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Capítulo

Todos os casais tem as suas divergências, e todos os casais ultrapassam isso. Mas quando as coisas não tem controlo, as soluções podem ter que ser drásticas. Uma mulher, que por muito que ame o seu marido não encontra solução para melhorar o casamento. Um homem que não consegue perceber que o seu casamento está por uma gota. Anastácia Cooper Kennedy, 25 anos, advogada. É casada, o seu marido, Ryan Kennedy é dono de uma empresa muito famosa e bem-sucedida em Seattle. Conheceram-se numa festa, namoraram durante uns dois anos e depois casaram-se. Já estão casados á quase dois anos, mas nem tudo correu bem. Ryan, sempre foi ciumento, mas com o passar dos anos foi piorando. Passavam a vida a discutir, a Ana nem podia estar com os seus amigos que ele ficava logo cheio de ciúmes. Ela cansou-se disso, ou melhor já não aguentava mais, ele tornou-se agressivo e apesar de o amar muito, um certo dia quando ele estava na empresa, ela fugiu. Apenas lhe escreveu uma carta a avisar e a explicar o porquê de o fazer e também deixou a aliança em cima da carta. Antes disso, comprou uma passagem de avião para o Havaí, nos primeiros dias ficou hospedada num hotel, mas depois decidiu comprar uma casa. Já se passou quase um ano desde que não se vêm.

Capítulo 1 Reencontro

Sai do trabalho á hora habitual e como de costume regressei a casa. Aqui no Havai o clima é muito quente, mas eu gosto bastante. Parece que é aqui a minha casa. Está ilha faz-me muito bem, muito feliz.

Depois de ter vindo para o Havai comprei uma pequena casa na praia, nada de especial, pequenina mas acolhedora.

Cheguei a casa e como de costume fui dar um mergulho e aproveitei para apanhar um pouco de sol.

- Até que enfim que te encontro! – Uma voz masculina conhecida disse por detrás de mim e eu levantei-me assustada.

- Ryan? – Perguntei surpreendida, ficando frente a frente com ele.

- Havai? – Questionou olhando á sua volta – sem dúvida que é uma escolha perfeita – comentou com bastante arrogância

- Não fico surpresa que me tenhas achado – apresei-me a dizer - nunca me preocupei muito em esconder-me – expliquei.

- Tu fugiste! – Lembrou-me – alguma coisa devias querer esconder – acusou.

- Será que tu não percebeste o porquê de eu ter fugido? – Perguntei frustrada.

- Devia? – Ironizou.

- Eu estava farta daquela vida. A minha vida estava um inferno – informei-o do óbvio.

- Um inferno? – Perguntou escandalizado – eu dei-te tudo o que querias, uma casa luxuosa, decorada ao teu gosto, um casamento de sonho, uma lua-de-mel perfeita, uma vida perfeita, tu tinhas tudo.

- Tinha tudo? – Foi a minha vez de ironizar – tinha tudo menos a tua confiança – acusei – mas sem dúvida que me deste tudo o que poderia ter de bens materiais, mas eu nunca fui materialista.

- O que mais querias? – Interrogou.

- Que o meu marido confiasse em mim. Tu passavas a vida na empresa e quando chegavas a casa discutíamos! Estavas sempre desconfiado de mim, por nada.

- A minha mãe é que tinha razão, tu és uma ingrata! – Ofendeu-me.

- Claro! Tinha que vir a mãezinha! – Irritei-me – tendo em conta que a tua mãe nunca gostou de mim e o seu passatempo favorito era ofender-me, isso não me espanta. Até imagino o que ela andou a dizer de mim durante este tempo todo – revirei os olhos.

- Nada que não fosse verdade, se calhar!

- Eu podia ter fugido, mas eu nunca utilizei nenhum dinheiro teu, nunca tirei um cêntimo da nossa conta conjunta, nunca! – Defendi-me.

- Eu sei, se tivesses mexido na conta já eu te tinha encontrado há muito tempo – disse – talvez por isso que nunca mexeste nela.

- Para com isso! – Pedi – eu sempre quis que me encontrasses, que me desses mais valor, não sei – conclui.

- Tu fugiste, isso é cobardia – acusou.

