdade. Os últimos dias haviam sido um ciclo interminável de sonecas curtas, cafeína e paranoia.

Seu celular, programado para despertar a cada três minutos, vibrava silenciosamente no bolso. Adrian não confiava nem em si mesmo para vigiar o Sr. Zhang enquanto dormia. Sabia que qualquer descuido, qualquer cochilo de segundos, poderia ser fatal.

O mundo lá fora podia achar que o empresário bilionário estava apenas hospitalizado, mas Adrian sabia que havia muito mais em jogo.

Desde que a saúde do Sr. Zhang piorara subitamente, ele havia transformado o hospital em uma fortaleza. Do lado de fora da porta, dez homens armados vigiavam cada movimento. No corredor, mais quatro, e outros cinquenta espalhados ao redor do prédio, impedindo que a imprensa e, principalmente, inimigos - velhos ou novos - tivessem acesso. Adrian havia escalado equipes para cada andar, reforçando ainda mais a segurança. Aquilo era mais do que zelo. Era desespero.

Mas nada disso acalmava a tempestade dentro dele.

03h30 em ponto. A maçaneta da porta bipou discretamente.

Adrian já estava em pé antes mesmo do som se completar, com a mão no coldre abdominal sob o blazer. O coração acelerou, os sentidos em alerta. Por um segundo, o tempo pareceu parar.

Mas era apenas uma enfermeira.

Ela entrou com uma bandeja de inox nas mãos, equilibrando frascos e seringas. Adrian a reconheceu, mas isso não o relaxou por completo. A tensão era tanta que até o conhecido parecia suspeito.

- Boa madrugada, senhor Adrian - disse ela, num tom gentil, ainda que contido.

Ele assentiu em silêncio, os olhos acompanhando cada movimento dela. Ela se aproximou do leito com delicadeza, como se não quisesse acordar o mundo com seus passos.

Adrian voltou a se sentar, relutante. Espalhados à sua frente havia documentos, papéis rabiscados e planilhas incompletas. Tentava entender a lógica por trás do trabalho de seu chefe, mas era como tentar montar um quebra-cabeça com peças de outro jogo. Depois de minutos encarando as folhas sem sentido, suspirou fundo e guardou tudo em uma pasta plástica com as iniciais "HZ".

Cinco anos ao lado do Sr. Zhang e ainda se sentia às cegas sobre o que realmente estava por trás dos negócios dele. A lealdade o mantinha firme, mas a ignorância o corroía.

Um trovão cortou o silêncio, iluminando o quarto por um segundo com a luz fria da tempestade.

A enfermeira se assustou. Adrian a observou. Ela parecia mais nervosa do que nas outras noites. Os olhos corriam do paciente para a porta, da porta para ele. Suas mãos tremiam ligeiramente enquanto preparava a medicação. Ele viu quando ela introduziu a agulha em um frasco, depois no soro. Depois pegou uma pequena lanterna e examinou os olhos do paciente.

Tudo parecia dentro da rotina - até que ela cometeu um erro. Guardou a seringa e o frasco no bolso do uniforme hospitalar.

Adrian franziu a testa. Aquilo estava errado. Ela sempre descartava o material na lixeira ao lado do leito, sem exceção. O gesto simples, automático, se tornou uma bandeira vermelha.

Antes que ele pudesse intervir, ela se virou e caminhou até ele, com uma expressão aflita.

- Prometa-me - disse ela, segurando suas mãos - assim que ele acordar, você o tirará daqui.

Adrian hesitou. Aquelas palavras mexeram com ele de um jeito que não esperava.

- O médico disse que ele não vai acordar - respondeu, com a voz embargada.

Dizer aquilo em voz alta doía mais do que admitir para si mesmo. O nó em sua garganta ameaçou sufocá-lo. Mas ele permaneceu firme, como sempre fazia.

Outro trovão sacudiu o céu.

A enfermeira estava pálida, com os olhos aflitos.

- Você é o único que parece se importar - sussurrou. - Ele vai acordar. Em alguns minutos. Confie em mim. E quando isso acontecer, você precisa tirá-lo daqui. Um médico está vindo. Um neurologista. É confiável. Trabalha no hospital público e também dá aula na universidade. Pedi para ele vir... mas ele só fará alguma coisa se você autorizar.

Adrian olhou para ela com desconfiança, mas algo na voz dela - a urgência, o medo - o fez reconsiderar. Foi então que o monitor cardíaco começou a apitar. A frequência cardíaca de Sr. Zhang disparou.

Adrian se levantou num pulo e puxou o interfone, mas a enfermeira avançou e o arrancou da parede com um puxão.

- Espere! - exclamou, ofegante.

Ele levou a mão à arma no coldre, mas não sacou. O monitor voltou ao normal. Ela se inclinou sobre o paciente, levantou a pálpebra, apontou a lanterna. Seus olhos se arregalaram. O Sr. Zhang piscou. Um movimento sutil, mas real. Em seguida, murmurou algo que Adrian não conseguiu entender. Ele congelou.

A enfermeira se virou para ele com urgência:

- Aqui não é seguro para ele. Você precisa agir agora.

Ela caminhou até a porta, hesitou, e antes de sair, virou-se uma última vez.

- Se puder me fazer um favor... Se alguém perguntar, diga que eu nunca estive aqui.

E então desapareceu pelo corredor escuro.

Continuar lendo

Você deve gostar

Dei um Tapa no Meu Noivo e Casei com o Bilionário Inimigo Dele

Dei um Tapa no Meu Noivo e Casei com o Bilionário Inimigo Dele

PageProfit Studio
5.0

Ser a segunda melhor é algo que parece estar no meu DNA. Minha irmã sempre foi a que recebeu o amor, a atenção, o destaque. E agora, até mesmo o maldito noivo dela. Tecnicamente, Rhys Granger era meu noivo agora - bilionário, incrivelmente atraente, e uma verdadeira fantasia de Wall Street. Meus pais me empurraram para esse noivado depois que a Catherine desapareceu, e honestamente? Eu não me importava. Eu tinha uma queda pelo Rhys há anos. Essa era minha chance, certo? Minha vez de ser a escolhida? Errado. Numa noite, ele me deu um tapa. Por causa de uma caneca. Uma caneca lascada, feia, que minha irmã deu para ele anos atrás. Foi aí que percebi - ele não me amava. Ele nem sequer me enxergava. Eu era apenas uma substituta de carne e osso para a mulher que ele realmente queria. E, aparentemente, eu não valia nem mesmo uma caneca glorificada. Então, eu reagi com um tapa de volta, terminei tudo com ele e me preparei para o desastre - meus pais enlouquecendo, Rhys tendo um chilique bilionário, e a família dele planejando minha "desaparição" súbita. Obviamente, eu precisava de álcool. Muito álcool. E foi aí que ele apareceu. Alto, perigoso, indecentemente bonito. O tipo de homem que te faz querer pecar só pela presença. Eu o tinha encontrado apenas uma vez antes, e naquela noite, por acaso, ele estava no mesmo bar que meu eu bêbado e cheio de autocomiseração. Então fiz a única coisa lógica: o arrastei para um quarto de hotel e arranquei suas roupas. Foi imprudente. Foi estúpido. Foi completamente desaconselhável. Mas também foi: O melhor sexo da minha vida. E, como se descobriu, a melhor decisão que eu já tomei. Porque meu caso de uma noite não é apenas um cara qualquer. Ele é mais rico que Rhys, mais poderoso que toda a minha família, e definitivamente mais perigoso do que eu deveria estar "brincando". E agora, ele não vai me deixar ir embora.

Capítulo
Ler agora
Baixar livro