- Até podes ter razão, mas querias que fizesse o quê? – Perguntei – que aguentasse os teus ciúmes, que cada vez que saísse de casa tivesse que dizer para onde ia, com quem ia e o que ia fazer? – Exaltei-me.

- Tu és minha mulher! – Atirou – como teu marido tenho o direito de saber o que se passa contigo.

- Tu és meu marido, não meu dono! – Informei-o – é melhor falarmos noutro dia – disse caminhando para dentro de casa.

- Estás a brincar comigo, nós ainda somos casados.

- Sim, mas se continuares como dantes, rapidamente vamos estar divorciados – avisei.

- É uma ameaça?

- Não, é um aviso. Por muito que te ama, não consigo aguentar novamente aquilo.

- Vamos com calma – pediu, caindo na realidade – amamo-nos, podemos facilmente salvar o nosso casamento.

- Isso está nas tuas mãos. Basta tu mostrares-me que estás disposto a confiar em mim, para as coisas melhorarem um pouco.

- Porque é que não vens jantar comigo, no restaurante do hotel onde estou hospedado? – Convidou-me.

- Não acho que seja boa ideia.

- Podemos jantar aqui se preferires – sugeriu.

- Eu tenho que ficar sozinha para pensar. Amanhã falamos – pedi.

- Ana! – Chamou-me – agora que te encontrei, não quero deixar-te! – Disse.

- É melhor assim e além do mais eu não vou fugir – informe-o – até amanhã Ryan – despedi-me e entrei em casa.

Sempre esperei por este momento. E conhecendo o Ryan como conheço sei perfeitamente que ele daria em louco á minha procura e só descansaria quando me achasse. Ele não consegue perder o controlo que fica logo louco. Só sossega quando consegue o que quer.

Estava a acabar de preparar o jantar quando a campainha soa, fui abrir e dei de caras com o Steve, um grande amigo.

- Estou a ver que estás a cozinhar – observou entrando na minha cozinha.

- Sim, estou e parece que vou ter um convidado – comentei colocando os pratos em cima do balcão.

- Porque não jantar lá fora? Está uma linda noite – sugeriu – o que é que vamos mesmo jantar? – Questionou-me curioso.

- Frutos do mar, conheces? – Perguntei.

- Não conheço eu outra coisa – aqui no Havaí os frutos do mar é todo o tipo de peixe.

- Camarão? – Insistiu.

- Sim, fiz uma massa com camarão – informei-o.

- Diferente – acabei a massa e fomos jantar para o exterior.

- O meu marido esteve cá hoje – informei-o. As pessoas mais próximas de mim, nesta ilha, sabem de tudo.

- Encontrou-te? – Perguntou surpreendido e eu assenti – e como é que correram as coias?

- Discutimos um pouco, mas nada de especial, ele deve vir cá amanhã – dei de ombros.

- Não fico descansado, não tenho uma boa impressão dele – desabafou.

- Não te preocupes, ele nunca me tocou. Não dessa maneira – defendi-o.

- Vais voltar para ele? – Perguntou-me curioso – vais regressar a Seattle?

- Não sei! Tenho que pensar muito bem, isto não é fácil – confessei.

- Como é possível alguém abandonar esta ilha? – Questionou. – Isto é o paraíso!

- Sem dúvida, este é o meu lugar de sonhos – admiti – mas o meu lugar é em Seattle.

- O teu lugar é onde tu quiseres! – Lembrou-me.

- Eu sei, mas eu também gosto de Seattle e além disso é lá que eu vou ver se o Ryan mudou – informei – ele aqui está longe de tudo.

- Tu é que sabes, mas se as coisas derem para o torto, tens sempre um lugar no Havei.

- Eu sei que sim e mais uma vez obrigada por tudo – agradeci-lhe.

- Se alguma coisa correr mal, podes sempre chamar aqui o teu amigo polícia! – Apontou para ele mesmo.

- Tu não existes! – Comentei – que tal um gelado como sobremesa? – Ofereci.

- Sim, aceito, morango, se faz favor! – Pediu.

- Claro, chefe! – Fui á cozinha, peguei em duas colheres e nos gelados e regressei ao exterior.

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